segunda-feira, 18 de maio de 2015

No mato sem cachorro... Velhinhos, velhinhas e viúvas do Aerus...

Valdemar Habitzreuter


O cachorro, um animal incomparável. Amigo fiel do homem. Companheiro para tudo. Aonde quer que você vá, lá está ele a lhe observar as reações e pronto para obedecer às ordens. Não é contestador. Abaixa a cabeça e abana o rabo quando é repreendido. Mas, isso não significa que é submisso, significa lealdade.

É protetor, em perigos é capaz de dar a vida pelo dono. Não é escravo, é servidor. Sente-se feliz quando o dono é feliz. Entristecido quando o dono está aflito. Quando maltratado não sente desprezo pelo dono, entende sua (do dono) irracionalidade como se demonstrasse ser ele mais racional que o próprio dono. E por aí vão as qualidades desse fiel escudeiro do homem.

E entre os humanos? Discórdia. Muita desconfiança. Ajuda mútua só quando há interesses. Racionalidade calculista. Primeiro eu, depois eu. Se não houvesse leis para organizar a sociedade humana, os homens se devorariam. Os cachorros não sabem o que é lei, mas sabem muito de lealdade. Os homens sabem o que é lei, mas são desleais. Os homens só sentem a lei quando são jogados numa cadeia.

Amigos velhinhos, velhinhas e viúvas (os) do Aerus, alguém de vocês tem cachorro? Se não tiverem, arrumem um; ele lhes fará companhia e lhes será de grande consolo para amenizar as tristezas de vossos corações com a malfadada novela do Aerus. Os homens criadores das leis não querem nosso bem-estar. Com eles estamos no mato sem cachorro. 
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 18-5-2015

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