Valdemar Habitzreuter
Palhaçada… É inconteste que
estamos assistindo a uma verdadeira dança desritmada no salão da Casa do povo.
Os parlamentares se esbarram um no outro sem noção de como entrar no compasso
de bem representar o povo. O que vemos é uma mixórdia de interesses pessoais
com fingimento de que trabalham em prol do povo.
Com o enfraquecimento do poder
de Dilma e o país quase parando na estação da inércia, com perigo de
retroceder, eis que se apresentam figuras ‘palhescas’ (misto de palha com
palhaço) vazias de seiva política, verdadeiras palhas secas, mas com vocação
circense, querendo ocupar o vazio deixado pela ‘presidenta’. Vazio vezes vazio
é igual a vazio, aprendemos no ensino fundamental. O que preside o Brasil é,
pois, um grande vazio, ou melhor, dois grandes vazios.
Os que estão à frente da
orquestração da palhaçada são os presidentes do Senado e Câmara dos deputados,
os dois medindo forças entre si para ver quem se sai melhor na orquestração. Os
demais se prestam a figurantes e se divertem. Não faltam xingamentos entre
aliados do governo e oposicionistas para delírio de todos. A famosa tirada de
um parlamentar: “mulher que bate como homem deve apanhar como homem”, pode
servir de mote para definir o ‘hercúleo’ trabalho de nossos representantes.
Tudo muito dantesco...
O presidente do Senado, Renan
Calheiros, é expert em encenações de enfrentamento às propostas do governo.
Fanfarreia como ninguém. Mas na hora H se dobra com as ofertas vindas de cima.
Sua atuação no senado é inexpressiva, embora estrondosa - vitrine para inglês
ver. Ademais tem o rabo preso com o processo Lava-jato...
O presidente da Câmara,
Eduardo Cunha, não fica para trás. Homem de verborragia fácil, faz o possível
para ser visto como ‘homem da República’ medindo forças com a ‘presidenta’ e,
ademais, quer se destacar como figura central na aceleração e condução dos
trabalhos pendentes e engavetados na Câmara, e, assim, mostrar a que veio:
futuro candidato à presidência. Mas, sua vida pregressa o trai, e seu futuro
pode ser lavado a jato...
Tudo isso me faz lembrar o
deputado palhaço Tiririca, duas vezes eleito. Está ele lá quietinho em seu
cantinho recebendo seu polpudo salário parlamentar e aprendendo sempre mais
sobre a arte da palhaçada. Palhaço por palhaço quem é mais palhaço? Ele ou
eles, seus colegas parlamentares? Para o povo, só resta concordar com o
Tiririca: “pior que tá não fica”.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 18-5-2015
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