Dírcia Lopes
O país recuperou a 15ª posição
mundial dos destinos mais competitivos, no ranking do Fórum Económico Mundial.
Os números recorde que o
turismo tem registado nos últimos anos já estão a dar frutos. Portugal acaba de
ultrapassar os concorrentes directos a nível europeu - Grécia, Croácia e
Turquia - e conquistou um lugar no ‘top 10' dos destinos turísticos mais
competitivos da Europa, de acordo com o ‘Global Travel & Tourism
Competitiveness Index' divulgado pelo Fórum Económico Mundial.
A nível mundial o mercado
consegue voltar aos índices de 2008 ao subir para o 15º lugar no ranking
mundial da competitividade no turismo, deixando para trás destinos como a
Suécia, Nova Zelândia, Islândia, Finlândia, Bélgica e Irlanda. Face a este
desempenho, em declarações ao Diário Económico, o secretário de Estado do Turismo
realça que a "subida de cinco posições, depois de seis anos em queda
permanente, é um bom sinal e um incentivo de que estamos no caminho
certo". Para Adolfo Mesquita Nunes este sinal "deve ser lido e
analisado em conjunto com o crescimento ao nível das dormidas, dos proveitos e
das receitas do sector do turismo".
O governante não tem dúvidas
que o ranking "demonstra que Portugal compete geograficamente com alguns
dos países mais competitivos do mundo, nomeadamente com o mais competitivo,
Espanha". O crescimento a nível percentual "muito superior que
Portugal tem tido face a Espanha em dormidas e receitas ganha uma relevância
especial e evidencia o excelente trabalho do sector privado".
Também ao nível dos recursos
humanos e mercado de trabalho, o país ocupa um lugar de destaque com a terceira
posição no ranking mundial em termos de facilidade na contratação de
colaboradores qualificados.
Portugal ocupa ainda o décimo
lugar como destino turístico mais seguro do mundo. A liberalização do sector, a
redução das taxas e custos de contexto e a mudança na estratégia de promoção do
destino - com a aposta no digital, captação de rotas aéreas e reforço da
relação com a imprensa internacional - são os argumentos que ajudaram a
justificar este desempenho.
Mesquita Nunes admite que,
apesar de se estar no caminho certo, "ainda que há muito por fazer".
Pelo que a estratégia para reforçar a competitividade deve continuar a assentar
"em liberalizar o sector, despolitizar a promoção e preparar as empresas
para a mudança". E lembra que aos desafios tradicionais do sector
"somam-se agora os do marketing digital, do ‘big data' e do ‘sharing
economy', que devemos encarar com abertura, e não com proteccionismo".
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