terça-feira, 23 de junho de 2015

Um cãozinho raivoso...

Valdemar Habitzreuter
A tão propalada imagem do futebol brasileiro como sendo o melhor e o mais artístico do mundo não tem mais sentido. Pode ter sido no passado, mas, na atualidade, iguala-se a de outros países e, diria mesmo, que se coloca inferiorizado a de muitos outros que se organizam e se dedicam com afinco para a realidade lúdica preferível dos povos, que é o mundo do futebol.

Os países europeus se destacam nesta organização, levam a sério um esporte que fascina multidões e que merecem, portanto, espetáculos à altura de seus anseios por diversão e congraçamento. Temos aí a Copa da UEFA e a Liga dos Campeões da UEFA que apresentam verdadeiros espetáculos que agradam ao público e televisado para o mundo todo.

Aqui na América do Sul temos a CONMEBOL, a entidade que organiza a Copa Libertadores da América e a Copa América. Não podemos dizer que é propriamente uma organização em prol do futebol espetáculo, mas, talvez, antes uma organização com interesses extracampo – corrupção e combinações fraudulentas nos resultados de jogos. (Vide o resultado do jogo entre Corinthians e Boca em 2013 na decisão da Taça Libertadores da América).

Aqui no Brasil a realidade não é diferente. A CBF, de entidade organizadora dos campeonatos brasileiros não tem nada, tem, sim, em seu meio, uma corja de dirigentes que se organizam internamente para falcatruas em prol de interesses pessoais e não em prol do futebol – a paixão nacional.

Estamos no momento tendo a Copa América e assistimos no domingo passado o jogo Brasil X Venezuela. Que atitude mais ridícula do Neymar neste jogo. Parece que este cãozinho raivoso acha-se o dono do time. De tanto de a mídia inflar seu ego como o jogador salvador e que as vitórias só acontecem com ele em campo, arroga-se o direito de partir para agressões quando as coisas não lhe favorecem em campo, culpando adversários e juízes de deslealdade para com ele.

É, realmente, um menino muito mimado que ainda tem pela frente importantes lições de vida a aprender. Se continuar assim, seu futebol – diga-se de passagem de alto nível técnico e artístico, acima da média de outros – entrará numa espiral de declínio. Na seleção brasileira ele é considerado a estrela mor, os outros são seus coadjuvantes. Nada mais errado. O culpado é o treinador que ainda lhe dá a braçadeira de capitão, como líder do grupo. De líder não tem nada, a não ser líder de confusões. No Barcelona ele faz o papel de coadjuvante do Messi. E olha só a diferença dos dois: Messi é um gentleman sem arrogância de ser o melhor do mundo, e Neymar?... 

Neymar discutiu com árbitro chileno Enrique Osses em Colômbia x Brasil. Foto: Miguel Tovar/Latin Content/Getty Images
É preciso adestrar este cãozinho raivoso para que chegue ao topo com dignidade, cultivando a humildade e simplicidade. É isso que forja os heróis do futebol como verdadeiros ídolos... 
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 23-6-2015

Um comentário:

  1. Todos acabaram mal, á exceção de Raí, que também não era nada de fenomenal, mas pelo menos representou bem o país lá fora.
    O resto ? tudo acaba no limbo, vide Adriano, Ronaldinho Gaúcho e outros mais
    É o intelecto rudimentar
    José Manuel

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