quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Mais filhos. Natalidade pode subir pela primeira vez em cinco anos

Nos primeiros sete meses do ano, já nasceram mais 1.500 bebés do que no mesmo período do ano passado. Se a tendência se mantiver no resto do ano, a natalidade pode crescer pela primeira vez em cinco anos


Observador
De janeiro a julho deste ano nasceram mais 1.500 bebés do que no mesmo período do ano passado. Se a tendência se mantiver no resto do ano, a natalidade irá subir pela primeira vez desde 2010. Nos primeiros sete meses de 2015 registaram-se 47.886 nascimentos, e no ano passado 46.386, revelam as estatísticas referentes ao teste do pezinho, realizado pelo Instituto Ricardo Jorge, com números muito próximos da realidade.

“Se se mantiver a tendência observada nos últimos dois semestres – o último do ano passado e o primeiro deste ano –, entramos em recuperação. A expectativa é que tenhamos um número de nascimentos superior ao de 2014. Mesmo que não seja muito grande, é sempre significativo quando temos um declínio desde 2010. Nos últimos anos perdemos cerca de 18% da natalidade. Ter um número mais elevado será um marco”, afirma ao Diário de Notícias (DN) a presidente da Sociedade Portuguesa de Demografia, Maria Filomena Mendes.

O ano de 2010 ficou marcado por uma forte descida da natalidade. Com a crise e o agravamento da situação financeira, a queda do número de nascimentos manteve-se ao longo desta década. A melhoria começou no ano passado.

“Assistimos a um grande adiamento do primeiro e do segundo filho, o que pode estar a acontecer é que os que adiaram chegaram à idade em que se querem ter um filho é agora ou nunca. Outro fator, que não aparece ainda nas estatísticas, parece ser o de antecipação da maternidade por algumas mulheres mais jovens, entre os 25 e os 30. Antecipar para dar mais margem de manobra para o caso de quererem adiar. E aprendemos a ver o que acontece aos outros. Muitos casais adiaram e já não conseguiram ter o segundo filho”, explica Maria Filomena Mendes. 
Título, Imagem e Texto: Observador, 19-8-2015

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