sábado, 12 de setembro de 2015

A crise em Portugal que só a esquerda não quer que desapareça, pelo contrário, quer mantê-la custe o que custar

Sim, pois é, como já algumas vezes disse, não assisto aos telejornais, não leio os jornais, particularmente o bloquista ‘Público’ e o socialista ‘Expresso’. Me refiro ao seu corpo redatorial.

Não vejo nem leio porque impossível permanecer com sadia mente assistindo/lendo o mantra da miséria em Portugal e outros satanismos urdidos por este governo de extrema-direita, neoliberal, etc, etc…

(Mas, é evidente, que algumas notícias/matérias publicadas em Portugal me chegam por vias transversas: blogues amigos, Facebook e Twitter.)

Cada vez que vou a Lisboa presto muita atenção e me preparo mentalmente para não balançar com a multidão de miseráveis – de todos os feitios – que vagam pelas ruas de Lisboa. Cego pelo meu reacionarismo ainda não consegui avistar essa multidão. E volto para casa abatido por não conseguir inflar a minha indignação.

Pelo contrário, vejo os bares/restaurantes/lanchonetes cheios… a cidade pulsando com absoluta normalidade, turistas milhares e detalhe muito importante: passeiam à vontade com as suas câmeras profissionais, aipodes, aipades, aifones, sandálias com meias, na maior. Sem medo de facas, faquinhas, facões ou de pistolas, revólveres, fusis, canhões…

Aqui onde moro, Massamá, os cafés/restaurantes continuam funcionando, o Pingo Doce continua cheio, algumas lojas fechadas no shopping, porque escolheram mal o ramo de negócio e/ou porque não souberam geri-lo… Também, com a fachada do shopping cheia de pichações… escondidos os painéis de azulejos mostrando os monumentos do concelho de Sintra, fica mais difícil atrair a clientela. Mas claro, tudo culpa do governo diabólico de Pedro Passos Coelho…

Pois bem, precisando de repintar o apartamento e otras cositas más fui procurar empresas/particulares da área, de trabalho e territorial. Contactei umas doze.

Dessas doze, quatro não responderam, uma nem veio a casa:

-----Mensagem original-----
De: Inter Classe [mailto:comercial@interclasse.pt]
Enviada: quinta-feira, 10 de setembro de 2015 09:47
Para: jimpereira@gmail.com
Assunto: RE: Formulário recebido

Exmo. senhor,
Agradecemos o contacto.
Informamos que devido ao volume de solicitações não nos é possível dar resposta ao seu pedido.
Com os melhores cumprimentos,
Atentamente
Dora Lourenço

Inter Classe - Remodelações e Construções, Lda.
R. 1º de Dezembro, n.º 12 A/B
2685-097 SACAVÉM 

Das sete que vieram fazer o orçamento, uma deu pra trás.

De: Pedro Almeida - Digimountain [mailto:pedro.almeida@digimountain.pt]
Enviada: quinta-feira, 10 de setembro de 2015 13:19
Para: jimpereira@gmail.com
Assunto: Pedido de Orçamento

Boa tarde Sr Jim,
Infelizmente não temos disponibilidade para poder iniciar trabalhos novos durante o mês corrente.
Como tal não será possível satisfazer os seus requisitos, pelo pedimos desculpa.
Agradecemos o seu contacto.
Atentamente,
Pedro Mendes de Almeida 

Com exceção de uma empresa, daqui pertinho e um particular (brasileiro), as demais demoraram a responder ao pedido de orçamento. A empresa também mandou o orçamento com celeridade. O brasileiro mandou hoje.

Portanto, concluo que está sobrando trabalho, e fico contente por isso.

Mas, sabemos, o ideal socialista e igualitário seria o dessas doze empresas se cotovelando, se estapeando até, fazendo o maior fuzuê na portaria, com direito a diretos televisivos… 

E enfim, talvez eu devesse, por imperativo de solidariedade me juntar a esse “ideal” e apontar-me o dedo acusador para um reles reacionário que explora os trabalhadores portugueses… onde já se viu ele (eu) ainda não ter descido e trazido uma cervejinhas e tremoços para estes… lesados?!  

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