terça-feira, 6 de outubro de 2015

Rio: onde o Uber é proibido por lei, e o Waze pelo crime

Está tudo trocado, tudo invertido em nosso país, em nossa "cidade maravilhosa". A narrativa esquerdista transforma bandidos em vítimas, vítimas em culpados.

Rodrigo Constantino

“Um engano fez desabar uma tragédia sobre uma união feliz de quase meio século”, começa a reportagem do GLOBO sobre a empresária baleada e morta numa favela de Niterói ao errar o caminho por conta do aplicativo Waze.

O caso não é isolado, infelizmente. O Rio, repleto de favelas dominadas por bandidos (desde os tempos de Brizola), tornou-se um lugar selvagem em que motoristas não podem mais confiar nas rotas dos aplicativos, que não foram criados para prever traficantes armados.

“Nós temos o direito de ir e vir para onde quisermos, mas isso é cerceado pelo próprio governo, e, no fim, a culpa acaba sendo da vítima, que, inadvertidamente, vai parar numa favela”, desabafa um amigo de Regina, a empresária morta pelos bandidos.

A mentalidade do carioca já está tão transformada pelo cotidiano de violência e pela narrativa de esquerda que, de fato, muita gente acaba culpando as vítimas pelos crimes. “Também, quem mandou usar relógio bom na praia?!”; “por que resolveu confiar num aplicativo?”; “tinha que circular com uma bike tão cara por aí?”; “com esse carrão você está pedindo para ser assaltado!”; etc.

O carioca perdeu o senso do absurdo. Neste sábado, resolvi dar uns tiros com um amigo, e coloquei no Waze o endereço do stand de tiros mais próximo de minha casa, em Weston. Ele errou o caminho, me mandou para uma igreja (algum sinal divino?). Detalhe: tinha um relógio de marca famosa no pulso. Pergunta: o leitor acha que fiquei tenso por um só segundo?

Pela primeira vez na vida dei tiros com um fuzil. Segundo meu amigo, tenho um talento natural, e acertei vários tiros no alvo. Percebam a diferença: qualquer um pode chegar e dar tiros com um fuzil nos Estados Unidos, país bem mais seguro que o Brasil, que tem leis infinitamente mais restritivas às armas. Aqui na Flórida, atirar com fuzil é lazer, programa de fim de semana familiar. Enquanto isso, nas favelas cariocas esse armamento pesado é predominante, nas mãos de marginais.

Está tudo trocado, tudo invertido em nosso país, em nossa “cidade maravilhosa”. A narrativa esquerdista transforma bandidos em vítimas, vítimas em culpados. As armas são tidas como as responsáveis pelos crimes, não os indivíduos. E uma tecnologia fantástica como a do Waze, desenvolvida em Israel, sequer pode ser usada no Rio, pois é perigoso demais.

Ficamos, então, assim: a cidade proíbe o uso do Uber, para garantir a reserva de mercado dos taxistas, e o crime veta o uso do Waze, pois a qualquer momento você pode errar o caminho e se deparar com traficantes fortemente armados que atiram para matar, seguros da impunidade. E tudo isso visto como normal, como parte do cotidiano do carioca. O segredo é evitar os locais perigosos, cada vez em maior quantidade. Daqui e pouco todos terão de ficar em suas casas, e mesmo assim não haverá segurança.

Mas ai de quem elogiar ou quiser passar um tempo em Miami: “coxinha” com complexo de vira-lata! Legal mesmo é viver na selva carioca, com muita adrenalina, onde a cada esquina você pode encontrar uma “pobre vítima da sociedade” com uma arma ilegal na mão, enquanto o cidadão ordeiro é tratado como bandido pelo governo e não pode sequer se defender. O Brasil cansa… 
Título e Texto: Rodrigo Constantino, VEJA, 5-10-2015

Um comentário:

  1. MARAVILHA, pela primeira vez vejo alguém colocar a culpa no verdadeiro criador das favelas do RIO, o supra-sumo esquerdista Leonel.
    Quando este merda assumiu, o jogo do bicho tinha lojas de atendimento, sem repressão.
    Aliás aqui em Porto Alegre também tem hoje em dia, qualquer lotérica faz jogo do bicho eletrônico. faz horas que administração popular não sai da prefeitura. Aqui os bingos funcionam, as rinhas, jogo do osso e das ferraduras. Os esquerdistas são o próprio crime organizado.
    SUERTE OU CULO !

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