Rui A.
Espetou uma faca nas costas de
António José Seguro, com quem tinha feito um solene acordo de colaboração leal
uns meses antes.
Deslumbrado consigo próprio,
anunciou ao mundo que daria grandes vitórias ao partido, prometendo a maioria
absoluta como se o mundo se esgotasse na sua cativante pessoa.
Tomou conta do PS como se
fosse casa própria e, tratando os seus camaradas como lacaios, impôs-lhes um
candidato presidencial estranho ao partido, sem consultar os órgãos
competentes.
Muito a contragosto, tarde e a
más horas, foi visitar José Sócrates, de quem fora número dois e braço direito
no governo, e, quando lhe perguntaram se voltaria a visitá-lo, respondeu,
contrariado, que não tinha planos para isso.
Incomodado com os jornalistas
que o criticavam, enviou mensagens para os atemorizar e coagir.
Perante a candidatura
presidencial, que tudo fez para abortar, de uma camarada sua, vitimizou-se,
deixando insinuações de deslealdade e traição para justificar o mais do que
previsível desastre do seu candidato.
Em campanha eleitoral, sob
reserva mental, não se comprometeu com nada, limitando-se a dizer generalidades
quanto ao futuro.
Perdeu as eleições que
prometera ganhar por muitos votos e não por «poucochinho», como o seu
antecessor, mas não se demitiu.
Na noite da derrota anunciou
que não criaria «maiorias negativas» contra o futuro governo. Poucos dias
depois estava a negociar com o Partido Comunista e o Bloco para impedir a
formação de um governo de direita e se fazer primeiro-ministro.
Para atingir os seus
objectivos pessoais, prestou-se a fazer uma rábula de supostas negociações bem-sucedidas
com os partidos de estrema-esquerda, sendo que, até agora, nada disse aos
portugueses sobre o teor das negociações.
Alucinado com a situação que
ele mesmo criou, anda pelo mundo a dizer disparates sobre as manobras rasteiras
que tem feito, comparando-as, ridiculamente, a uma continuação da «queda do
muro de Berlim».
Perante as críticas dos seus
camaradas à estratégia suicida que tem seguido, deprecia-os e diminui-os,
alegando que eles não sabem do que estão a falar.
Desesperado com a
possibilidade de não chegar a primeiro-ministro, denigre o seu país afirmando
que existem coisas «muito graves» que os portugueses desconhecem, mas que se
recusa a elucidar.
Enfim, um homem cheio de
qualidades.
Título e Texto: Rui
A., Blasfémias,
17-10-2015
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António Costa é, de facto, um homem pleno de qualidades - péssimas qualidades.
ResponderExcluirNão faz muito tempo, só duas horas, que comentava, ou melhor, desabafava, com a minha mãe (87 anos) sobre o telejornal da RTP, a que assistia na cozinha, por inércia:
ResponderExcluirPorra, mãe, tou vendo a RTP... António Costa, António Costa é o sóbrio, é o lutador, é o cacete! Tudo no envelope subliminar a que nos habituou a RTP, e não só ela!
Mas, continuando o meu desabafo:
"Mãe! Eles conseguem fazer uma reportagem sobre o "ALTO" valor que os estrangeiros pagam em propinas nas... universidades portuguesas! Um escândalo!"
Impressionante o domínio da extrema-esquerda, mais da esquerda-caviar, nas redações da "Comunicação Social" – é assim que eles denominam a... imprensa.