segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Por que insistirmos numa republiqueta de banana?...

Valdemar Habitzreuter

O dito secular com respeito ao Brasil, ‘aqui em se plantando tudo dá’, não se concretizou ainda (vai-se concretizar?) Pode até ser que se plante por aqui, mas, quando se planta, planta-se errado e não se zela pela plantação. No entanto, temos uma cultura que sempre deu certo: a cultura bananesca. O bananal brasileiro é auto desenvolvível, não necessita de maiores cuidados. Pero Vaz de Caminha não imaginava que o futuro desse país fosse tão medíocre por falta de qualidade de cultivo das diversas culturas desta terra abençoada de ‘em se plantando dá’. Faltou acrescentar: ‘em se cuidando do que se planta haverá farta colheita’. 

Assim, nosso campo cultivável político-sócio-econômico-cultural está com problemas, o solo não está sendo fertilizado a contento. Ficar só na monocultura bananesca - porque não exige grande esforço e dedicação -, não é capaz de tirar o Brasil da mediocridade e alça-lo a país desenvolvido onde a vida do brasileiro valha mais à pena de ser vivida e desfrutada. Viver numa republiqueta de bananas, só consumindo bananas, deixa o povo anêmico, infeliz. Ele necessita de uma alimentação diversificada, mais saudável e consistente. Mas temos falta de peritos em plantar e cultivar.  

Nossos políticos, desde a proclamação da República, não souberam e não sabem ainda - ou não querem saber -, plantar as diversas sementes do desenvolvimento e de zelar das coisas públicas, salvo uma minoria (uma minoria não ‘faz verão’). Somos carentes desses políticos altruístas, vocacionados para o bem do povo e engrandecimento da nação. O que vemos é um cenário político em que pessoas são eleitas para representar e trabalhar em prol do povo e, no entanto, têm como objetivo principal locupletar-se no poder e, muitas vezes, apoderando-se indevidamente das coisas públicas. A situação política atual é um claro e gritante exemplo disso.  

Nossa sociedade espelha essa falta de política séria. Vivemos numa sociedade confusa em que o caos e a violência vão tomando conta, deixando o povo apavorado. A atual conjuntura social está fendida. O regime petista imprimiu uma marca de beligerância, uma luta de classe, confrontando pobres com ricos pela ilusória ideologia ultrapassada do socialismo radical.

Com essa política desvirtuada e antiética, proporcionando a falência da saúde da sociedade, instaura-se a fragilidade do setor econômico, gerando desemprego, pobreza, falta de investimento industrial, estagnação, baixa confiança das instituições estrangeiras para investimentos no país, enfim, retrocesso em todas as áreas econômicas, imprimindo ao país cada vez mais a marca de uma republiqueta de banana.

A educação, que deveria ser o carro-chefe para preparar homens e mulheres qualificados em todas as áreas do saber, está sendo colocada para escanteio. Não se enxerga o real benefício do cultivo da educação como primordial para tirar o país da situação bananesca. É muita falta de visão, de investimento e de políticas acertadas de nossos governantes a respeito do valor da educação. Se é falta de visão, é só olhar para os países desenvolvidos e verificar o que é feito nessa área. Mas... talvez não seja por falta de visão... talvez seja mesmo o propósito de nossos governantes e políticos da vigência de uma republiqueta de banana... Adivinhar o porquê desse propósito não é dificil... 
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 2-11-2015    

Um comentário:

  1. HABITZ MEU PREZADO AMIGO, LEIA AYN RAND EM SUA OBRA " A REVOLTA DE ATLAS ", QUE VOCÊ VAI ENTENDER TUDO, O COMO E O PORQUÊ DE TERMOS CHEGADO A ISTO.
    (está em caixa alta, de propósito, para ver se as pessoas acordam de vez )
    José Manuel

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