domingo, 1 de novembro de 2015

Sem esta comunicação social, seria impossível assistir ao que se está a passar

Murphy
Tanto haveria a dizer neste blog (fossem outros os tempos e a disponibilidade) sobre o que se tem passado nos últimos dias…

A agenda mediática permanece verdadeira caixa de 
ressonância dos interlocutores da esquerda e da sua argumentação. Isto porque (maioritariamente) as redações e o jornalismo partilham da mesma posição ideológica da nova Troika: PS / BE / PCP. Como esse é desfecho que desejam, nem param para refletir e fazer uma análise critica sobre o que se está a desenrolar.

Eis alguns dos argumentos que, repetidamente se lêem, vêem e ouvem:

1º Transformou-se uma vitória da Coligação Paf numa vitória dos que defendem o “fim da austeridade”. Alguém se lembra o que separava a Paf do PS, a austeridade da anti-austeridade? A Paf defendia o fim dos cortes nos salários da FP em 3 anos. O PS em 2. A PAf defendia a devolução da sobretaxa em 3 anos, o PS em 2. Entre a proposta de Costa e a de Passos, é todo um mundo de diferença... 
 De repente, para legitimar o cenário de Costa PM, as eleições legislativas nada têm a ver com a escolha de um Primeiro-ministro… Inúmeras vozes, somadas aos comentadores do costumeesforçam-se para elucidar os portugueses que eles escolhem deputados. Deputados, senhores! 
Todos sabemos que os portugueses nas conversas de café, de jardim, no trabalho, etc.., nem se lembravam de Passos e Costa tão relevante e interessante, era discutir quem era o deputado em 4º lugar na lista de Vila Real e 7º de Beja…
 Passos, era todos os dias catalogado de mentiroso pelas luminárias da esquerda porque, enquanto PM, nada cumpriu o seu programa de 2011. Costa  – o político de confiança por oposição ao mentiroso do Passos -, na noite de 04 para 05 de Outubro, faz tábua rasa do programa Centeno – o tal do rigor e das contas certas - e garante que um programa de governo com a extrema-esquerda é que é o caminho.
Aqui, a Constança, o Adão e Silva, o do pisco, etc.., não vêm qualquer mentira ou questão moral. É democraticamente legítimo! 

 A turba indigna-se com Cavaco que exclui 1 milhão de portugueses. Que crápula de democrata!

Vejamos, ou estamos no euro ou fora do euro. Ou estamos na Nato ou fora da Nato. Se cerca de 
80%querem o Euro e a Nato, e tratando-se de cenários mutuamente exclusivos, faria mais sentido que o PR exclui-se quem?!
Como é habitual não se critica a mensagem, mas
 o mensageiro e é bem conhecida a popularidade de Cavaco entre a elite intelectual e bem informada de “lesboa”… 

 Ainda pudemos assistir a figuras como Catarina Martins e Jerónimo de Sousa – sempre com a cumplicidade da tal comunicação social, que difunde e amplifica a sua mensagem -, apelidarem Cavaco Silva de faccioso e “fazer um discurso de seita”!
Nas diversas entrevistas televisivas aos líderes do bloco e comunistas, 
nunca ocorreu a nenhum jornalista perguntar:

- a Jerónimo, como consegue o pcp 
defender a posição do governo angolano no caso Luaty Beirão – nomeadamente, o total desrespeito pelos mais básicos direitos humanos -, mas é capaz de apelidar de fascistas, ladrões, assassinos os líderes de psd e cds;

- a Catarina, como consegue ir no fim de semana à Grécia 
apoiar Tsipras, designadamente, o seu programa de austeridade com cortes médios de 12% em pensões, cortes em salários, aumento de impostos, etc., e regressar na 2ª feira e acusar - com toda a convicção e autoridade moral - Passos e Portas por medidas bem menos gravosas que se encontravam previstas nos seus programas. 

Com jornalismo assim, quem precisa de censura?...

No 
final de contas, Portugal tem o que merece. Pessoalmente, tenho vergonha de viver num país onde 20% da população vota extrema-esquerda (isso, sim, faz-me pensar em emigrar…). Mas, sei que tal cenário  é possível graças a esta triste comunicação social, sediada na capital e dominada por uma pseudo-elite de esquerda com a qual todo um país tem de carregar…

Título e Texto (Formatação original): Muphy, no blogue “Com jornalismo assim, quem precisa de censura?...”, 31-10-2015

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