segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Das profundezas do esgoto, a BLOSTA ataca passado digno de Sérgio Moro

Luciano Henrique


Mais um dos blogs bancados  com verbas estatais se sai com um recurso digno das profundezas mais fétidas do esgoto: atacar o passado digno do juiz Sérgio Moro. A obra fecal se encontra no texto “Retrato do juiz Sérgio Moro quando jovem. Por Renan Antunes de Oliveira”, no Diário do Centro do Mundo.

Vejam só um resumo:

Nascido em berço de ouro
Educado dos 6 aos 16 por freiras carmelitas espanholas
Andou de busão pela primeira vez aos 18
Até quase 30 não sabia o que era um pobre
Idolatrava o pai, um professor apoiador da ditadura e militante do PSDB

Qual dos itens acima configura um crime igual saquear um estado a partir da corrupção na Petrobrás? Nenhum.

Mas vejamos o que diz o texto:

Para fazer um perfil do juiz Sérgio Moro destaquei dois repórteres durante 70 dias,  entre julho, agosto e outubro. Nós percorremos Maringá, Ponta Grossa e Curitiba entrevistando amigos e familiares: tudo olho no olho, nada de email ou papo por telefone.

E a grana para essa investigação saiu de onde? Lembre-se que o blog DCM é parte da BLOSTA. Eles não têm vergonha sequer de comentar algo deste tipo?

Observem a mesquinharia:

A maioria das pessoas próximas dele estava preparada para manter silêncio até sobre informações banais como o resultado do teste do pezinho – a mãe não queria comentar nem se ele nasceu de parto natural ou cesárea.

Quer dizer que foram encher o saco de familiares e até mãe? Ela devia ter mandado tomar naquele lugar…

Isso é de uma falta de caráter inacreditável.

Diferentes repórteres falaram com a mãe, o irmão, um tio, o padrinho de batismo, ex-colegas e ex-professores das duas primeiras escolas (Santa Cruz e Gastão Vidigal), da turma de 1995 (a dele) da Faculdade de Direito da Universidade Estadual de Maringá (UEM), o único patrão de seu emprego anterior ao concurso para juiz (o advogado Irivaldo Joaquim de Souza) a turma do Country Club de cidade natal, juízes, advogados, promotores, assessores de imprensa do Judiciário, seus alunos na Universidade Federal do Paraná e uma trinca de amigos inseparáveis com quem ele confidencia tudo.

Agora que surgiu o resultado da invasão de privacidade desse pessoal, deveriam meter um processo no DCM. No mínimo…

Amigos e familiares admitiram estar orientados para manter silêncio. Aqueles que falam qualquer coisinha recebem broncas.

Ah, esse tipo de acusação deve merecer uma investigação.

A um juiz federal ele pediu para retirar fotos do Instagram onde aparecia de camiseta vermelha e tomando cerveja. E conseguiu deletar a maioria das fotos antigas – a que ilustra esta reportagem é do álbum de uma colega de faculdade não alcançada pela vigilância dele.

E o que há de constrangedor nessa foto, monstros?

Sérgio Moro não quis nos dar entrevista, apesar de insistentes pedidos.

Ei, um detalhe: em uma sociedade livre, ninguém é obrigado a dar entrevista a sicários do PT.

Seguindo instruções do filho, Odete fala pouco – a um dos repórteres que a procuraram ela se justifica com o mesmo argumento do porteiro: “Sérgio corre perigo”.

Depois dessa baixaria praticada pela BLOSTA, Odete está certa: lida com pessoas perigosíssimas. Lembremos da história de Celso Daniel…

Moro diz que costuma falar nos autos, isto é, através das sentenças. Outra razão pela qual ele não fala pode ser explicada pela mãe. Dona Odete disse que “ele tem uns amigos jornalistas na Folha, na Veja e no Globo para quem dá entrevistas quando quer” – argumento que ela usou para desencorajar minha equipe de tentar falar com ele. Tratamento VIP na Veja, “onde tem amigos”.

Atenção: agora é crime ter amigos na Veja e escolher não falar com jornalistas sicários do PT. Quer dizer: eles já vivem com a mente em Cuba, onde as pessoas são obrigadas a passar reporte de suas vidas para funcionários do governo.

Para dominar a audiência, às vezes ele erguia a voz – um recurso que aprendeu com seu pai professor – quando o fez, a voz dele soou mais fina do que o normal, exacerbando o sotaque caipira com seus RRs puxados. Os gestos dele eram meio teatrais. Postava-se ereto, apoiando os braços nos quadris para inclinar o corpo para trás e jogar o peito para a frente, tipo um movimento de pilates. Num momento muito Moro ele fecha os olhos e cambaleia, simulando esforço para lembrar a data exata da importação de um modelo inglês de júri. Aí abre os olhos e arrisca: “1831”? Errado: segundo o site Âmbito Jurídico, o Brasil adotou o sistema em 18 junho de 1822.

Usar recursos para fazer uma aula fluir bem agora é um crime? Realmente, esses caras não têm limites para a perda de dignidade.

Sobre sua admiração pelo pai:

Ele nasceu em 1º de agosto de 1972, durante a ditadura militar (1964-1985). O país vivia o auge do chamado “milagre econômico”. No período, o pai dele ocupava um cargo público nomeado por políticos da Arena, partido de apoio ao regime militar. A visão dele do mundo também foi muito influenciada por viver num ambiente irreal: nasceu em berço de ouro, passou a adolescência sem contestar a ditadura e cresceu numa cidade que era uma ilha de excelência se comparada ao resto do Brasil.

Sim, Sérgio Moro tinha um pai que admirava a ditadura militar, enquanto muitos que hoje estão na BLOSTA admiravam a ditadura cubana. Dois excrementos em termos de regime político, embora o regime brasileiro tenha sido menos sanguinário que o cubano.

Talvez Sérgio Moro não tenha contestado uma ditadura em um período de censura oficial, mas hoje a BLOSTA apoia a ditadura venezuelana em pleno ambiente que deveria ser democrático. Até em termos de respeito à democracia, Moro hoje é um ser humano superior em todos aspectos a qualquer jornalista da BLOSTA.

Sabe-se que ele cresceu sem nenhum achaque, desenvolvendo o físico invejável que exibe na televisão. No país do futebol, não era peladeiro: praticou ginástica olímpica e tornou-se um ciclista de pé cheio.

Sem comentários…

A vida dos Moro era classe A. Dalton frequentava o exclusivo Country Club, localizado numa área do tamanho de 60 campos de futebol e cujo título hoje custa cerca de R$ 30 mil.

A questão é: como no caso da Petrolão, isso foi bancado com dinheiro roubado da Petrobrás? Senão, voltem para seu esgoto…

Mesmo sendo formada em Letras e lecionando em escola pública, Odete confiou a educação do filho às freiras carmelitas espanholas da escola particular católica Santa Cruz.

Parece um lugar melhor que as escolas aparelhadas por doutrinação marxista. A pergunta: a educação dele foi bancada com dinheiro roubado da Petrobrás ou alguma outra estatal? Eita escória.

Nos seus 10 anos de educação católica Sérgio sempre foi CDF. Seu boletim só tem O e B, de ótimo e bom. E nenhuma mancha. Colegas o descreveram como “inteligente” e “obediente”, sem notar nada mais expressivo. Apesar de ser uma coisa comum entre crianças e adolescentes, ele não teve nenhuma traquinagem conhecida.

Ué, isso era para ser ataque?

Ele nem sequer era popular na turma: “Ele não era namorador”, atesta um colega. Teria tido apenas uma namorada, uma estudante de arquitetura – os dois romperam quando ele mudou-se para Curitiba, conheceu e em seguida casou com a advogada Rosângela.

É surreal este tipo de mesquinharia.

Dos velhos tempos ele lembra que a turma zoava do jeito certinho de Sérgio Moro: “Quando a gente saia e tomava uns vinhos contando as histórias dele, ele ria, reagia com bom humor. Mas era um cara inflexível nos princípios dele”, contou, sem elaborar sobre os princípios.

Com certeza, não devem ser os princípios da extrema-esquerda, resumidos a não ter ética alguma no momento de tratar pessoas consideradas obstáculos em seu caminho.

Papo vai, perguntei se ela não estaria disposta a falar ao menos dos “segredos” do nascimento dele, que não contara à repórter que a visitara em agosto. Dona Odete achou engraçada tanta curiosidade e começou a rir:  “Ele nasceu de parto normal, satisfeito ? ” Pedi mais: “Ele tinha três quilos, foi uma criança pequena”. Aproveitei a deixa e perguntei pelos números dele nos testes do pezinho e de apgar: “Naquele tempo não existiam”, disse a senhora. Neste momento dona Odete já estava às gargalhadas ao telefone. Aí ela se voluntaria: “O sangue dele é O negativo”. Eu ia aproveitar o momento para perguntar…mas ela se antecipou, mais ou menos assim: “Ele não quer que eu fale nada e não vou falar”. Fim do papo. “Tenha um bom dia”, e desligamos.

E pior, para a vergonha: agiam como se merecessem terem sido mandados para aquele lugar e ainda foram tratados com educação.

Me parece que neste dossiê anti-Moro, a escória saiu perdendo, pois em todos os aspectos puderam ser percebidos como vermes morais diante de uma pessoa superior a eles em qualquer questão de caráter.

Isto não é uma elegia à Moro. Na verdade, ser melhor que esses jornalistas da BLOSTA não significa absolutamente nada. Mas na comparação com Moro, é até covardia… 
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 17-1-2016

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