Heitor Abdalla Buchaul
Para quem conhece ou já
tenha estudado a ideologia que rege a mentalidade das “esquerdas”, não é
novidade o sentimento profundamente antirreligioso e, mais ainda, anticristão
que carregam.
Porém, nos últimos anos as
imagem e os ataques à religião eram mais ou menos indiretos, ou seja,
disfarçados.
Mas as suas atitudes estão
mudando, como evidenciam dois casos recentes, um na Espanha e outro em
Portugal, dois países com fortes tradições católicas.
Com o desgaste total da antiga
esquerda, seja na sua face dura comunista ou na sua face risonha socialista,
começa a surgir uma espécie de “nova” esquerda, tão ou mais radical em seus
princípios destrutivos.
A velha esquerda mais ou menos
estacionou na implantação do que seria a primeira fase do sistema proposto por
Karl Marx em seu livro O Capital, qual seja a ditadura do
proletariado. Mas o fim último do plano marxista é a anarquia geral, onde o
igualitarismo pleno reine soberano sobre toda a sociedade e todos os povos.
O que se pode sintetizar
naquilo que o pensador católico Plinio Corrêa de Oliveira chamou quarta
Revolução:
“Entretanto, antes de
atingir o seu termo, esta Revolução materialista, ateia e
igualitária, já se desdobra em uma quarta Revolução. Esta constitui um
fenômeno complexo, que comporta a desagregação total do Estado, substituído por
miríades de corpúsculos sociais largamente autogestionários, a abolição virtual
da família e da propriedade individual, e a reforma do homem, o qual,
freudianamente ‘libertado’ de todo freio, é chamado a viver dando livre curso
aos seus instintos. Assim, uma sociedade não sacral, completamente igualitária
e anárquica, é o grande objetivo para o qual tende o processo revolucionário.”
(1)
Dentro deste contexto aparecem
partidos na atualidade política europeia, como o Syriza na
Grécia, o Podemos na Espanha e o BE
(Bloco de Esquerda em Portugal).
Usando de indumentária
propositadamente desleixada – por exemplo, os membros do Syriza recusam-se
a usar a gravata –, mais do que um gosto individual ou nacional, refletem toda
uma ideologia que pretende acabar com os restos de freios ainda existentes na
sociedade. Sendo a gravata o derradeiro adorno (não utilitário) do traje
masculino, eles demonstram com isso a vontade de eliminar os últimos freios que
poderiam identificar um homem civilizado.
No campo político, além de um
socialismo extremado, defendem a entrada ilimitada de imigrantes muçulmanos na
Europa. Caso emblemático foi a recusa do Podemos em assinar o
pacto “antijihadista” na Espanha…
Se voltarmos os olhos para
além do Ocidente, não seria o chamado “Estado Islâmico” algo na linha de uma
quarta Revolução?
Mas o que nos preocupa neste
artigo é justamente a ofensiva antirreligiosa, especialmente na Península
Ibérica.
No dia 27 de fevereiro, o Bloco
de Esquerda divulgou um cartaz com o pretexto de comemorar a aprovação
pelo Parlamento português da adoção de crianças por casais homossexuais. Nele
aparece uma imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre fundo rosa-choque e a
seguinte frase: “Jesus também tinha dois pais”. Ou seja, em um país
com profundas raízes católicas e em pleno período da Quaresma, ousam proferir
tamanha afronta.
Também na Espanha, na bela
cidade de Sevilha, a IU (Izquierda Unida) e o Podemos apresentaram
ao Conselho Municipal um pedido para que o Arcebispo perca sua condição de
autoridade pública e não seja mais convidado para qualquer cerimônia civil
organizada pelo Conselho. Desejam ainda que nenhum prefeito participe de
qualquer atividade com conotação religiosa, incluindo procissões, e que sejam
rebatizadas as ruas com nomes de Santos. Tudo isso em nome do laicismo estatal.
Ao mesmo tempo pediam a liberação de uma pseudo-procissão burlando da Religião
católica, na qual seria carregada num andor nas ruas, durante a Semana Santa,
uma representação em plástico do órgão sexual feminino.
Em nome de uma suposta
“liberdade” religiosa, o que acontece? O catolicismo ridicularizado,
escarnecido, posto numa espécie de gueto, enquanto atos de vilipêndio religioso
são defendidos como direitos. Ou seja, a instauração da blasfêmia.
Muitas pessoas ficaram
profundamente chocadas. Enquanto em Sevilha centenas saíram às ruas [FOTO
ACIMA], em Portugal algumas autoridades religiosas normalmente
“conciliadoras” foram obrigadas pela reação geral a condenar o desrespeito à
figura de Nosso Senhor!
A verdade nua e crua é que
existe uma crescente e institucionalizada perseguição religiosa anticristã na
Europa e em todo o mundo ocidental, cada vez mais audaz e insolente. Mas até
aonde ela chegará? À guerra civil? Ao martírio dos que se mantiverem firmes na
fé? Não o sabemos, mas sim sabemos que Deus será vitorioso! Portanto, não nos
comportemos com a tristeza de cortesãos exilados fiéis a um Príncipe deposto.
Nosso Deus é o Rei do universo e sempre o será. E com força confiante, além de
suportar as adversidades, lutemos dentro do respeito às leis civis de cada país
em defesa da Religião católica, a única verdadeira.
Título e Texto: Heitor Abdalla Buchaul, ABIM,
3-3-2016
1.
Um homem, uma obra, uma gesta –
Parte II Primeira Seção, no 1.
A melhor resposta que vi, em um blogue português, não me lembro qual, foi:
ResponderExcluir"Jesus tinha dois pais, mas nenhum era paneleiro!"
Para mim, tanto faz quem é o pai de Jesus, se José ou o espírito Santo.
ExcluirNinguém xaveca a paternidade de Maomé, Buda, ou Nostradamus.
Qual deles é o mais falda da história da humanidade?
Quem lembrará de Pelé ou Usain Bolt daqui a 2000 anos?
Alguns homens desenvolvidos para suas épocas, tiveram teoremas que regulam nossas teorias físico-químicas e biológicas.
O mundo continua o mesmo antes ou depois de Freud.
Karl Marx apenas copiou ideias da igreja católica que escravizava indígenas em suas reduções.
Detesto as ideologias, até religião é uma ideologia.
Quanto aos baitolas, cada um tem seu gosto particular, creio que masturbação é infinitamente melhor que sexo com o órgão excretor.
Daqui alguns anos talvez alguém politico ecologicamente correto vai transformar fezes em alimento.
Comunista é um sujeito que gosta de destruir preceitos, com conceitos nulos.