Rivadávia Rosa
Além do US Cuban Liberty
and Democratic Solidarity Act de 1966 que exige para o levantamento total
do embargo e normalização das relações diplomáticas, prévio estabelecimento dos
princípios democráticos para o exercício de atividades políticas, há também as
expropriações de empresas e de cidadãos norte-americanos e espanhóis que
precisam ser ressarcidas.
O fato é que os regimes que
ainda se autodenominam comunistas – têm recorrido a incipientes medidas
capitalistas: Vietnã, Coréia do Norte, China, Cuba, ou seja a
conhecida NOVA POLÍTICA ECONÔMICA – NEP [a exceção da Venezuela
que afunda na tragédia]
“A NEP (em russo: НЭП), acrónimo de Novaya Ekonomiceskaya Politika (em português: Nova
Política Econômica) foi a política econômica seguida na União Soviética
entre o abandono do comunismo de guerra (praticado durante a guerra civil) ...”
A NEP, como medida tática, foi
implantada em 1921 na Rússia – “passou a permitir as atividades de um grande
número de empresas privadas, em especial as ligadas à agricultura e aos pequenos
negócios, além de estimular os camponeses a ganharem o máximo possível. Em
1924, como ocorreu em outras partes do Ocidente, a economia já havia renascido.
A União Soviética permaneceu ilhada – em parte por opção, em parte pela
hostilidade dos países capitalistas que a rodeavam -, mas gradualmente
reconstruiu os laços econômicos com o restante do mundo.” (FRIEDEN, Jeffry A. In
Capitalismo Global – História econômica e política do século XX. Rio de
Janeiro: Zahar, 2006, p. 154-155).
Porém, a NEP por mais
indispensável que fosse permaneceu suspeita dentro do próprio partido;
recuo tático imposto pela realidade, concessão à sociedade real ameaçou ao
mesmo tempo o poder da ideologia e o de Joseph Stalin, de modo
que assim que as condições objetivas o permitiram – Stalin
- impôs sua mão totalitária num culto/praxis irracional,
violento, criminoso, baseado no catecismo do terror - promovendo a maior
tragédia humanitária do século passado.
Nessa esteira
marxista-leninista, assim se manifestou o então presidente chinês Jiang Zemin,
num discurso em homenagem ao 80º aniversário do Partido Comunista chinês,
na Grande Ala do Povo na Praça da Paz Celestial em Pequim:
“No passado, nosso
entendimento dessa questão era muito superficial e simplista”, ... a sociedade
humana rumará inevitavelmente ao comunismo..., acrescentando – não é possível
nem necessário divisar ou descrever em grandes detalhes”, com ou quando a
sociedade humana chegara lá. (Craig S. Smith – in Trabalhadores do Mundo,
invistam – OESP 26/08/2001).
Esse raciocínio – segue
a linha de pensamento/profecia de Karl Marx: “se as condições materiais
que necessariamente resultarem no desaparecimento do modo capitalista de
produção e, com ele, na derrubada da classe dominante capitalista, não tiverem
ainda desaparecido no processo histórico, mas, não obstante, isso aconteça
antes que a história o exija, então a vitória do proletariado na subversão do
domínio da classe capitalista pode ser apenas temporária.” ( in Deutsche-Bruesseler-Zeitung,
11/11/1847).
E essa é a quinada do
comunismo cubano para sua sobrevivência agora junto ao “odiado”
império e, ainda exige “indenização” pelo embargo, ou seja, a culpa por pela
escravidão promovida pelo regime comunista da Ilha Cárcere é dos EUA.
Título e Texto: Rivadávia Rosa, Porto Alegre, RS, 22-3-2016
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