terça-feira, 25 de outubro de 2016

Maquinista que salvou cão nos trilhos do metrô sempre criou animais

ANDA
Há dois anos, ele perdeu seu amigo de quatro patas e se mudou com a mãe e o irmão para um apartamento. Desde então, não teve outro bichinho.

Uma lição de humanidade. Na última quinta-feira, o maquinista Dimitri Fernandes Veras [foto], de 38 anos, virou herói ao parar o metrô com passageiros a bordo para resgatar um cão preso nos trilhos entre as estações Cosme e Damião e Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Humilde, ele rejeitou o título e contou que o amor e o respeito pelos animais vieram de casa.

Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Na residência da família, Dimitri criou cães a vida toda. Há dois anos, ele perdeu seu amigo de quatro patas e se mudou com a mãe e o irmão para um apartamento. Desde então, não teve outro animal doméstico. “Sempre fui muito apegado. Não consigo me sentir confortável vendo um animal sendo maltratado.” Foi esse o sentimento que tomou conta do maquinista ao ver o cão no meio dos trilhos. “Ele ficou parado. Geralmente, quando a gente buzina, os cachorros saem, mas este ficou lá.” Foi então que ele percebeu que algo estava errado e parou o trem.

“Eu desci do metrô e encontrei o cachorro amarrado por uma corda no trilho. Ele estava com coleira e tinha problemas de pele”, contou. Veras pediu ajuda aos seguranças da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), onde trabalha há seis anos, e avisou que não sairia enquanto o animal estivesse no local. O metrô ficou cerca de 10 minutos parado. “Se matasse ele, não ia conseguir dormir à noite. Minha consciência não ficaria tranquila.”

O cão era, na verdade, uma fêmea. Segundo Dimitri, o animal não deveria ter mais do que sete anos. O maquinista acredita que a cachorrinha tenha sido abandonada por algum morador do bairro de Viana, em Camaragibe, onde o episódio ocorreu. “Muitas pessoas dali têm o hábito de entrar no sistema do metrô”, contou. O animal, descrito como muito dócil, foi solto em um local próximo à comunidade e não foi visto desde então.
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Título e Texto: ANDA, Agência de Notícias de Direitos dos Animais, 23-10-2016
 

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