segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

[Atualidade em xeque] Donald

José Manuel

Há algum tempo venho tentando entender e escrever algo sobre este indivíduo milionário populista, que em si é um paradoxo e que caiu no colo dos americanos sem conseguir vencer a eleição no voto popular. Na minha concepção o voto popular é o único válido em uma disputa eleitoral, principalmente quando lá o voto não é obrigatório, que é coisa de terceiro mundo.

O sistema eleitoral americano que já está sendo discutido pela sociedade é, em síntese, uma excrescência ultrapassada e o resultado imediato virá a não mais que dois anos.

Não consigo, pois quanto mais me esforce em fazer um juízo de valor sobre a sua personalidade, mais ele desconstrói qualquer valor que eu possa ajuizar a cada nova tuitada, ou entrevista.

O sujeito é realmente um fenômeno pois está desconstruindo em meses o que os Estados Unidos da América levaram séculos para construir.

Por ser cidadão americano, virou um fenômeno com tanta projeção, que está até conseguindo aqui por banania um número cada vez maior de admiradores, o que aliás não é muita novidade depois de quatorze anos e isso explica muita coisa.

É claro que se ele fosse de Uganda, por exemplo, ninguém estaria dando a menor bola para mais uma figura emocionalmente instável da era moderna, que conseguiu chegar ao poder, não se sabe ainda, como.

O cara diz ser amigo unha e carne com o inimigo maior dos seus compatriotas, e isso é incrível, impensável para os cidadãos daquele país.

Não sou vidente, mas juro que gostaria de o ser, para ver o futuro onde ele quer e pretende chegar.

Mas mesmo não sendo vidente, a cada dia que passa, olhando para seu rosto rosa maquiagem, cabelo pintado de amarelo em desalinho arrumado, olheiras e bolsas esbranquiçadas, olhar de ódio flamejante, o braço e mão direita em riste, mostrando que é o dono da verdade, me vem uma visão apocalíptica do seu triste futuro, mesmo que não o deseje, porque a mim ele não iria prejudicar em nada.

Faisão dourado é visto no safari de Hangzhou, na província chinesa de Zhejiang. Suas penas douradas assemelham-se ao penteado do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Stringer/Reuters

Mas, a impressão que tenho como ser normal que sou, a cada olhar sobre sua figura multicolorida, multifacetada, é quase um pressentimento, cujo sentimento está apenas calcado em suas atitudes extemporâneas, que o indivíduo irá trilhar dois caminhos não muito agradáveis em seu mandato.

Não quero profetizar nada, mas suas atitudes me remetem a uma visão de John F. Kennedy e Richard Nixon.

Vou torcer para que o seu fim político, caso aconteça algum tropeço pelo meio do caminho, seja apenas parecido com o de Richard Nixon.
Título e Texto: José Manuel, é lamentável que estejamos involuindo politicamente, primeiro cá, agora lá, e que os americanos já estejam pensando que o melhor teria sido o outro Donald, o Pato. 16-1-2017

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3 comentários:

  1. Brilhante!!!! Exelente texto
    Nada como uma mentalterapia...suponho algo como terapia da mente....

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  2. Brilhante texto! Nada como uma mentalterapia!!! Brigadu

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  3. Gostaria de entender a aversão a TRUMP.
    Como a aversão a Dória.
    Temos aversão a Bolsonaro.
    Mas não temos aversão a maldita constituição de 1988.
    Vejo que nenhum sistema eleitoral satisfaz os brasileiros.
    Eu considero o critério de colégio eleitoral JUSTO.
    Também gosto da música e teoria do" TEHE WINNER TAKES IT ALL".
    Justamente para evitar o populismo, as eleições americanas são indiretas.
    Divirjo que TRUMP foi o candidato populista, tanto que perdeu as eleições no voto popular. Populistas foram Obama e Hillary.
    Também acho que Obama destruiu muito mais. do que Trump fará.
    Um país sem protecionismo de suas riquezas quebra.
    Aliás Kennedy foi assassinado por causa de uma visão genuinamente americana.
    Tenho como "mister" em minha vida o famoso "foda-se" para o que acontece em outros países.
    Nos apequenamos ao tentar definir que outros países ajam como o nosso.
    Nós não conseguimos, cuidar de nossas coisas, e nos intrometemos onde não devemos.
    Justamente pelo voto não ser obrigatório, que as eleições devem ser indiretas.
    O voto obrigatório é altamente favorável ao populismo.
    Podemos analisar que o Governo Nixon sofreu um impeachment "mais ou menos" a moda da anta búlgara que nos governava.
    Nixon retirou os americanos do Vietnam, e fez uma política econômica baseada no protecionismo dos empregos americanos e na redução de gastos públicos, e iniciou a política de desarmamento junto a URSS.
    Analisando o protecionismo Japonês com o Brasileiro.
    Japão 90 volts, gasolina diferenciada para carros nacionais e estrangeiros.
    Brasil tomada de 3 pinos fabricada na China que ninguém no mundo pode usar.
    Acho que a mula nordestina de garanhuns, foi muito mais multicolorida, multifacetada,calcado em suas atitudes extemporâneas, que trilhou vários caminhos não muito agradáveis em seu mandato, mas continuou sendo idolatrado popularmente tal e qual a vassourinha de Jânio Quadros.
    Não sou politicamente correto, acho que drogados e homossexuais, assim como religiões uma questão de OPÇÕES PESSOAIS.
    O brasileiro confunde ética com ser puxa-saco e pelego, quando na realidade é ético dar um bom dia a pessoa que limpa os banheiros, e bom senso dar bom dia aos patrões.
    Para finalizar uma frase que digo todos os dias para minha esposa:
    Se a imprensa é contra, deve ser muito bom, se a imprensa é a favor estamos fodidos.
    fui...

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