domingo, 8 de janeiro de 2017

O poder incontestável das empresas de ônibus do Rio

Alberto José

Desde 2013 o Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro realiza uma inspeção nos contratos de concessão dos ônibus tentando abrir a "black box" dos ônibus para avaliar os custos das empresas que alegam dificuldades e, por isso, resistem a:

colocar ônibus com ar condicionado;

comprar carrocerias para ônibus e não chassis de caminhão (mais baratos), que são fornecidos com motor dianteiro (quente) e degraus altos que são um tormento para idosos e crianças.


Além do mais:

não cumprem horários;

não pagam multas;

não fazem limpeza e a manutenção dos carros;

exploram os motoristas que são obrigados a "correr" para atingir faturamento;

obrigam os motoristas a operar como trocador e ainda recebem isenção do governo!

O "capo" dessa "desorganização de transporte urbano" é o senhor Jacob Barata (Rei do Ônibus) que, por sinal, é proprietário do Grupo Guanabara que fornece os carros inadequados (com motores quentes na frente, junto ao motorista e com degraus altos e perigosos).

A Auditoria foi contratada pela Secretaria de Transportes junto à Price Waterhouse $ Coopers por R$ 11,7 milhões! Porém... depois de ter pago R$ 10,6 milhões e faltando apenas DEZ DIAS para a conclusão dos trabalhos, o prefeito Eduardo Paes chamou o secretário municipal de transportes, Alexandre Sansão, e mandou "abortar" a auditoria (que certamente iria prejudicar os seus apoiadores empresários).

Depois dessa "desfeita", em que o prefeito gastou a verba pública e não quis prejudicar os empresários, embarcou para os "States" para dar aulas de administração pública (coitados dos alunos).

Para esclarecer essa "armação" é preciso um Lava-Ônibus, tipo Lava-Jato! 

Título e Texto: Alberto José, baseado em reportagem de O Globo, 7.1.2017, e foto de Domingos Peixoto

Um comentário:

  1. É muito cômico esses nossos governos.
    Mobilidade urbana é responsabilidade dos estados e municípios.
    Vejamos que a CARRIS de Porto Alegre só dá prejuízos.
    Sabemos que os municípios pagam para as empresas, nos atenderem mal.
    Por isso sou à favor da estatização do transporte urbano municipal.
    E que sejam privatizados o transporte interestaduais.



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