Aparecido Raimundo de Souza
“O pior
cego é aquele que nunca se enxergou - primeiramente a si mesmo -, no espelho
interno da sua alma”.
Tompson
de Panasco
A BURRICE ou o despautério das pessoas,
não se arregimenta em fazer o que elas querem, de livre vontade e, sim, no que
os outros escolhem e perpetram, geralmente contra seus princípios morais. De certa forma, esse particular quase
insignificante as deixam e as tornam submissas. Num quadro geral, escravas de
desonrosa e desprezível estupidez.
Em cada um de nós (seres humanos) existe
uma pequena parcela de imbecilidade, como também de idealismo. Ambos funcionam
como uma balança de precisão imprecisa. Com o passar do tempo, ou a
extravagância prevalece, aflorando, ou a futilidade toma conta fazendo da
personalidade do infeliz, um joguete a seu bel-prazer.
O “ideal” de toda alma vivente (ou a
sua congeminação) deve ser como a árvore plantada no meio de uma floresta
enorme. Ter suas raízes sedimentadas em terra firme, cravadas de modo duradouro
e eterno. Ao contrário da boçalidade. Seus embriões precisam navegar
continuamente em águas correntes.
Aconteça o que acontecer, meus caros
amigos, nunca percam a esperança de serem felizes. Estejam alegres,
saltitantes, haja o que houver. Seja o que for que esperem, não importa. Dias
melhores, horas mais benfazejas, momentos mais agradáveis, surgirão em
oportunos instantes, para que realizem seus propósitos e intentos de acordo com
as necessidades consideradas mais prementes.
Lembrem que as criaturas de corações
tidos como excelentes, exigem tudo de bom de si mesmas, principalmente em
relação aos demais da sua estirpe. Os medíocres, ao contrário, esperam tudo de
belo e majestoso, mas vindo dos outros semelhantes à sua volta.
“De onde menos se espera – dizia o
Barão de Itararé – é que não sai nada mesmo”. Existem controvérsias quanto a
esse pensamento. Dessa forma, procurem incansavelmente os seus “de onde menos
se espera”. De repente, contrariando literalmente o famoso jornalista Apparício
Torelly (1895-1971) as senhoras e os senhores deem de cara com algo suntuoso
que não estava previsto e esse simples gesto virá fazer ou fará toda a
diferença em suas vidinhas de merda.
Mas atenção, amigos. Cuidado com as
contraindicações. Leiam, antes, a bula. “Enquanto há vida, há esperança”,
lecionava o filósofo romano Cícero (106-43 a. C). Do mesmo modo, onde há
esperança, aí estará e se presenciará a vida. De modo algum deixem que se
esvaia a esperança pela vida. Tampouco a vida pela esperança. Não chovam -,
dito de outra maneira -, no molhado, nem façam sombras onde a escuridão impera
duradoura e determinante.
A melhor parte das nossas vidas,
passamos em aguardar o que, talvez, nunca aconteça. Todavia, às vezes, o
destino interfere, arrebatador, dando uma forcinha e nos brindando com aquilo
que almejamos num abrir e piscar de olhos. A sorte às vezes, aparece, surge do
nada, quando menos esperamos pela sua visita.
“Um raio de sol é suficiente para
afastar muitas sombras”, no entendimento do religioso italiano e depois
canonizado santo, Francisco de Assis. Porém, jamais se olvidem de um detalhe
importantíssimo. A esperança é como a vida plena. Se ocupem dela sonhando com os olhos bem
abertos, de preferencia quando estiverem dormindo.
Em tempo algum deixem de ser otimistas.
O entusiasmo, o positivismo, alegra a alma, clareia o espírito, ajuda na
reestruturação do corpo cansado, além de espalhar, para longe, as contrariedades
e as tristezas do dia a dia.
Esperançosos e confiantes são aquelas
pessoas que acreditam, que creem piamente que o que está para acontecer (seja
de agradável, ou de temeroso, por alguma forma inexplicável), será sumariamente
adiado.
“A crença positivista – na concepção da
escritora americana Helen Keller, autora de “A história da minha vida” é a FÉ
em constante AÇÃO”. Em resumo, se vocês perderem a AÇÃO, a FÉ irá, de mala e
cuia, para a casa do caralho. E vice-versa.
Como um todo, não devemos nunca,
senhoras e senhores, deixar que se percam as ilusões. Sejam elas quais forem.
Ilusões perdidas seriam (grosso modo), como mandarmos para o espaço, de uma vez
para nunca mais, a realidade pujante e viçosa em que vivemos.
Necessitamos constantemente massagear
nosso ego, alimentando-o todos os dias (ainda que construindo castelos no ar),
embora tenhamos pleno conhecimento que nos será cruel e doloroso a sua
destruição, logo adiante.
“A capacidade de nos iludirmos nessa
vida de altos e baixos (ensinava, com muita propriedade, Jane Wagner, escritora
e humorista) pode ser uma importante ferramenta de sobrevivência”.
Tenham esse conceito aparentemente
bobo, meus queridos leitores, ao alcance das mãos. Usem como uma espécie de
sentença, ou acórdão. “Pode ser uma importante ferramenta de SOBREVIVÊNCIA”. De
fato, se forem pesquisar a fundo, NÃO DEIXA DE SER. OU MELHOR, É.
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PANFLETADO E DISTRIBUÍDO NAS SINALEIRAS, ALÉM DE INCLUÍ-LO EM MEU PRÓXIMO LIVRO
“LINHAS MALDITAS” VOLUME 3.
Título e
texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista. Do
Sítio ”Shangri-La” – Um lugar perdido no meio do nada. 12-3-2017
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ResponderExcluirA PIOR CEGUEIRA, SURDEZ E MUDEZ DO MUNDO É O FINGIMENTO.
Finge-se de cego, surdo e mudo.
Postulando a si próprio a mentira.
A pior das mentiras é a ESPERANÇA, quem espera nunca alcança nada.
Alguns massageiam seus egos com as mensagens de auto-ajuda, outros com enganações religiosas.
A esperança ficou trancada na caixa de Pandora.
A sociedade necessita de homens com atitudes, somos dependentes um do outro.
Não tenho ilusões perdidas.
Não sou Lucien de Balzac, é absolutamente deslumbrante como um livro de 1830 consegue detalhar as relações humanas e sociais de hoje.
Talvez possamos dizer de sempre.
Meu valor deve ser pelo que sou, não pelo que aparento ser.
O SER não possui valores, se fosse preciso valorar seria 15 reais de elementos vários e o resto de água suja.
fui...
Sinceramente, blá-blá-blá… tanto texto como comentário!
ResponderExcluirHeitor Volkart
Heitor, não seja rancoroso comigo. A tendência dos esperançosos é o sofrimento.
ResponderExcluirOnde está deus quando que tem fé precisam dele?
Podem tentar me dar milhões de explicações que não me convenceriam.
Como posso amar que precisa ser amado?
Quero amar quem me ama.
E infelizmente deus não nos ama.
O fato real é que merecemos receber pelo que pagamos.
Nós podemos ser imperfeitos, mas podemos fazer nossas mentes maravilhosas.
Sofremos e dói.
Quanto mais dói, mais sofremos.
O ciclo torna-se contínuo e um grande vício.
Não podemos sofrer quando as coisas acontecem diferente do que planejamos.
Nos tornamos vítimas dos acontecimentos.
Embora possamos nos considerar vítimas do governo, da VARIG e seus gestores, Do AERUS e seus diretores, não podemos nos considerar vítimas de nós mesmos.
Sentir-se vítima de tudo o que acontece é convencer-se de que não há de fazer-se nada, tudo perdido, que não adianta esforçar-se.
Tudo pode mudar num determinado momento, mas não será por atividades divinas e esperançosas.
Somos tão dependentes um do outro, que as decisões humanas interferem em nossas vidas.
Citei Balzac, porque não podemos ser prisioneiros de nossas ilusões.
Prefiro devolver a vida lutando, do que morrer sofrendo.
O pior descalabro da justiça é ganhar e não levar.
No Brasil há milhares de pessoas que ganharam na justiça e não levaram.
Eu sou feliz com a tutela, serei feliz lutando por ela.
Querem ver, olhem meu nome na vara de falências.
O ex diretor do AERUS, bloqueou minha verba trabalhista juridicamente.
Não pode, então vamos lutar de novo.
fui...
Ok! Tá bom!
ExcluirMas saiba que a Esperança é a última que morre!
Abs,
Heitor Volkart