sexta-feira, 12 de maio de 2017

[Aparecido rasga o verbo] Alavancas de cabrestantes

Aparecido Raimundo de Souza

Das nações incluídas no rol das potências do Primeiro Mundo, poucas foram aquelas que não viveram os horrores e os pesadelos de uma grande guerra. Vamos citar apenas três: Japão, Alemanha e Estados Unidos.

Sabemos que esse trio ressurgiu das cinzas, com sacrifícios e esforços máximos das suas capacidades de resistência. Países se viram mutilados pela violência destruidora do ser humano, chamado, entre nós, de HOMEM.

Esses mesmos confins se encontraram tempos depois nessa figura, e com eles, os milagres de suas remodelações ou reconstruções. Não só isso. Vieram igualmente à tona a soberania e também o desenvolvimento.

Temos consciência, por experiência vivida na pele, que é na agonia da dor avassaladora (avassaladora em sua maior forma de expressão) que a criatura vivente busca, no infinito do seu ser, a força e a coragem nunca imagináveis de sobrevivência e solidariedade, sobrevivência e solidariedade essas que devolvem, no seu âmago, o verdadeiro sentimento de honra e de incomensurável grandeza.

Tudo começa como um toque de mágica. Exata e unicamente na vontade de querer mudar, se expandir, desde que seja para melhor, sempre para melhor, jamais para pior.

Nessa balbúrdia toda, como podemos exigir formas mais dignas de vida, mais justiça social, se nada fazemos para mudar este quadro desolador e infame em que vivemos? Afinal de contas, amados, nos escondemos em nossa imbecilidade, nos cercamos em nosso mundinho sem vergonha e ignóbil.

Em outras palavras, não lutamos, não brigamos, não pelejamos para merecermos o que realmente deveria ser nosso por honorabilidade e magnitude.

Que padrão de brasilidade damos, então, aos nossos consanguíneos, ou melhor, a nós mesmos, se cruzamos os braços, nos podamos, nos acorrentamos diante das mazelas e anomalias que diariamente esses ordinários e golpistas nos impõem?

Dos poderes (estragados e putrefatos) legalmente constituídos, todos vivem impregnados de vícios e corrupção. Câmara, Senado, Ministérios, Presidência da República, TSJ ou (Tribunal Superior de Jumentos ou Jagunços). Enfim, nenhuma dessas pocilgas escapa ao crivo da sujeira anunciada, iminente. Nenhuma delas tem brio, vergonha e hombridade suficientes para se salvarem. Todas convivem pacificamente na esteira de desenfreados bandos de ladrões, safados e vagabundos, vivendo à nossa custa e expensas. E por que essas aberrações existem?

Simples, caros amigos. Porque em seu meio prevalece, como uma praga daninha, o sujeito HOMEM, aquele filho da puta vil, sem garbo e dignidade. Entre os mais influentes, nesse furdunço todo, sem sombra de dúvidas, destacamos, sem medo de sairmos fora dos trilhos, o PODER POLÍTICO.

O PODER POLÍTICO é a maior das infâmias, das baixezas, das vilanias que existem na face da Terra. Uma doença pior que o câncer. Uma vez contraída, não há remédio conhecido que leve à cura. Aliás, não há cura, ou terapia louvável de salvação.

Essa nuvem negra de vândalos é distinguida ou descortinada como a “BANDA NEGRA DOS MAUS BRASILEIROS”. Esses elementos transformaram, modificaram, ou melhor, continuam depravando, metamorfoseando, para pior, sempre para pior, esta nação inteira, ou os farrapos, os estilhaços que dela restaram, em verdadeiros “balcões de negócios”.

Normalmente esses balcões, sujos e lesivos ao povo, sem que ele, o HOMEM, como melhor representante, intervenha na restauração do genuíno e lídimo estado democrático de direito, amplamente divulgado, contudo, na prática, continua muito distante daquilo que foi delineado, detalhado e programado. Por essa razão, o quadro continua inalterado.

Dizem os imbecis que é na merda do voto, e somente nele, que haveremos de reformar este país. Reformar como, de que maneira? Como os grandalhões devolverão aos pobres e fodidos um chão com justiça social e mais humano? Atrelado, sem traumas, sem dores, ódios e lutas intermináveis. Achamos difícil...

O país, como um todo, nada mais é que o reflexo de seu quadro político e suas leis feitas nas punhetas mal-ajambradas, para salvaguardarem os maiorais, os opulentos e mandriões. Jamais, jamais, os pobres, os machucados, os inquietos e lacrimosos.

As leis e os códigos em vigor são feitos para defender exclusivamente os que têm dinheiro para comprar a súcia de legisladores, para subornar os falsos e embusteiros advogados, peitar os juízes larápios, os promotores sem caráter, os desembargadores e ministros “compráveis”, mancomunados a outros desabonados e desqualificados párias que deveriam estar queimando numa grande fogueira no meio do inferno.

Acreditem, senhoras e senhores. Existe nesse “meio” do quadro político a presença marcante do HOMEM sem honra e dignidade, sem brio e aptidão. Entre os quais, o mais influente, sem sombra de dúvidas, destacamos como acima dissemos o PODER POLÍTICO.

Para mudarmos esse PODER POLÍTICO, não devemos nos esquecer, nunca, que tudo começa agora, na escolha dos futuros candidatos e, principalmente na consagração do vindouro presidente. Esperemos que aquele que assumirá no lugar do Michel Jackson Temer não seja um pau mandado, um imbecil de galocha que, antes de tudo, vise ao seu bem-estar.

É nesse cidadão que no próximo pleito eleitoreiro recairá a responsabilidade de fiscalizar o Executivo, o Judiciário e também resguardar os direitos do Zé Povinho e das Marias Sem Dentes que engrandecem e realçam o conjunto de pessoas que compartilham gostos, preocupações e costumes, interagindo no que se denomina comunidade.

Portanto, amadas e amados, entendam de uma vez. Não poderemos mudar o nosso país, se não alterarmos nossas mentalidades de barganhadores. Quando vendemos ou trocamos, como mercadejamos, ou transacionamos (o que esses picaretas e cafajestes chamam de VOTO) nossos conceitos e nossas formas de agir, vendendo ou permutando nossos votos, toda a nossa luta por algo melhor vai para o buraco negro. Entendam por buraco negro como aquela fenda sem volta, a fissura só de ida, sem retorno.

Somos os legítimos, francos e únicos responsáveis por toda essa torre de babel sem precedentes que existe e aí está a nos levar para um beco sem saída. O país começa dentro de nossos lares. Não existe justiça sem democracia e tampouco efetiva participação independente da sociedade na escolha e na fiscalização dos seus destinos.

Nossos governantes refletem apenas a nossa omissão e a nossa hipocrisia. Será possível, caríssimos leitores, que somos tão idiotas e leigos, cegos e despreparados que não conseguimos enxergar um palmo à frente de nossos narizes?

No mesmo pensar, por qual ou quais motivos não descortinamos, de pronto, na bucha, os maus políticos, os mãos-leves e os agafanhadores que vão nos carcomer logo ali, passos adiante? Uma coisa é certa. Só conseguiremos obter vitória se dermos um basta, um chega para lá punindo, refreando, reprimindo, debelando esses sem-número de bilontras e pandilhas, na derradeira hora do voto. No cara a cara com as urnas.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista, do Rio de Janeiro, RJ, 12-5-2017

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Um comentário:

  1. boa noite seu editor

    passei para dar os parabens ao autor do alavanca de cabrestante, sr. Aparecido. Realmente (nos escondemos em nossa imbecilidade, nos cercamos em nosso mundinho sem vergonha e ignóbil). alias caro senhor Aparecido somos um povinho porreta como o snhor disse, imbecil. A imbecilidade foi plantada em nós acho que por influencia de adão e eva. Faço parte dos zés apesar de ser uma pessoa equilibrada. Pra terminar meu caro senhor quero dizer que seus artigos indiretamente ter me aberto os olhos. Vou deixar de ser um desses zés e ajudar o brasil a sair do buraco. vamos alavanca esses cabrestantes botando cabreto no pescoço deles.
    jeronimo callas.

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