sábado, 13 de maio de 2017

Colunista do Globo pede censura da direita em texto sobre a questão da imigração

Luciano Ayan

A esquerda sempre se revela, não é mesmo? Em um texto chamado “Discurso de ódio não tem vez no Brasil”, o colunista Rasheed Abou-Alsamh [foto], d’O Globo, praticamente pede a censura de pessoas de direita.


Ele diz:

Nesses tempos de ânimos exaltados e sentimentos ultranacionalistas, nem o Brasil foi capaz de escapar da onda da direita política que está varrendo o mundo.

O detalhe é que em um país democrático, tanto esquerda como a direita deveriam ter o poder de falar. Dizer que um lado está proibido de se exprimir à partida é requisitar um retorno aos tempos da Inquisição. Ou do próprio Oriente Médio dos dias atuais.

Ele critica a manifestação contra a lei de imigração, que foi rebatida com uma bomba por um palestino que frequentava o local.

Rasheed reclama:

Os manifestantes carregavam cartazes xenófobos e islamofóbicos, dizendo ‘soberania não se negocia’ e ‘não temos terrorismo islâmico’.

Aqui ele se entrega, pois nenhuma das duas frases são nem xenófoba nem islamofóbica.

Nunca se criticou a entrada de islâmicos no país. A crítica que se faz é à política de fronteiras abertas, que obviamente aumentam o risco da vinda de terroristas islâmicos. Ou seja, Rasheed mente para propor censura de adversários políticos.

Todo o texto de Rasheed é um empreendimento de distorção dos fatos e até “fake News”. Por exemplo, ele afirma que “houve um confronto com um grupo de árabes que estava na calçada”, quando na verdade os manifestantes pacíficos foram atacados com uma bomba.

Ele diz que “apenas” Nur e Hasan Zarif, líder do grupo Palestina para Tod@s e dono do espaço cultural Al Janiah, foram presos. Claro, pois apenas os dois foram flagrados em ato de violência contra manifestantes pacíficos. Goste Rasheed ou não, manifestar não é o mesmo que jogar uma bomba.


Rasheed questiona:

Mas a questão que paira sobre tudo isso é: por que este discurso de ódio contra muçulmanos e árabes é aceito em São Paulo? É um incentivo à violência contra pessoas baseado nas suas origens étnicas e religiosas, coisa proibida pelas leis brasileiras. Usar a velha desculpa de ‘liberdade de expressão’ não vale neste contexto.

Ele mente, pois não existe nenhuma legislação proibindo a crítica deste tipo, tanto que cristãos têm recebido críticas de ateus e do movimento LGBT há muito tempo e ninguém está reclamando de “discurso de ódio”. Por que os islâmicos deveriam ser blindados de críticas? Ao contrário do que ele diz, é para contextos assim que serve a liberdade de expressão.

Criticar a imigração irrestrita nem de longe significa “discurso de ódio”. Na verdade, a palavra tem sido utilizada de forma vaga para justificar censura e barbarismo, que sempre caminham juntos.

Rasheed citou a vereadora do PSOL Sâmia Bonfim, que alegou que “o discurso de ódio do Direita SP não estava sendo investigado”. Não estava sendo investigado por que não havia motivo para tal.

E se alguém abrir um processo por “crime de ódio”, já deveria receber de volta um processo por falsa comunicação de crime, até porque criticar a imigração irrestrita e a política de fronteiras abertas, goste Rasheed ou não, não se classifica em “discurso de ódio” nem aqui e nem na China.

A pérola de requisição de censura não poderia terminar de outra forma:

Eu não aprovo o uso da violência, e acho que isso tem que ser investigado a fundo. Mas grupos da direita não podem continuar com esse discurso paranoico, ridículo e xenofóbico. Não há terrorismo islâmico no Brasil, e acho que nunca haverá. Esses manifestantes assistiram demais a episódios da série ‘24 Horas’, e deveriam ser punidos severamente por incentivar a violência contra imigrantes.

É a mesma conversinha censória que já ouvimos na época do atentado ao Charlie Hebdo. Só que por mais que alguém não goste das charges feitas, nada justificaria matar 12 pessoas da redação apenas por que terroristas se sentiram ofendidos com um tanto de tinta lançada num papel.

Qualquer tentativa de punição aos manifestantes do Direita Já é um ato de censura com foco em incentivar a violência, pois é a tentativa de comparar palavras com atos.

Rasheed diz que ainda “não há terrorismo islâmico no Brasil”, mas seu discurso buscando censurar qualquer crítica ao islamismo tende a assanhar aqueles que querem praticar a violência, pois este é o resultado natural da capitulação.

Uma sociedade livre e sadia é aquela na qual viceja a livre expressão. É uma sociedade na qual Rasheed tanto pode criticar nossa lei atual de imigração, como nós podemos criticar a lei que os globalistas querem nos impor. Do mesmo modo, uma sociedade livre é aquela na qual ele pode criticar nossa cultura tanto como nós podemos criticar a cultura dele.

Essa valorização à livre expressão é que nos tornou uma sociedade civilizada. É exatamente por isso que temos que combater todas as requisições de censura vindas de totalitários como Rasheed. Se ele quiser viver em um país onde as pessoas podem ser punidas por fazer manifestações pacíficas e emitirem opiniões, ele tem várias opções fora do Ocidente. 
Título, Imagens e Texto: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 13-5-2017

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