Nuno Gouveia
António Costa fala com a
leviandade de um irresponsável. Nem parece Primeiro-ministro de um país
ocidental e evoluído. Quem estiver atento às suas intervenções e tiver um
conhecimento relativamente mediano do assunto, facilmente o apanha a
mentir descaradamente. Hoje, voltou ao velho vício e, mais uma vez, sem
que nenhum órgão de comunicação social o tenha denunciado ou
desmentido. Costuma-se dizer que a qualidade da democracia depende muito da
qualidade do jornalismo. E em Portugal, ambos andam pela rua da amargura.
Neste ataque que lançou ao anterior governo e ao antigo ministro Miguel Poiares
Maduro, disse no mínimo três mentiras que facilmente qualquer jornalista
minimamente informado o desmentiria. A primeira é mais óbvia: disse que o
processo de transição do Portugal 2020 teve tantos problemas que "o
secretário de Estado do Desenvolvimento Regional foi substituído por um
novo". Ora isto é simplesmente falso, pois Manuel Castro Almeida foi o
secretário de Estado do Desenvolvimento Regional durante os dois anos e meio em
que Poiares Maduro foi ministro. Mas será que nenhum jornalista que transcreveu
a propaganda de Costa sabe disto?
Mas as mentiras de Costa não
se ficaram por aqui. Afirmou também que Portugal teve muitos problemas com a
execução do QREN. Mas não sabem Costa e os jornalistas que Portugal liderou a
taxa de execução do QREN a nível europeu, desde 2011 até ao seu término? Como
Portugal podia ter tido problemas, se foi quem foi mais competente? Do que fala
Costa? Ninguém sabe.
Outra mentira que Costa disse
e que tem sido repetida por todos os propagandistas socialistas: Portugal não
estava a executar bem o Portugal 2020. Ora, Portugal foi o primeiro país da
União Europeia a preparar o novo quadro, tendo a própria comissária europeia
responsável por esta pasta admitido isso várias vezes. Quando PSD/CDS deixaram
o governo, Portugal liderava a execução do atual quadro e estavam
abertos 516 concursos abertos, sendo que 299 já estavam
encerrados. Ficou ainda fechado um calendário de concursos aprovados até
setembro de 2016, os quais representavam uma dotação de cerca de 8 mil milhões
de euros. As candidaturas aprovadas correspondiam a 3,6 mil milhões de euros em
novembro de 2015. Em 2016, a execução do Portugal 2020 abrandou decisivamente,
isto por opção política do governo socialista. Aliás, não é por acaso que o
investimento público em 2016 foi o mais baixo de sempre da democracia.
Perante estas mentiras de
Costa, qualquer pessoa de boa-fé esperaria que os órgãos de comunicação social
fossem obrigados a repor a verdade. Tal não aconteceu até ao momento.
PS: Não fico surpreendido
que Miguel Poiares Maduro tenha respondido de forma tão suave e bem disposta ao
mentiroso António Costa. Quem está habituado a lidar com os russos na FIFA pode
bem com um fanfarrão como Costa.
Título e Texto: Nuno Gouveia, 31 da Armada, 11-5-2017
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