O inspetor Carlos Rocha chegou
a casa do seu informador com um mau pressentimento. Havia dois dias que o
Saraivadas, conhecido por Toni no submundo do crime, não dava notícias.
A sua vida dupla de traficante
de droga e informador da polícia transformara-o num alvo a abater, e o inspetor
Rocha estava preocupado. Tocou à campainha e reparou que a porta estava
encostada. Abriu a porta e deu imediatamente com o corpo estendido na sala, no
meio de uma poça de sangue, a garganta cortada de um lado ao outro. O inspetor
lembrou-se que o informador se preparava para lhe comunicar o local onde ia ser
realizada uma entrega de droga, num de vários armazéns abandonados, mas pelos
vistos os criminosos tinham-no apanhado primeiro. Ligou imediatamente para a
esquadra e informou que o Saraivadas tinha sido assassinado.
Calçou as luvas que
transportava sempre consigo e entrou para recolher indícios que o pudessem
ajudar a descobrir o assassino. Em cima da mesa da sala estava uma chávena suja
que revelava que o Saraivadas teria tomado um café e apagado um cigarro lá
dentro. Ao lado estava um telemóvel antigo, desligado, aparentemente sem
bateria, e uma agenda. O inspetor abriu a agenda: não tinha nada assinalado
para aquele dia. Chegou-se à luz para analisar melhor e e verificou que as
folhas dos dias seguintes tinham sido arrancadas.
Aproximou-se do corpo e
revistou-lhe os bolsos das calças, onde encontrou um maço de cigarros. Abriu-o
e tirou todos os cigarros. Na parte de baixo do maço, dobrada, estava uma folha
da agenda. O inspetor analisou-a com cuidado. No papel havia uma série de
números anotados:
3.1; 7.3; 6.3; 4.1; 2.1; 2.1; 7.3;
6.1; 2.1; 9.4; 3.2; 6.1; 3.3
Não havia dúvida que aqueles
números eram uma mensagem codificada do Saraivadas. O inspetor olhou em volta,
reparou no telemóvel abandonado em cima da mesa e observou as teclas. Talvez a
solução estivesse ali. Mas qual seria a chave do código?
[Qual foi a mensagem que o
Saraivadas deixou antes de morrer?]
Título e Texto: Joana Pereira da Silva, Maria João Vieira,
Renato Rocha
Solução:
ResponderExcluir“A caneca do café e o cigarro abandonado ao lado da agenda sugeriam que o Saraivadas escrevera ali a mensagem em código, e ao lado da agenda estava um telemóvel.
Basta olhar para as teclas de um telemóvel universal e ver como são utilizadas para escrever uma mensagem:
2 3 4 5 6 7 8 9
ABC DEF…
Ou seja, é necessário marcar 1, 2, 3 ou 4 vezes para chegar a uma letra.
Assim, obtemos:
Tecla 3; 1 vez… D
Tecla 7; 3 vezes… R
Tecla 6; 3 vezes… O
Tecla 4; 1 vez… G
Tecla 2; 1 vez… A
E assim sucessivamente.
A mensagem final é:
DROGA ARMAZÉM F.”