Valdemar Habitzreuter
Somos todos políticos, embora
possamos ser políticos apartidários - sem preferência por partidos. Ser
político está na veia de cada um de nós e é, pois, natural que tomemos parte
nas discussões das questões inerentes à nossa cidade (polis, daí a palavra política),
à nossa nação e, assim, contribuir no zelo das coisas públicas para que
tenhamos uma convivência democrática e apaziguadora.
O que assistimos nestes
últimos meses no país: impeachment de Dilma, a conduta criminosa do presidente
Temer no exercício do cargo, empreiteiros e empresários em conchavo com
políticos espoliando e dividindo entre si a riqueza nacional, mais a baderna de
nossos parlamentares que não sabem o que é representar a vontade popular, tudo
isso nos faz com que nos engajemos, de uma forma ou outra, politicamente.
Assim, opinamos, nos manifestamos, criticamos, exercendo nossa inevitável razão
política; e nada mais louvável e imperioso, nesse sentido, do que a caça aos
criminosos corruptos pela Lava-jato que, por ora, representa a fidedigna voz
popular.
É evidente e notório, pelos
resultados de políticas errôneas e criminosas dos governos Lula/Dilma, que o
país sofre de uma das maiores crises, em todos os sentidos
(político-econômico-sócio-cultural), nunca antes sentida na sua História e isso
faz com que nosso instinto político despertasse revoltoso e se aguçasse para
enfrentar e rejeitar, em uníssono, o que uma gangue de assaltantes foi capaz de
fazer com o nosso país. É preciso mesmo gritar e exigir um FORA a toda
podridão, que avassala nossa sociedade, perpetrada por gente que não quer uma
sociedade sadia, mas escravizada por ideologias mórbidas, de interesse somente
dos que querem um poder escravizante.
A semana entrante e o mês de
junho, que se iniciam, vamos ter verdadeiros embates políticos em que está em
jogo a renúncia, impeachment ou afastamento de Temer, via TSE, e mais a
condenação ou não de Lula... Estes embates nos afetam e é claro que vamos nos
manifestar politicamente na busca da normalidade e do estado de direito... Si
vis pacem, para bellum!
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 4-6-2017
Colunas anteriores:
Caro Habitz, realmente o Brasileiro está se "politizando" mais, classes sociais menos privilegiadas, não só a A e a B estão se interessando pela política.
ResponderExcluirOs embates políticos são válidos, mas o que o País precisa é um jurídico mais efetivo, uma Suprema Corte mais ágil, como está os crimes ficarão nas gavetas, ou, pela morosidade e pelos conchavos, por novas corrupções, que atinjam o judiciário, o qual o Brasileiro começa a questionar.
Vamos esperar, pois ir para as ruas, também não está dando resultado, e é o que o povo precisa fazer, ou melhor, tem a fazer.
Heitor Volkart
NUNCA VAMOS SER POLITIZADOS.
ResponderExcluirPequena explanação.
A lei Áurea foi assinada quando menos de 5% de escravos existiam, e muitos morreram escravos porque não tinham como pagar suas alforrias.
Dom Pedro II, o maior dos brasileiros, foi deposto por um golpe, e Deodoro da Fonseca derrubado por outro golpe.
A burguesia brasileira assumiria o poder até 1930.
Um golpe fez a revolução de 30, 5 mortos e 14 feridos, e no assassinato de João pessoa 1 morto e 20 feridos.
A tão decantada lei trabalhista de 1943, foi criticada na época pelos setores econômicos, pelo aumento do custo Brasil, onerando as empresas, gerando inflação e corroendo os salários, assim como o aumento de tribunais, juízes e funcionários públicos.
1945 a burguesia assume de novo.
Getúlio volta em 1950 e morre, sem parar com a corrupção, Tancredo Neves, a velha raposa assume grande poder político.
Com essa burguesia JK produz o governo mais corrupto da época.
A completa destruição da previdência, que havia iniciado com Getúlio fazendo os caixas de pensões assumirem a construção da CSN, da VALE, da PETRONOSSO, hoje Petrobrás e da construção de Brasília.
A instabilidade econômica levou ao golpe parlamentar de 1964 depois a eleição indireta dos militares para presidentes, culminando com o golpe militar de 1968.
As pressões burguesas, Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, José Sarney, Orestes Quércia, FHC grande comandantes da abertura de 1985.
Fizeram a constituição aristocrática de 1988, Ulisses provavelmente assassinado e não duvido que também Tancredo o fora.
A burguesia de esquerda elitista assume o poder até os dias de hoje.
Golpe parlamentar na anta búlgara, e golpe político em Temer.
Agora vocês acreditam que não é uma elite organizada?
Pois, STF, congresso e executivo são dedo, pele e unha.
As reformas são necessárias, mas a que custo?
PMDB,PSDB, PT E ALGUNS OUTROS ESTÃO NO COMANDO DESDE 1984.
ALGUNS HONESTOS DESCOBRIRAM QUE TRABALHAVAM PARA OUTROS ENRIQUECEREM E VIRARAM O COXO.
O BRASIL É UMA GRANDE PIZZARIA.
VOTO SE COMPRA, você se trona senador no ACRE com 45000 votos, uma bagatela de 5 ou 10 milhões.
FUI EM GRANDE ESTILO
Rochinha, são como estas e outras explanações de redes sociais, jornalistas, filósofos e curiosos como nós, que as pessoas vão se politizando e a população tbm, dizer que somos politizados ainda é muito cedo, mas já podemos dizer que estamos nos politizando. Ok?
ResponderExcluirHeitor Rudolfo Volkart