Leo Daniele
Na primeira semana do
corrente mês de julho, o jornal oficial do partido governista da Coreia do
Norte estampou a seguinte declaração:
“Um simples erro ou má
interpretação poderia conduzir à eclosão de uma guerra nuclear e, por sua vez,
isto traria sem dúvida uma nova Guerra Mundial.”
Uma nova guerra mundial?
O artigo do jornal comunista também justifica como “medidas legítimas
de defesa” (sic) os testes de armas norte-coreanas, diante das “crescentes
ameaças de guerra nuclear” contra Pyongyang por parte de Washington.
Na véspera, dois bombardeiros
estratégicos B-1B americanos fizeram simulacros de ataques de precisão na
Coreia do Sul junto a caças sul-coreanos, como sinal de advertência ao regime
norte-coreano pelo seu teste com um míssil balístico intercontinental (Cfr. “O
Estado de S. Paulo” 30-6-17).
Do outro lado do tabuleiro, o
Presidente dos EUA, Donald Trump, disse no dia 21 último que os programas
nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte exigem uma “resposta
determinada”. “A era de paciência estratégica com o regime da Coreia
do Norte tem fracassado. Francamente, a paciência acabou”, disse Trump
na Casa Branca, em uma declaração conjunta com o presidente da Coreia do Sul,
Moon Jae-in.
“Mas isto é lá longe!” —
exclamará algum leitor desavisado.
De ambos os lados do tabuleiro
as declarações são truculentas! Haverá guerra? É para o futuro? Afirma o dito
popular: “O futuro a Deus pertence”. Estejamos preparados para
essa trágica possibilidade com espírito realístico.
Lembremos também o dito de
Churchill: “Tínheis a escolher entre a vergonha e a guerra:
escolhestes a vergonha e tereis a guerra”. Será o nosso destino?
Pois pouco depois de Churchill tê-lo afirmado, eclodiu a II Guerra Mundial.
Encerro com estas palavras de
Plinio Corrêa de Oliveira, em artigo para a revista Catolicismo em
maio de 1952: “Quando? Durante o grande drama que se aproxima?
Depois dele? Não sabemos. Porém uma coisa parece absolutamente provável: é que
Maria Santíssima não prepara para a Santa Igreja, como desfecho desta crise,
séculos de agonia e de dor, mas uma era de triunfo universal.”
Sursum corda! (Elevai
os corações). Se isso acontecer, será por permissão de Deus!
Título, Imagem e Texto: Leo Daniele, ABIM,
26-7-2017
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