mrk
Saiu uma matéria da Folha
adotando o padrão nazista ao atacar o MBL por ter números em 170 cidades pelo
Brasil, ocupando cargos em quatro prefeituras.
O truque é nazista por tentar
estigmatizar um grupo social, transformando sua participação na política em algo
“que depende de explicações”. Na verdade, isso é absurdo em qualquer sociedade
civilizada.
Se a Folha não está satisfeita
com a participação de pessoas ligadas ao MBL na vida pública, que eles
ganhassem as eleições, oras, e a partir daí poderiam escolher as pessoas que
mais considerassem adequadas. Mas daí a querer proibir a participação do MBL já
é demais. Só se viu isso na Alemanha Nazista, contra os judeus. Deu no que deu.
É preciso evitar que a cadela do fascismo entre no cio de novo.
Seja lá como for, a resposta
de Kim Kataguiri é aniquiladora:
“Mais uma vez, um militante
político travestido de jornalista ataca o MBL. Felipe Bachtold, em matéria para
a Folha, insinua que o MBL é hipócrita e participa do loteamento de cargos.
MENTIRA DESCARADA. Diferentemente do que fazem organizações como UNE e MST, não
fazemos indicações políticas. Todos os membros do MBL que ocupam cargos
públicos têm experiência e formação para exercerem suas funções, o mesmo não se
pode dizer sobre as indicações do PT país afora, mas matéria sobre isso o
Felipe Bachtold não vai fazer, né?”
Quer dizer: a Folha só faltou
pedir para “fichar” os membros do MBL e proibi-los de participar. A matéria não
apresentou um critério técnico para impedir a participação dessas pessoas na
política.
Ao contrário: por ser um
movimento político é vital que um prefeito liberal ou pelo menos de direita
contrate pessoas com maior alinhamento ideológico, e movimentos como MBL são
ideais para encontrar essas pessoas. Não apenas o MBL, claro, mas ultimamente o
grupo é o mais citado como exemplo de inimigo para a extrema esquerda. (Dica
aos demais grupos: se esforcem mais para serem citados tantas vezes como
inimigos do PT e congêneres)
Enfim, a Folha jogou alto
demais ao adotar a tática nazista.
A direita precisa reagir a
isso, pois há riscos de ficar cravado no senso comum que pessoas que integram
grupos de direita devem abdicar da participação em cargos públicos. Ora, mas
não existe o vazio na política. Se aceitarmos essa noção, os cargos
comissionados (que são previstos na lei) vão ficar para quem? Para os petistas?
Por exemplo, ia ser bizarro
ver Marchezan contratando petistas em cargos comissionados – só porque a Folha
assim o exigiu – e no dia seguinte o sujeito vazaria informações seletivas para
imprensa, tentando implodir sua gestão. Quem apoiar a Folha estará apoiando
isso, ou seja, o fim da direita em termos políticos, pois se aceitarmos o
critério da Folha, a régua sobe e a direita fica sem moral de participar de
cargos comissionados.
Aliás, sobre critérios para
cargos comissionados, alguns poderiam ser sugeridos, de tão óbvios que são:
Confiança -> é preciso
escolher alguém por quem se nutra confiança, ou seja, que não irá te sabotar a
serviço de seus inimigos. Ou seja, o oposto de um Marcelo Calero, por exemplo.
Alinhamento ideológico ->
uma vez que a questão pública é inerentemente política, é vital ter pessoas que
concordem com seu ponto de vista. Não faz sentido colocar alguém que defende a
estatização radical para coordenar um programa de privatização, por exemplo.
Condição técnica -> quanto
mais apto quanto ao perfil técnico, melhor, desde que a pessoa tenha passado
nos critérios (1) e (2).
Nível de vulnerabilidade ao
ataque inimigo -> não vale a pena ter pessoas de passado sujo, por exemplo,
que tenham ficha criminal, batido na mulher e coisas do tipo, pois isso será
utilizado pelos inimigos para assassinar reputações.
Pronto, aí estão os quatro
critérios, que me parecem ter sido atendidos para os cargos ocupados por
integrantes do MBL.
Obviamente, a Folha Nazista
está revoltadíssima porque foram aplicados critérios (1) e (2) e em seguida os
critérios (3) e (4). É claro que adorariam que prefeitos liberais tivessem
petistas infiltrados para que sabotassem a gestão a partir de dentro.
Para a extrema esquerda, o que
vale é o poder totalitário. Mas agora a direita já entendeu quais são essas
intenções.
Título e Texto: mrk, Ceticismo Político, 25-7-2017
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