mrk
Alguns cínicos (ou tontos)
dirão, em negação: “nossa, que notícia surpreendente, não?”. Por outro lado, só
posso dizer: “Por que eu não estou surpreso?”. O fato é que o esquerdista
francês Macron fez o que dele se esperava: esquerdice.
O presidente francês estatizou
o estaleiro naval de Saint-Nazaire sob a narrativa de que isso impediria que o
controle da empresa passe para a Itália e para a China.
Segundo o Le Monde desta
quinta (27), “Macron decidiu nacionalizar temporariamente o estaleiro a confiar
a empresa a um acionista italiano”.
O estaleiro é um dos mais
famosos da Europa – de lá saiu o Queen Mary II – quase fechou as portas por
falta de encomendas alguns anos atrás. O governo investiu para evitar a
falência da empresa e agora há vários cargos e verbinhas para apadrinhados de
Macron. Em suma, típica ação de esquerda concluída à risca.
No fundo, é um tombo para quem
acreditou na “fake news” da mídia que o rotulou de “centrista”. Mas todos
sabíamos que de “centrista” o Macron nunca teve nada.
A mídia só aplicou as regras
do joguinho. Repetindo:
Chamar os partidos de extrema
esquerda de “a esquerda”, para esconder seu extremismo
Chamar partidos de esquerda de
“centro” (é o que fizeram com Macron)
Chamar partidos de centro e
centro-esquerda de “a direita”
E se aparecer algum partido de
direita na lista, chame-o de “extrema direita” (é o que fizeram com a Le Pen)
Enfim, as rotulagens dizendo
que Macron era um “centrista” nunca passaram disso: um jogo sujo para cima dos
leitores.
Título e Texto: mrk, Ceticismo Político, 28-7-2017
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