quarta-feira, 19 de julho de 2017

[Para que servem as borboletas?] A tristeza resiste...

Valdemar Habitzreuter

Há dez anos que o acidente do avião da TAM em Congonhas, matando todos os passageiros, ainda traz lembranças tristes; e aos familiares das vítimas é simplesmente impossível esquecer a tragédia. Imputa-se ao piloto, mais a precária infraestrutura do aeroporto na época, a causa do acidente.

O fato é que acidentes aéreos sempre aconteceram ao longo da história da aviação e, eventualmente, ainda acontecerão. Mas, no caso da TAM, que estava emergindo como uma megaempresa na época desse acidente trágico, havia uma afobação por parte da Cia de querer abocanhar o mais rápido possível a grande fatia do mercado aeroviário que a Varig estava prestes a perder pela falência iminente. A GOL, outra Cia em emergência, também estava na espreita do que poderia aproveitar. Portanto, a TAM mostrava-se agressiva para garantir o naco mais substancial.... Diz o ditado: “A pressa é inimiga da perfeição”...

Sabe-se e é notório que em aviação não se brinca. Desprezar as regras de segurança é o pecado capital que resulta em acidentes. Neste sentido, um treinamento rigoroso dos pilotos e manutenção constante e impecável das aeronaves é de extrema exigência e necessidade. Se esta consciência de segurança não prevalecer, o perigo de acidentes é grande; um avião não é um balão que voa ao sabor do vento, é um tijolão que despenca quando seu motriz poder, que o sustenta, falha. É imperativo conjugar o elemento humano (tripulação) e aeronave num perfeito entrosamento para garantir a chegada segura ao destino de seus ocupantes.

Eis, pois, a tristeza que resiste e persiste com o acidente da TAM. Mas, não é só essa tristeza, há uma outra que teima e persiste nos corações de milhares de variguianos que viram a Varig ser mutilada e esfacelada por governantes mal-intencionados que provocaram sua falência; e acresce-se a isso a má administração dos últimos dirigentes aventureiros da Cia, sem apego a esse grande patrimônio nacional, deixando que urubus dessem cabo a uma grandiosa Cia de aviação, de referência internacional.

E, assim, o Brasil, um país continental, carece, atualmente, de uma Aérea que represente o país como outrora a Varig representava e era reconhecida internacionalmente.... Ao invés disso, vemos as estrangeiras dominando os céus brasileiros e faturando alto – as divisas escoando para fora... 
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 19-7-2017

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5 comentários:

  1. "Realmente" que Tristeza!!!

    Heitor Volkart

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  2. Volkart, você merece um troféu: o de MAIOR comentador desta revista!
    Ops! Peraí! E o Rochinha? Este é o mais antigo!

    Olha só, Rochinha, eu já demonstrei o meu carinho e gratidão, como Editor, da sua constante participação.
    E a você, Heitor Volkart, a mesma gratidão.

    Agora, temos a mesma luta?

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    1. Então, Caro Editor, quando estivermos presentes em um futuro próximo, no Encontro Europeu, Tu nos entregas o Troféu, ok? Sim, e ao Habitz, como Colaborador.
      Gosto de participar de teu Blog, por "n" motivos, e me sinto compartilhando algumas experiências e vivências.
      Vamos em frente, pela mesma Luta. Obrigado pelas palavras! Abraço,
      Heitor Rudolfo Volkart

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  3. Se me chamarem de COMENTADOR NÃO FREQUENTO MAIS.
    Sou CRÍTICO, e primo mais pela técnica, realidade e verdade do que sofismar anseios pessoais.
    Já publiquei sobre FATALIDADES.
    Elas não existem.
    Todos sabem, mas esquecem que o El Niño e La Niña são eventos cíclicos do aquecimento ou resfriamento das águas do Oceano Pacífico.
    Quando quentes as frente frias são fracas e as secas predominam no continente sul americano, mas quando frias, as frente frias são congelantes e as enchentes predominam.
    Seus ciclo duram de 16 a 20 anos com variações pequenas para mais ou para menos.
    E conseguimos não estar preparados para elas.
    A aviação é prejudicada sempre pelas falhas humanas.
    Avião não cai, navio não afunda e automóvel não bate.
    Arma de fogo não dispara sozinha.
    A natureza nos avisa.
    A aviação não possui avisos., contra más manutenções, planos de voos falhos, estruturas de treinamento péssimas e a arrogância dos seres humanos.
    As companhias aéreas do terceiro imundo, não investem no ser humano.
    Quem mora na beira do mar não pode chamar tsunami de fatalidade.
    A natureza nos premia com sua revolta onde que estejamos.
    Acho o avião a maior invenção de um conjunto de homens, e finalizando a minha crítica com humor, na água tudo bóia inclusive o número 2.
    fui

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  4. Volkart e Rocha, sempre muito bons seus comentários. Aliás, complementam o assunto abordado... As críticas do Rocha são de relevância ímpar por seus vastos conhecimentos... sempre são bem-vindas!
    Valdemar

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