quarta-feira, 2 de agosto de 2017

[Aparecido rasga o verbo] Lâminas retráteis e a expiação do Minotauro

Aparecido Raimundo de Souza

Quem sabe, brevemente comemoraremos o DIPI. Dia Internacional do Presidente Incompetente”.
Tompson de Panasco, repentista e pensador de rua.


Não sei se as senhoras e os senhores estão sabendo, mas a Câmara dos Deputados (ou DeCUdados) limitou o acesso de jornalistas ao plenário da Casa da Mãe Joana amanhã, quarta-feira, 2, quando ocorrerá o famoso e tão esperado espetáculo da votação da “denúncia” contra o nosso querido e nobre presidente Michel Jackson Temer, pelos crimezinhos de corrupção, obstrução da justiça e organização criminosa, como, aliás, deseja, com certa ferocidade, a galera da PGR, instalada praticamente em prédio ao lado.  

A pocilga onde tudo acontecerá, foi mais longe na sua decisão. Vetou, igualmente, a presença do público na galeria durante a sessão. Entendam aqui, amados, “público”, como os representantes do POVO, ou dito de outra forma, da extorquida SOCIEDADE. Grosso modo, a RALÉ dos postergados ficará de fora. Exatamente aquelas criaturas que os vagabundos dizem, entre aspas, representar. Na verdade, esses camaradas não nos representam porra nenhuma. No mesmo explodir da bomba, não nos levam a sério, ao contrário, em nosso nome, a bel prazer, esses párias soçobram num lodoso rio de escolhos onde se quedam hebetados. 

Esses marginais dos nossos bolsos, esses vermes peçonhentos, esses crápulas que vivem a nossas custas, grudados em nossos pescoços como parasitas nas bundas dos elefantes, alegam que o corte será semelhante ao adotado na sessão que autorizou a abertura de processo de impeachment contra a então cagada Dilma Rousseff, ou Rouboussett, nos idos 17 de abril do ano passado.

Por questão de segurança, vamos rir SEGURANÇA??!!, kikikikikiki, foram distribuídas apenas 30 senhas de ingresso para jornalistas que acompanharão a sessão. Infelizmente estamos metidos no rol desses profissionais, não por vontade própria, todavia, para cobrir um colega em gozo de merecidas férias. Na totalidade, a Casa das Quengas e dos Prostitutos, agrupam 521 jornalistas com credenciais permanentes. Outras 120 senhas extras pintaram no pedaço, oferecidas para que os especialistas da imprensa (nossos colegas de fora do Grande Avião Pousado) acorram à avacalhação – desculpem -, à votação do alto do passadiço.

Servidores da Casa, como as mocinhas de sainhas curtas e pernas perfeitas, entre outros atributos, as gatinhas manejadoras das bandejinhas com cafezinhos e garrafinhas de aguinhas geladas, também obedecerão a essa cissura adstringida, em conformidade ao que os grandalhões poderosos chamam pomposamente de “plenário”. No dizer do personalíssimo apresentador do SBT, Danilo Gentili, o nome mais acertado ou amaneirado, seria outro. Qualquer coisa parecida ou assemelhada a “putário”.

Por seu turno, a Secretaria de Comunicação da Câmara alegou que a amputação de assomo é imposta em eventos de grande relevância. Claro que a patranha do Chefe da gangue é uma dessas bambochatas.  Por ser dessa magnitude, e, via paralela, necessitar adquirir repercussão além brasilzinho de merda e mundo a fora, não deve, de forma alguma, ser deixado passar em brancas nuvens.

Sentimos apenas, de coração partido, despedaçado, fendido, que os Manés e as Maricotas, os honrados e honestos que compõem a enorme Linha de frente, os gentios e as buchas de canhão da estropiada e fodida Raia Miúda, tenha sido sumariamente afugentada, ou banida daquele aparatoso e teatral pardieiro A zona, perdão, senhoras e senhores, a sessão deliberativa extraordinária começará às 9 horas. Impreterivelmente. Bem entendido, terá início garantido, desde que haja o quórum mínimo de 51 parlamentares presentes. A votação, no entanto, só irá adiante quando esse quórum alcançar 342 cabeças, com suas respectivas bundas fedendo a excrementos apodrecidos.

Vamos abrir uma pequena brecha no meio do meio desse buracão intransponível (PIOR QUE O ROMBO DA PREVIDÊNCIA) para explicar “quórum”. Essa coisinha, em rápido escorço, significa o seguinte: matematicamente, como exporia Isaac Newton (aquele da gravitação universal), se exprimi pelo “número de indivíduos necessários para o funcionamento perfeito de uma assembleia”. Assembleia ou deliberação. Mesmíssima coisa que um saco de gatos cacarejando. No caso aqui em pauta, a imperdível agregação para que os nossos mandatários sufraguem ou sufrageiem pela delação, ou não, do celso e insigne filho da desmiolada Pasífae, o doutor Michel Jackson Temer, ou como ficou conhecido na Alemanha, na reunião de cúpula do G-20, em Hamburgo, “Chefe da Gangue dos veneráveis e intrépidos chacais”. Brecha fechada.

Nessa suruba tipo baile funk, como acontecerá o proscênio do festim votativo? Da seguinte forma. Os coivaras e mandriões de carteirinha -, desculpem -, os chinchorros, mil escusas, os deputados serão chamados em ordem alfabética, por Estado, alternadamente do Norte para o Sul e vice-versa. No trombone, ou melhor, no microfone, os comprados pelo honorável Chefão, ratificando, os parlamentares vestidos com seus melhores terninhos, terão de responder, como vaquinhas de presépio, “sim”, “não” ou “abstenção” ao que o “cabeça de mesa” indagar. É o que se conhece nesse meio enlameado, nesse clima de cultura coeva e pretérita, por PARECER.

O perguntador, presidente do Espetáculo, não outro senão, Rodrigo Maia (DEM-RJ ou DANDO ESPERANÇAS A MICHEL-RJ), optou por realizar uma sessão espírita de votação mais simples, sem púlpito (entendam púlpito como tablado, palanque, tribuna) onde por não haver essa comodidade, nenhuma entidade poderá baixar pedir um fininho ou marafo. Na linguagem dos desencarnados, “fininho”, cigarro e “marafo”, cachaça. Nesse confronto de “cartas marcadas”, muitos “fantasmas” ou “falecidos”, de duas pernas e chifres nos cocurutos, à semelhança do “Incidente em Antares”, de Érico Veríssimo, deverão pisar em nossos pés e cuspir no que sobrou do escárnio de nossas dignidades achincalhadas.

Logicamente esses “votadores” comprados ou arrebanhados antecipadamente pelo Deus Maior, com dinheiro público e promessas de carguinhos, não poderão, sobre hipóteses nenhuma, se manifestarem contrariamente ao “combinado”. Vale apenas, como dito acima, o sustentáculo “sim”, “não”, ou “abstenção” e fim de papo. Em outras palavras, senhoras e senhores, amanhã, quarta-feira, 2, vamos assistir ao que talvez venha a ser um dos maiores espetáculos circenses vistos na face da terra. Das duas, uma terceira: ou nosso sacrossanto presidente sai vencedor, nos faz de macacos, dando um cacho de bananas para descascarmos, enquanto comemora fazendo do seu palácio Jabucu (é jabucu mesmo, de propósito), um antro de fornicação nunca dantes visto em terras do Planalto Central, e, no mesmo paço se erga, catilante, refestelado e enobrecido sobre gramínea salpicada de estrelas e sois de ínfima beleza, ou... via paralela, em conclusão, se o desgraçado se estrepar de verde amarelo, e tiver que deixar as tetas gordas onde mama, e seus dias vindouros passarem a ser aziagos e infelizes, e, por consequência, sua hombridade ferida se adulterar em um inesperado azarão, que o asqueroso se fragilize, como nós, e se transforme, no maior palhaço existente.  Afinal de contas, caros leitores, nós, os eternos e pacíficos “Chaves” da vida, os milhões de “Carequinhas” e “Bozos”, precisamos de um bufão chefe, de um girofales rei, de um Arrelia com os cornos de pato Trump para nos ajudar a tocar adiante essa vidinha de filhos da mãe, senhora dona Puta, essa safada e esculhambada republiqueta. 
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista. De Brasília, Distrito Federal. 1-8-2017  

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2 comentários:

  1. Meu caro Pass word, obrigado por sua participação em meu texto. Todavia, acredito, a coisa não seja para rir, mas para chorar. E chorar muito. De preferência lágrimas de sangue. É por essas risadas que o país está nessa merda e continuamos com um ladrão vagabundo no comando. Quando o povo brasileiro tomar vergonha na cara, deixar de ser burro e idiota; parar de gargalhar de coisas sérias, talvez essa nação melhore e as pessoas dessa sociedade hipócrita não aceite esse afronto de ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, como latiu ontem o Pilantra, após ter escapado do processo. Não vivemos um estado democrático de direito, porém, um Estado DemoNIAcrático de direito. Em outras palavras, onde os demônios estão a solta, comandados por um Temer de merda nos fazendo de eternos e fódicos Manés. Aparecido Raimundo de Souza, 64 anos. Graças a Deus, saindo agora, as 19.30 desse Antro de Perdição chamado Brasília.

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