domingo, 17 de setembro de 2017

As eleições de 2018 serão decididas na violência. O que fazer a respeito?

mrk

A agressão contra o Arthur, do MamãeFalei, bate com aquilo que venho dizendo: as eleições de 2018 serão decididas na violência.


Para entender o que significa compreender que as eleições em 2018 serão decididas pelo fator violência é preciso mudar o paradigma de análise política: sair da perspectiva da ciência política tradicional e adotar a dinâmica social das relações humanas (aplicada à política). Com isso, estudamos todos os eventos de mundo com base na relação custo-benefício e somente tomando por insumo de análise os comportamentos.

A partir desta ótica, podemos compreender que a esquerda perdeu o discurso, o que é facilmente comprovado na quantidade de vezes em que eles são expostos em contradições.
Daí é só compreender o que a dinâmica social prevê quando um lado não possui argumentos: partir para a violência.

Mas enquanto partir para a violência gera ganhos para o agressor, também gera ganhos para o lado político ao qual o agredido pertence no caso da violência ser denunciada. O agressor é danificado em sua imagem e pode sofrer punições (incluindo prisão, processo, etc.)

Pela ótica da esquerda, uma forma mais segura de partir para a violência como método político depende do cerceamento da liberdade de denunciação por parte da vítima. Ou seja, a censura.

Foi para isso que a partir de 2016, após a vitória de Trump e do Brexit, os investidores da esquerda (como Soros) começaram a investir os tubos em censura, incluindo o uso da narrativa da pós-verdade.

Ao mesmo tempo, a mainstream media partiu para o endosso e a apologia da violência contra direitistas.

Para isso funcionar, a mídia foi orientada a intensificar as rotulagens contra direitistas. O rótulo “nazista” já seria aplicado sem qualquer pudor. Enquanto isso, a mídia também é orientada a esconder qualquer violência contra direitistas. Logo, teríamos apenas “a personificação do mal” recebendo o tratamento devido.

Dito e feito, pois, como já disse, temos apenas a execução de uma dinâmica.

No Brasil, vemos a mainstream media acusar o MBL de “censura” (quando apenas defenderam boicote) ao mesmo tempo em que querem censurar o MBL, proibindo-os de emitir opiniões sobre financiamentos públicos de cultura e doutrinação escolar.

Do mesmo jeito que fazem nos EUA, escondem as agressões contra direitistas. Ou você viu algum grande meio noticiar a agressão contra o Arthur do MamãeFalei? Ou noticiar a ameaça de morte feita pelo editor do Zero Hora? Nada. Esconder essas violências e ameaças é parte do projeto de incentivo ao aumento da violência contra direitistas.

Como escrevi em meu livro “Liberdade ou Morte”, a fórmula é clara: aumentar a violência em par com o aumento da censura. Sem realizar os dois ao mesmo tempo, a estratégia de aumento da violência fracassa.

Quando digo que as próximas eleições serão decididas na violência, é pelo fato de que a esquerda já absorveu por completo a noção que misturar violência com censura é seu modo básico para manter ou chegar ao poder. Pelo lado da direita, partir para a mesma violência é absurdo (pois ela não tem meios de censurar a opinião pública e nem controlar a mainstream media e o judiciário). Logo, todos os esforços de violência e censura da esquerda devem ser combatidos por denunciação da violência e luta para acabar com a censura.

O jogo está aí para ser jogado.

Em suma: prepare-se para ver muita violência contra a direita até encaixarmos as estratégias de denunciação da violência e manutenção da liberdade que funcionem melhor. Mas parte essencial do jogo não vai sair disto: ou a direita estuda e planeja formas para denunciar fortemente a violência da extrema-esquerda no Brasil (incentivada pela mainstream media, que é parte central do processo de incentivo à violência contra a direita), ou prepare-se para apanhar muito. Ou até morrer.
Título e Texto: mrk, Ceticismo Político, 17-9-2017

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