Leo Daniele
“Não vamos levantar
muros entre o Bem e o Mal. São termos anacrônicos, fósseis primitivos,
superados; nada se exclui inteiramente, pois tudo é relativo” –– dizem os
relativistas. Será mesmo?
O sim é
mais simpático, pelo menos à primeira vista. Numa pesquisa, constatei que ele
está registrado 462 vezes na Bíblia, em 435 versículos, enquanto o não tem
8.409 registros, em 6.772 versículos. Portanto, vitória esmagadora
do não!
Surpreendente? Por que isso é
assim? É porque Deus realmente nos ama, e uma de suas palavras de amor mais
frequentes é o não.
O não muitas
vezes é luminoso. E o sim por vezes é tenebroso. A
clareza pede frequentemente o não, por paradoxal que pareça.
Eis algumas palavras da
Sagrada Escritura que exprimem ódio e exaltam, ainda que sem citá-lo, o não: “Odiei
os iníquos” (Salmo 118, v.13); “Mentirosos, bestas perversas” (Epístola
de São Paulo a Tito, cap. 1, vers. 12); “Sois filhos do demônio” (Evangelho
de São João, cap.8, vers. 44). São Paulo chega a recomendar: “Repreende-os
com dureza” (Epístola de São Paulo a Tito, cap.1, vers.13) etc.
Veja-se o que ensina a
propósito o Papa São Pio X [abaixo, foto colorizada] em sua Carta
Apostólica Notre Charge Apostolique, de 25-8-1910:
“O mesmo acontece com a
noção de fraternidade, cuja base eles colocam no amor dos interesses comuns,
ou, além de todas as filosofias e de todas as religiões, na simples noção de
humanidade, englobando assim no mesmo amor e numa igual tolerância todos os
homens com todas as suas misérias, tanto as intelectuais e morais como as
físicas e temporais. Ora, a doutrina católica nos ensina que o primeiro
dever da caridade não está na tolerância das convicções errôneas, por sinceras
que sejam, nem na indiferença teórica e prática pelo erro ou pelo vício em
que vemos mergulhados nossos irmãos, mas no zelo pela sua restauração
intelectual e moral, não menos que por seu bem-estar material.”
Um mundo sem o sim e
o não apresenta — concluo com palavras de Plinio Corrêa
de Oliveira — “um horizonte em que o céu aparece baixo e plúmbeo,
nenhuma aragem de fé, nem sequer de idealismo, sopra no ar estagnado. E do
pantanal da terra apenas se elevam o odor e os miasmas de uma pobre humanidade
entregue inteiramente ao ceticismo, à dúvida e à satisfação irrestrita de suas
próprias paixões”.
Título e Texto: Leo Daniele, ABIM,
8-9-2017
Bem nunca vi nada mais bestial, no sentido próprio.
ResponderExcluirLembra TFP e Kafka.
Eis o salmo 118 versículo 12 e 13 para haver entendimento:
12.Sede bendito, Senhor; ensinai-me vossas leis.
13.Meus lábios enumeram todos os decretos de vossa boca.
Nesse interim digo que não há paradoxos entre o SIM e o NÃO, ambos representam a dualidade universal, o mais e o menos.
Realmente as palavras sim e não podem ter sido contadas numericamente na Bíblia.
Nunca pretendi contá-las.
Porém ambos ficam subentendidos em quase todas as frases que pronunciamos.
SIM meus amigos, NÃO á ignorância.
Não meus amigos, sim á arrogância.
Isso não é relativismo.
Sim o cético, não crê.
O NÃO DEVE SER A PRIMEIRA PALAVRA ENSINADA A UM FILHO.
Somente sabendo os nãos do passado podemos discernir os sins do futuro.
Os religiosos são entregues às suas dúvidas e às satisfações irrestrita de suas paixões religiosas. Sim , matam por elas, e não possuem argumentos para dizer sim, ao Não matar em nome de suas crendices.
As paixões humanas deveriam ser a VIDA.
fui...
O -SIM e o NÃO- são duas palavras pequenas, simples, com apenas uma silaba. Mas tem, contradizendo com a sua escrita, uma extensão enorme, de importância fundamental, porque exprimem respectivamente: -permissão e negação-. Assim, suas existências, são de extrema relevância obrigatória, em todos os dicionários mundiais.
ResponderExcluirAlmir Papalardo.