Rio quer ser líder do PSD e chegar ao
governo sem se mexer
João Pereira Coutinho
Falava há tempos com um
entusiasta de Rui Rio que me dizia coisas tremendas. Sim, o partido não está
bem. Sim, Lisboa e Porto serão dois vexames. Sim, Passos Coelho não entrega as
chaves no dia 1 de Outubro. Que fazer?
‘É preciso reunir condições’,
segredava-me ele, em tom doutoral. A primeira, pelos vistos, é conseguir que o
líder do partido seja eleito pelos ‘notáveis’, não pela soldadesca ignara – uma
ideia que começa a correr pelos melhores bestuntos.
A segunda, perfeitamente
compreensível, é haver ‘sinais’ do dr. Costa. Dois anos na oposição até ao fim
da legislatura é um sacrifício que se aguenta. Mas o dr. Costa devia mostrar-se
mais ‘disponível’ para um entendimento pós-eleitoral com o PSD, garantindo ao
dr. Rio o lugar de amanuense.
Por outras palavras: Rio quer
ser líder do PSD (sem o conquistar) e chegar ao governo (por convite do PS). É
o retrato de um vencedor.
Título e Texto: João Pereira Coutinho, Correio da Manhã, 24-9-2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-