quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Presidente checo prefere perder fundos europeus em vez de receber refugiados

O Presidente checo assegurou preferir que o seu país renuncie a fundos da UE em vez de acolher refugiados. "Será sempre melhor renunciar às dotações europeias do que deixar entrar imigrantes", disse.

Foto: Martin Divisek/EPA
Agência Lusa

O Presidente checo, Milos Zeman, assegurou esta quarta-feira preferir que o seu país renuncie a fundos da UE em vez de acolher refugiados. “Não devemos deixar que nos ameacem. Se as coisas ficarem feias, será sempre melhor renunciar às dotações europeias do que deixar entrar imigrantes”, assegurou Zeman, numa alusão à rejeição do recurso da Eslováquia e Hungria contra o sistema europeu de recolocação de requerentes de asilo.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) deliberou esta quarta-feira que a Eslováquia e Hungria não podem rejeitar a recolocação de requerentes de asilo.

“A União Europeia, sob a ameaça de nos retirar as subvenções, quer obrigar-nos a aceitar vários milhares de imigrantes muçulmanos”, denunciou Zeman em declarações aos ‘media’ da República Checa.

Apesar de Praga não se ter juntado à Eslováquia e Hungria no recurso ao sistema de distribuição de refugiados decidido pela UE na sequência da vaga migratória de 2015, negou-se a receber refugiados, argumentando que quem foge da miséria ou dos conflitos armados na Ásia e Médio Oriente não deseja permanecer neste país da Europa central.

Devido a estas posições, a Comissão Europeia decidiu em julho iniciar um procedimento de infração contra a Polónia, Hungria e República Checa — países que partilham a sua recusa em receber refugiados.

“Não são ucranianos, não são vietnamitas. São imigrantes islâmicos cuja cultura é distinta da nossa cultura”, argumentou ainda Zeman.

O chefe de Estado checo já tinha considerado em anteriores declarações que os imigrantes muçulmanos não podem integrar-se na Europa e que a chegada de refugiados aumenta o risco de atentados terroristas.

Em paralelo, a primeira-ministra polaca, Beata Szydlo, também reiterou esta quarta-feira a recusa da Polónia em aceitar refugiados no âmbito do programa europeu.

“Estava convencida que seria aprovada uma decisão nesse sentido, mas a resolução [do Tribunal de Justiça europeu] não altera absolutamente nada em relação à política migratória do Governo polaco”, disse Szydlo em conferência de imprensa. 
Titulo e Texto: Agência Lusa, Observador, 6-9-2017

Um comentário:

  1. Em tempo, essa palavra 'refugiados' já encheu o saco, de tão falsa e hipócrita ela é.
    O que o presidente checo não quer mais receber são IMIGRANTES! Ponto!

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