Valdemar Habitzreuter
Amigos velhinhos e velhinhas
do Aerus, saudações! O tempo passa e nós com ele, mas com uma única diferença
de que avançamos cada vez mais em idade enquanto o tempo em si permanece
estável, não envelhece, sempre atual a imprimir o curso da História. É ele que
dita que as coisas, os seres, os eventos perfazem uma História; isto é, faz
tudo passar e coisas novas surgir; daí quantificarmos o tempo como passado,
presente e futuro... O tempo não nos dá o presente da eterna juventude...
Nosso passado um dia foi presente
quando, por exemplo, trabalhávamos na Pioneira e não cogitávamos na época que o
futuro da Varig tivesse um desfecho como teve. Passou! A Varig agora não tem
mais presente nem futuro, apenas passado, ou melhor dizendo, apenas deixada
para História. Mas essa História nos é cara, pois é nela que também está
depositada a honradez de nosso trabalho e o que acumulamos como poupança para
nossa futura aposentadoria – o AERUS.
A Varig teve a esplêndida
iniciativa de oferecer em 1982 aos seus funcionários esta modalidade de
aposentadoria complementar – Aerus – como garantia de uma vida mais digna após
o encerramento de muitos anos de serviço obrigatório na ativa.
A História da Varig, apesar de
ser passado, nos é, no entanto, estímulo, mais do que nunca, para nos dar um
presente de dignidade e felicidade. Esse estímulo dever-se-á transformar em
força e união entre nós para que forças ocultas e estranhas não usurpam os ovos
de nosso ninho que tão arduamente e com muito sacrifício depositamos no Aerus e
cabe só a nós chocá-los.
Está em curso a discussão e
polêmica do destino da dinheirama relativo à defasagem tarifária conquistada em
Juízo a favor da falida Varig. Discute-se quem tem a primazia de receber... Os
bilhões todos deverão ser destinados à massa falida e aí proceder à
distribuição a quem de direito? É esse o impasse, se deve ser assim, e credores
já se movimentam através de advogados para que a massa falida seja a
depositária dessa dinheirama...
Sabe-se que ao longo do
período da crise da Varig, que culminou em sua falência – diga-se de passagem
por causa de políticas criminosas de governos, especialmente, petista – foi
dado a ela, em caráter de empréstimo, vultosas somas pelo Aerus para que
pudesse impedir a falência que, no entanto, não foi evitável.
Concomitantemente, foi firmado acordo de que, em caso de falência, os
assistidos do Aerus teriam a primazia da indenização numa eventual vitória nos
tribunais de Justiça do processo da DT tramitando desde 1993. (Corrijam-me se
estiver errado).
Agora com a causa
definitivamente ganha, a execução da sentença deverá ser cumprida pelo governo.
Todos os credores estão alvissareiros em torno dos bilhões que virão à falida
Varig. Espertalhões estão de olho na carniça e querem achar brechas jurídicas
para serem contemplados por primeiro em detrimento das garantias acordadas
entre Varig e Aerus.
Assim, transmito minha
preocupação quanto ao destino do dinheiro da indenização da DT. A antecipação
tutelar, ora em vigor, já é um indício de que os velhinhos e velhinhas
aposentados do Aerus não têm mais tempo para esperar e nem para enfrentar novas
batalhas judiciais - já são mais passado que futuro - e urge, portanto, que nossas
associações – AMVVAR, APVAR, APRUS, etc. – pressionem e trabalhem junto ao
interventor do Aerus no sentido de fazer prevalecer o direito do recebimento da
quantia indenizatória que nos é devida por direito de primazia e reativar o
pagamento de nossos salários... A tutela de antecipação não nos garante a
aposentadoria vitalícia. Um abraço a todos!
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 1-10-2017
Relacionados:
Colunas anteriores:
Bom domingo! A todos!
ResponderExcluirHabitz, corretíssimo! Penso da mesma forma, também estou preocupado, e muito ansioso!
Mas vamos em frente!
Quem sabe? A sorte desta vez estará conosco! Sim já conto com ela também!
Abs,
Heitor Volkart
Daqui a uma hora, mais ou menos, leia uma ótima entrevista com uma respeitada ativista na CPI estadual!
ResponderExcluirA ÚNICA associação que temos é a APRUS - Associação dos Participantes e Beneficiários do Aerus.
ResponderExcluir“APRUS, APVAR, AMVAR, FENTAC, Comissão de aposentados e escritório de advogados associados Castagna Maia (Brasília).”
ExcluirPois eu discordo, em parte, desta lista.
O Escritório do Dr. Castagna Maia, em que pesem suas tão louvadas qualidades, nada tem a ver com o processo Defasagem Tarifária.
A FENTAC, que é uma federação de sindicatos, estrutura criada sob medida para promover dirigentes sindicais que sabem conchavar nos congressos federativos (e/ou confederativos), que se mantenha longe, muito longe! É o meu fervoroso desejo.
Associações profissionais da falida Varig, não existem mais. Isto é, não existindo mais o interlocutor por excelência (a Varig), tampouco existirá a pretensa representação junto àquela. Ainda mais que, no caso específico, não há notícias de eleições ou qualquer outro processo democrático legitimador da ‘representatividade’. Ex-dirigentes das associações profissionais são vistos nas fotos da atual CPI estadual do Rio de Janeiro.
O prezadíssimo comentador esqueceu de mencionar os SNA: sindicatos nacionais de aeronautas e aeroviários. Até aonde sei, esses sindicatos são legítimos, aqui me refiro à LEI, representantes de trabalhadores nas empresas aéreas. (!?)
“Comissões de aposentados” têm a mesma legitimidade do que, por exemplo, um singular aeronauta, como José Manuel, ou um movimento como o “Movimento ACORDO JÁ!”
E por último, na lista citada pelo ilustre comentador, eis a Aprus. Que conta somente com o idealismo e boa-fé de atuais dirigentes, mas a organização física, como foi bem lembrado em outra postagem “tem deficiência de estrutura e recursos financeiros”.
Para concluir, sou favorável a que todos, mesmo todos, se sintam fiscais e mantenham-se atentos aos sinais e movimentos entre o governo (condenado), a massa falida (esteja ela onde estiver ou seja o que for) e o Instituto Aerus.
Ah, e muito importante, não se sinta desconfortável em opinar, especialmente se a sua opinião for... contra a corrente ou uma corrente.
Caro Jim
ResponderExcluirO escritório Castagna Maia nada TINHA há ver com a DT!
A partir do momento em que a ofereceu como garantia para a sua ação civil, o que nos garantiu a tutela, assumiu o risco desta oferta.
A partir deste momento passamos , Varig e Transbrasil, a gastar a possível verba da DT, enquanto aguardamos definição.
Que seria melhor se viesse através de acordo.
Se todas as ações forem contempladas como esperamos, tudo bem.
Do contrário – e esperamos que corra tudo bem-, alguém pode ser chamado a responder.
Então o escritório Maia passou a ser um interessado direto na solução positiva para os interessados também na DT.
Desde que atue sempre em parceria com o Aerus.
Aliás, eu só vejo solução através do Aerus junto de quem mais vier a compor,e cobrar com o mesmo.
Paizote
https://youtu.be/HewC_aIkov8
ResponderExcluirTroca de ideias sobre o destino da Defasagem Tarifária, acontecendo aqui:
ResponderExcluirA Varig ganhou uma indenização bilionária. Para onde deve ir o dinheiro?