Generoso leitor, leia abaixo
três matérias que mencionam Walter de Carvalho Parente, atual Liquidante do
Instituto AERUS. O homem intervém em QUATRO Fundos.
A matéria abaixo é de autoria
de Sérgio Pardellas, na revista IstoÉ, nº 2398, de 18 de novembro de 2105
Os esquemas do ministro
motoqueiro
Como o ex-titular da Previdência aparelhou
os fundos de pensão para montar, segundo a CPI, uma máquina de arrecadar
dinheiro para o PT
Ao se debruçar sobre as indicações do
PT para cargos estratégicos nos fundos de pensão, a CPI responsável por
investigar o tema no Congresso puxou o fio de um intrincado novelo e alcançou
um personagem mais conhecido em Brasília por oferecer a garupa de sua moto
Harley Davidson vermelha para a presidente Dilma Rousseff, nas horas vagas, do
que pelo zelo no manejo do dinheiro público. Trata-se do ex-ministro da
Previdência, Carlos Gabas, atual secretário especial da pasta. Um organograma
sigiloso, ao qual ISTOÉ teve acesso, em poder da CPI desde a semana passada,
mostra como Gabas aparelhou a Previc (Superintendência Nacional de Previdência
Complementar) com pessoas de sua estrita confiança de modo a exercer
ascendência sobre os principais fundos de pensão do País e a gerir negócios ao
sabor dos interesses do PT. De tão extensa, a teia tecida pelo ex-ministro
acabou entrelaçada aos esquemas investigados pela Lava Jato.
Controlar a Previc é como ter em mãos
a chave de um cofre recheado. O órgão é responsável por regular e fiscalizar
todos os fundos de pensão existentes no Brasil. Significa que quem comandá-lo
pode realizar intervenções e autuações nas fundações conforme sua conveniência.
Para se ter uma ideia do peso dessa arca de dinheiro, o total de ativos dos
fundos de pensão somou R$ 733 bilhões no primeiro semestre deste ano. Por isso,
manter a Previ sob sua batuta representou o pulo do gato para o motoqueiro
Gabas e para o PT.
A partir da nomeação, em junho de
2014, de Carlos De Paula como diretor Superintendente da Previc, o então
ministro da Previdência conferiu capilaridade ao esquema – mantido até os dias
atuais, segundo apurações preliminares da CPI. Seguindo orientações do chefe e
companheiro de passeios de moto pelas largas avenidas da capital federal, De
Paula avançou em novembro do ano passado sobre a Petros, fundo de pensão da
Petrobras, ao indicar como interventor Walter de Carvalho Parente. Para
consumar a intervenção, no momento em que a Petros amargava uma de suas mais
graves crises internas, como consequência das denúncias do doleiro Alberto
Youssef, o superintendente da Previc obteve o aval da Anapar (Associação
Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão), cujo vice-presidente José
Henrique Sosseron é aliado de Gabas desde os tempos do sindicato dos bancários.
Com o fim do processo de intervenção, uma nova direção foi empossada na Petros.
Ascendeu à estratégica diretoria de Finanças e Investimentos da Petros, Lício
da Costa, uma indicação da presidente do INSS, a petista Elisete Berchiol,
chancelada por Gabas. A partir daí o esquema se interliga a Lava Jato. Lício da
Costa era diretor da empresa VIS Investimentos e tinha como sócios Alexandre
Romano, ex-vereador do PT de Americana, conhecido como Chambinho, hoje preso em
Curitiba, Eduardo Evangelista, parceiro do petista no escritório de advocacia
Oliveira Romano Associados, e Thais Brescia, alçada a gerente de crédito
privado da Petros.
Como já é público, o lobista Milton
Pascowitch, um dos delatores da Lava Jato, denunciou ao MP uma operação
destinada a desviar mais de R$ 50 milhões em contratos com o Ministério do
Planejamento, envolvendo Alexandre Romano e a empresa Consist Software,
especializada na implantação de um sistema de desconto em folha de empréstimos
consignado para servidores federais. Romano, em depoimento, admitiu que dividia
propinas com o ex-ministro Paulo Bernardo e com o ex-tesoureiro do PT João
Vaccari, entre 2010 e 2012. Depois de 2012, ainda segundo Romano, Gabas também
passou a se beneficiar dos desvios. O que Romano ainda não reconheceu é que o
sistema de arrecadação para o PT, por meio dos empréstimos consignados operados
pela Consist, era insuficiente para atender todos os interesses do partido. Por
isso, foi necessário captar recursos através de um esquema paralelo capitaneado
pelos integrantes da VIS Investimentos: o próprio Romano e Eduardo Evangelista,
seu sócio no escritório de advocacia Oliveira Romano Associados. Essa informação,
até agora sonegada por Chambinho, consta da delação de Milton Pascowitch.
Como funcionaria o esquema, segundo
integrantes da CPI dos Fundos de Pensão? Num cenário de superávit, a Petros
teria condições de negociar em cada empréstimo ou investimento realizado um
deságio vantajoso para a entidade. Não era o caso, pois as operações do fundo
de pensão dos servidores da Petrobras davam prejuízo. Por isso, a orientação
interna, após a intervenção comandada por Gabas e De Paula, era que fossem
feitas verificações de carteiras de títulos do fundo com recebimentos
duvidosos, promovendo a troca de seus gestores. Em geral, os diretores da
Petros indicados por Gabas, ao avaliar os créditos, concluíam que só podiam
recuperar 50% deles, quando em muitos casos, segundo a CPI, a porcentagem
passível de recuperação era maior. “Mas isso não interessava ao esquema, pois
dessa forma eles tinham poderes de negociar uma taxa de sucesso maior. Quando o
gestor informa que ele recuperou 80% em vez dos 50%, ele ganha uma taxa de
sucesso entre 10% e 20% do total arrecadado”, afirmou um dos denunciantes à
CPI. Quem realizava toda essa operação era o escritório de advocacia Oliveira
Romano Associados da dupla Alexandre Romano e Evangelista, especializado em
recuperação de créditos e contratado como terceirizado. Só na Petros, a
carteira de crédito, gerenciada hoje por Brescia, ex-sócia da VIS
Investimentos, portanto ex-sócia de Chambinho, soma cerca de R$ 3 bilhões. O
círculo se fecha. Para integrantes da CPI, o modo de operar se repetiria
atualmente na Serpros, fundo de pensão da Serpro – estatal responsável pelo
processamento de dados do governo, dona de um patrimônio de R$ 4,7 bilhões e
alvo de intervenção da mesma Previc em maio deste ano. Desconfia-se na CPI que
a intenção do PT, ao controlar o Serpro, é o de implantar um modelo de
terceirização com a Consist, que passaria a ser responsável pelo sistema de
desconto em folha de empréstimo consignado de todo o funcionalismo público.
Título e Texto: Sérgio Pardellas, IstoÉ,
18 de novembro de 2015
E esta, do site “O Antagonista”
de 25 de abril de 2017:
Greenfield e Lava Jato unidas
O Antagonista soube que Walter de
Carvalho Parente, interventor do Serpros – o fundo de pensão dos funcionários
do Serpro – foi chamado para uma conversa com representantes da força-tarefa da
Lava Jato em Curitiba.
Os investigadores querem esquadrinhar
as operações do fundo no auge do petrolão. Vale lembrar que Parente também foi
interventor da Petros, o fundo de pensão da Petrobras.
A Greenfield e a Lava Jato estão mais
próximas do que nunca.
E ontem, 4 de outubro de 2017, na revista
IstoÉ:
Previc: Postalis descumpriu normas de
contabilização de reserva e aplicação
Estadão Conteúdo
O Postalis é a quinta entidade de
previdência complementar que foi alvo de intervenção da Previc, o xerife do
setor. Além da caixa previdenciária dos funcionários dos Correios, também
tiveram intervenção pelo órgão regulador Capaf (de 2011 a 2016), Geapprevidencia
(de 2013 a 2017), Portus (de 2011 a 2016) e Serpros (2016 a 2017). Em nota, a
Previc afirmou que a intervenção no Postalis se deve ao descumprimento de
normas relacionadas à contabilização de reservas técnicas e aplicação de
recursos.
Na intervenção, a Previc afasta
membros da diretoria executiva, do conselho deliberativo e do conselho fiscal.
Também declara a indisponibilidade dos bens desses membros e dos que ocuparam
esses postos no último ano.
O órgão também cria uma comissão de
inquérito para investigar as irregularidades em um prazo de quatro meses, que
podem ser prorrogados. A intervenção ocorre quando o governo identifica
irregularidades nas contas ou na gestão da entidade. Ela só se encerra depois
de um plano de recuperação para resolver os problemas.
Caso seja constatado que o fundo não
tem mais caminho para a recuperação, é decretada a liquidação extrajudicial.
Foram os casos da Aeros (Vasp) e Aerus (Varig), cujas liquidações foram
decretadas em 2005 e 2014, respectivamente.
Comprovadas as irregularidades, os
responsáveis sofrem punições, que vão de advertências a inabilitação para
exercer cargos em empresas. A Previc afirmou que a intervenção não afeta os
pagamentos dos benefícios do fundo, que devem continuar normalmente. Como interventor, a Previc nomeou Walter de Carvalho Parente.
IstoÉ,
4-10-2017
Relacionados:
Acho que o "IMBRÓGLIO" do Aerus é por demais complexo, e que demandaria uma dedicação integral dos profissionais nomeados para equaciona-lo.
ResponderExcluirNão vejo possibilidade de acumular liquidações de fundos simultaneamente por uma mesma pessoa.
Tarefa que a meu ver requer dedicação integral “full time”.
Ou o Sr Walter é um homem de extrema capacidade - o que quero crer-, vide a frequência com que é escalado pelo governo para fazer a “faxina” nos fundos de pensão, ou esta faltando profissionais no mercado.
Agora me entristece ver que as digitais do PT, encontram-se também nos fundos de pensão.
Dinheiro de trabalhadores esteve (ou esta, estará?) disponível para a vil farra dos políticos e seus militantes, enquanto os trabalhadores e assistidos se digladiam, e morrem, na esperança que sobre algum.
Opinião pessoal; Acho que a Previc, deve uma explicação ao Brasil!
Paizote
A PREVIC pode 'dever', mas não quererá pagar.
ExcluirPrevic, quanto será que era desviado por cada contrato (empréstimo sem lastro)autorizado por baixo dos panos entre a Varig e o Aerus ???
ResponderExcluirLIQUIDANTE DO AERUS AGORA VAI CUIDAR DO POSTALIS
ResponderExcluirO LEGADO SINDICAL DOS CORREIOS - ANTES UMA GRANDE E EFICIENTE EMPRESA - DEPOIS QUE FOI "APARELHADA" PELO PT NEM SENDO A DONA ABSOLUTA DO MERCADO CONSEGUE SE EQUILIBRAR E OS " CORREIOS " ESTÁ PASSANDO POR DIFICULDADES OPERACIONAIS E FINANCEIRAS.
OS SINDICALISTAS E DIRIGENTES COLOCADOS NO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS CORREIOS, "POSTALIS" PELA PRESIDENTA DILMA DESVIARAM BILHÕES PARA A COMPRA DE AÇÕES "FRIAS" DA ARGENTINA, VENEZUELA E COISAS DESSE TIPO NA BOLSA DE NOVA YORK.
ATÉ A SOGRA DE UM DOS DIRIGENTES DO POSTALIS, INDICADO PELA PRESIDENTA DILMA, ABRIU CONTA MILIONÁRIA EM UM BANCO DE NOVA YORK COM O DINHEIRO ROUBADO!
UM CARTEIRO, TRABALHADOR COMUM, GANHAVA POUCO MAIS DE R$ 2 MIL MAS, OS MILITANTES DO SINDICATO, GANHAVAM ATÉ R$ 16 MIL MENSAIS !
A PREVIC ACABOU DE NOMEAR O INTERVENTOR WALTER DE CARVALHO PARENTE PARA TENTAR ADMINISTRAR O "ROMBO" DE MAIS DE R$ 7 BILHÕES !
PENSIONISTAS E APOSENTADOS FORAM OBRIGADOS A CONTRIBUIR COM PARCELAS EXTRAS DE 17,92% PARA COBRIR O ROUBO.
NOVAS PARCELAS DE 2,73% ESTÃO PROGRAMADAS PARA ESTE MÊS POIS O RESULTADO DAS CONTRIBUIÇÕES ACIMA MENCIONADAS NÃO FOI SUFICIENTE PARA REDUZIR O TAMANHO DO ROMBO (ROUBO) !
A DIRETORIA DO POSTALIS ENTROU COM RECURSO CONTRA A PREVIC ALEGANDO QUE A INTERVENÇÃO "FOI ABUSIVAE DEVERIA TER SIDO ANULADA"! A PREVIC JÁ APLICOU 59 AUTOS DE INFRAÇÃO CONTRA DIRIGENTES DO POSTALIS!
ESSA ATUAL DIRETORIA DEVERIA SE DEMITIDA POIS FINGE NÃO SABER QUE O TRABALHADOR ESTÁ PAGANDO 17,92% DO PECÚLIO PARA COBRIR O ROUBO EXECUTADO PELOS SEUS PARES DO GOVERNO DILMA!
NA PETROS, DA PETROBRAS, O ROMBO PODERÁ CHEGAR A R$ 27,7 BILHÕES !
E HÁ OUTROS FUNDOS DE PENSÃO COMO PRECE (CEDAE), PETROS (PETROBRAS), PREVI (BANCO DO BRASIL) E FUNCEF (CAIXA ECONÔMICA) QUE FORAM SAQUEADOS E ESTÃO EM SITUAÇÃO FALIMENTAR !
E PARA TERMINAR ESTE COMENTÁRIO, ENQUANTO OS ATLETAS DO BRASIL TREINAVAM DIAS E NOITES PARA GANHAR UMA MEDALHA OLÍMPICA, O DIRIGENTE DO COB CARLOS ARTHUR NUZMAN GUARDAVA BARRAS DE OURO NA SUIÇA! AGORA SAI DAS SUITES DE LUXO E VAI PERNOITAR LÁ NO XADREZ EM BENFICA !
COMO DIZIA NELSON RODRIGUES, A VIDA É ASSIM!
Alberto José
albertoc34@gmail.com
Como recabi alguns esclarecimentos do Sr Walter Parente, se faz necessario que aqui seja postado, e tenho autorização para tanto , mesmo que seja por questão ética. Já que o mesmo não pretende exigir direito de resposta.
ResponderExcluirfarei à seguir.
Paizote
Como tenho por norma brigar pelos meus direitos, inclusive atrevendo-me, a contestar quando não satisfeito.
ResponderExcluirE com a necessidade de buscar informações e esclarecimentos onde estes estejam, disse em um post anterior neste blog, que enviaria email ao interventor.
Ao fazer, inclui no email, sugestão para que fosse publicada uma nota no Aerus sobre a última sessão da CPI e outros assuntos.
Acabo de receber telefonema, em que o mesmo in forma e autoriza a divulgação, de algumas informações repassadas.
Então autorizado que fui...•.
Uma coisa que considerei muito importante é que a APRUS, também o contactou sobre o mesmo assunto e outros do interesse geral.
A Aprus pediu informações, na defesa de todos, como não poderia deixar de ser.
E teria sido atendida neste pedido.
Sendo cumprimentado pela associação, em nome de seus associados.
Sei que esta tarefa (buscar informações) não me pertence. E se a faço é por individualidade e exclusivamente na defesa dos meus, e de familiares, interesses, nenhuma comissão, associação ou sindicato me representa.
Não consigo aceitar ser tutelado de ninguém, vou em busca do que julgo ser meu direito.
Sou um Dom Quixote, em causa própria!
Informou ainda o liquidante, o que deve tranquilizar, é que não é admissível que ele na possibilidade de receber algum valor da DT, priorize acerto de contas com o governo.
Sobre acordo, falou-me - que havendo cogitação pelas partes, antes de aceitar consultara os participantes e entidades, buscando o melhor possível.
Porém ainda é intempestivo este assunto.
Não tem qualquer litígio com administradores da massa falida, e que no momento adequado, precisarão precisará chegar a entendimentos legais sobre tudo o que foi apresentado.
Disse-me que administra atualmente somente dois planos, Aerus e Postalis, dos outros já pediu desligamento e esta aguardando providências da Previc.
E que não precisa estar dentro do Aerus, "fullTime”, já que o órgão que fiscaliza é a Previc, e que em Brasília é que estão os que decidem Sendo o liquidante é um funcionário de confiança, razão pela qual é.
Não pertence aos quadros do PT, e sua conexão junto a lava-jato foi como, convidado colaborador, para esclarecimentos que se faziam necessários.
As reportagens em revistas de circulação nacional foram, no devido tempo, contestadas.
E finalizando, ainda temos caminho a percorrer até recebermos algum valor referente a DT, e felizmente temos a tutela, o que por enquanto o governo esta honrando.
Paizote
Obrigado pelas informações!
ExcluirInvestiguem a rede de contatos de Walter Parente! Em todos as intervenções que faz, ele leva sempre um grupo seleto e nada confiável de prestadores de serviços, que trabalham para ele como uma verdadeira quadrilha. Há um escritório que "ganha" todas as contas dos fundos de pensão nos quais ele intervém, cuja advogada sócia transita entre os fundos e palpita na condução dos jurídicos. Investiguem a intervenção e as nomeações feitas por ele no SERPROS!
ResponderExcluir20/12/2017 às 12h43 Justiça suspende intervenção da Previc no Postalis Por Juliana Schincariol | Valor RIO - A Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP) obteve uma decisão favorável para suspender portarias da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) que determinaram a intervenção no Postalis, fundo de pensão dos Cor
ResponderExcluirEste trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link http://www.valor.com.br/empresas/5233435/justica-suspende-intervencao-da-previc-no-postalis ou as ferramentas oferecidas na página.
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Paizote