Unesco adotou 46 resoluções contra Israel;
uma contra a genocida Síria
Osias Wurman
Em recente reunião da ONU,
foram eleitos para compor o principal órgão de direitos humanos da entidade
(UNHRC) graves violadores de direitos individuais, como Qatar, Paquistão,
Congo, Afeganistão e Angola. Este mesmo Conselho de Direitos Humanos já conta
com a participação dos destacados “países democráticos”, caso da Arábia
Saudita, que prometeu permitir às mulheres o direito de dirigir um automóvel, a
partir de 2018; Burundi; China, que acaba de mandar desligar o WhatsApp “por
medida de segurança nacional”; Cuba; Venezuela; e Emirados Árabes Unidos.
“Infelizmente, a ONU
desconsiderou suas próprias regras e princípios ao eleger governos que violam
os direitos humanos de seus próprios cidadãos e que consistentemente votam, no
caminho errado, nas iniciativas da ONU para proteger os direitos humanos dos
outros”, disse Hillel Neuer, o diretor-executivo da UN Watch, uma ONG dedicada a observar a ONU. “Eleger o Qatar, o Congo e o
Paquistão como juízes mundiais de direitos humanos é como pedir às raposas que
protejam as galinhas”, disse Neuer. “É absurdo, imoral e ofensivo”.
Não menos escandalosas são as
iniciativas da Unesco ao permitir que blocos políticos ou étnicos corrompam as
votações de temas sensíveis, ligados à educação e à cultura dos povos, sempre
sob pressão de membros que não têm ética ou moral para julgar ou condenar
terceiros países.
Entre 2009 e 2014, a Unesco
adotou 46 resoluções contra Israel; uma contra a genocida Síria e zero relativa
a Irã, Sudão, Coreia do Norte ou qualquer outro país. O órgão homenageou o
guerrilheiro Che Guevara, elegeu a Síria para seu Comitê de Direitos Humanos e
criou prêmios com o nome dos ditadores do Bahrein e da Guiné Equatorial, cujo
governante Obiang diz que Deus o incitou a matar quem quer que ele deseje.
A Unesco teve nobre missão ao
ser fundada, mas esta ideia foi completamente sequestrada pelas piores tiranias
e adeptos do terror mundial. Já em maio deste ano, aprovou uma aberração para a
história de Jerusalém, capital de Israel, ao declarar que as ações israelenses
alteraram ou pretendem alterar o caráter e o status da Cidade Santa.
A declaração ainda dizia que a
cidade está “ocupada” e que a soberania de Israel sobre a área é “nula e sem
efeito”.
Esta resolução, proposta pela
primeira vez em outubro de 2016, por vários estados majoritários muçulmanos,
criticava as supostas restrições impostas pelo governo israelense aos fiéis
muçulmanos no Monte do Templo, como é conhecido no judaísmo, ou Haram
al-Sharif, como é chamado no Islã. Difícil imaginar que nesta derrotada
iniciativa ainda constava a hipócrita afirmação de que o Muro das Lamentações,
local mais sagrado do judaísmo, deve ser considerado parte do complexo da
mesquita Al-Aqsa, um local administrado pelos muçulmanos e onde existiu o
Grande Templo do Rei Salomão.
Como se não bastasse a heresia
referente a Jerusalém, em julho a Unesco voltou a atacar o sentimento judaico
ao declarar que Hebron, onde está a Tumba dos Patriarcas — que guarda os restos
mortais de Abrão, Isaac e Jacó, Sara, Rebeca e Léa — é um “sítio da herança
palestina”. É de lamentar que uma organização que deveria unir as nações tenha
tomado decisões tão falaciosas e desagregadoras.
Título e Texto: Osias Wurman é cônsul honorário de
Israel, O Globo, 2-11-2017
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