segunda-feira, 13 de novembro de 2017

NYT publica texto de pai negro que pretende ensinar aos filhos a impossibilidade de ter amigos brancos


Rodrigo Constantino

É um espanto! Mas apenas para quem não conhece a esquerda. Para nós, que estudamos a fundo o tema, é apenas a esquerda sendo a esquerda: racista, intolerante, coletivista, odienta. E tudo isso em nome do amor e da tolerância, claro, e publicado num jornal de esquerda que os esquerdistas brasileiros fingem ser imparcial.

Falo de um texto publicado no NYT neste fim de semana, por um Ekow Yankah, que pretende ensinar aos seus filhos como é impossível ter amigos verdadeiros de pele branca. E o autor, que diz transmitir essa lição com o coração partido, que supera seu ódio (sei…), ainda coloca a culpa de tanto racismo em Donald Trump! Isso mesmo: é o presidente o culpado por sua desconfiança generalizada quanto aos brancos. Diz ele, numa tradução livre:

É impossível transmitir a mistura de desgosto e medo que sinto por ele [o filho]. A eleição de Donald Trump deixou claro que vou ensinar a meus meninos a lição de gerações anteriores, uma que eu, em sua maior parte, quase escapei. Eu vou ensiná-los a serem cautelosos, vou ensinar-lhes suspeições, e eu vou ensinar-lhes a desconfiança. Muito mais cedo do que eu pensava que eu faria, eu vou ter que discutir com meus meninos se eles realmente podem ser amigos das pessoas brancas.

A amizade significativa não é apenas um sentimento. Não é simplesmente poder compartilhar uma cerveja. A amizade real é impossível sem a capacidade de confiar nos outros, sem saber que seu bem-estar é importante para eles. O desejo de criar, manter ou exercer o poder sobre outros destrói a possibilidade de amizade. O famoso sonho do Rev. Martin Luther King Jr., das crianças negras e brancas de mãos dadas, era um sonho precisamente porque ele percebeu que, no Alabama, as condições de dominação tornavam impossível a amizade real entre pessoas brancas e negras.

A história proporcionou poucas razões para as pessoas de cor confiarem nas pessoas brancas dessa maneira, e estes últimos meses expuseram o maior desprezo com o qual o país mede o valor das minorias raciais. A América está paralisada na epidemia de opiáceos entre os americanos brancos (que muitas vezes ficam viciados após terem analgésicos prescritos – enquanto os estudos mostram que os médicos prescrevem pouca medicação para dor para afro-americanos). Mas quando as vidas negras são atingidas pelo vício, nós acordamos as comunidades minoritárias com a polícia e jogamos fora uma geração inteira de homens negros e hispânicos.

[…]

Contra nossas esperanças nacionais, vou ensinar meus garotos a ter profundas dúvidas de que a amizade com pessoas brancas é possível. Quando eles perguntam, vou ensinar aos meus filhos que a sua tonalidade bonita é uma linha de falha. Poupe-me de platitudes de como somos todos iguais por dentro. Primeiro tenho que manter meus meninos seguros, e então vou ensiná-los antes que o mundo lhes mostre essa marca particular de traição, violenta, muitas vezes fatal.

[…]

O que é surpreendente é que ainda tenha o coração partido. É apenas para os afro-americanos que cresceram em tal lugar que observar o Sr. Trump é tão desorientador. Para muitas minorias cansadas, o ridículo era pensar que a amizade era possível, em primeiro lugar. Dói apenas se você acreditasse que a amizade poderia superar a barreira racial.

Ou seja, o autor vai ensinar racismo aos seus filhos, e fará isso em nome da sua segurança, culpando Trump pela lição racista. Já eu pretendo ensinar ao Antonio que ele não deve levar em conta a cor da pele, que tal característica é irrelevante perto do caráter das pessoas, como ensinou Martin Luther King, mas que é para ele tomar muito cuidado com esquerdistas em geral, e com coletivistas e racistas de todo tipo. É uma medida de segurança, de pós-conceito contra o preconceito.

Vou ensinar ao meu filho que alguém como Ben Carson, que apoiou a candidatura de Trump, ou que pensadores como Thomas Sowell e Walter Williams, são pessoas admiráveis, enquanto o casal Bill e Hillary Clinton e o especulador bilionário George Sores são figuras execráveis e imorais. Novamente: a cor da pele não importa para medir caráter.

Só mesmo a esquerda tem um salvo-conduto para publicar um texto tão racista e abjeto num jornalzão e ficar por isso mesmo. Alguém consegue imaginar um texto de um branco ensinando seus filhos a não serem amigos de crianças negras?

PS: Stefan Molyneux massacrou os “argumentos” do autor nesse vídeo:


Título, Imagem e Texto: Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo, 13-11-2017 
Marcação: JP

4 comentários:

  1. JOGÁVAMOS FUTEBOL. Ele negro, jogava sempre de pés descalços, não tinha chuteiras ou tênis.
    Ninguém o segurava, era muito bom de futebol.
    Saia de campo com os pés machucados.
    Nunca foi profissional.
    Seu apelido era pé de bolo.
    Não porque jogava de pés descalços, mas porque tinha um pênis grande, que parecia um bolo inglês.
    Estaríamos nós fazendo bullying quando crianças, todos o queriam no time.
    O negrão faleceu, sinto felicidade por telo conhecido e dos tempos que dividíamos o ataque do ORFEU, ali na Coronel Feijó, aos domingos no Campo do colégio do Dom Bosco.
    Não vi na minha infância nada para comparar.
    Tinha meus 15 anos, que os tempos não trazem mais.
    E muita INVEJA da arma calibre ponto 50.
    fui

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    1. Esqueci de um detalhe:
      Pé de bolo nunca foi profissional porque tinha epilepsia.
      fui...

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  2. Luanda, acho que o nome do bairro era São Paulo, eu tinha uns seis anos. Em frente da casa (quer dizer, nós morávamos no anexo) eu passava o dia brincando com uns menininhos de raça/cor negra, na cubata deles.

    Um dia, um deles, me atirou uma lata vazia que fez um corte na minha testa. Minha mãe correu comigo ao colo me levando à farmácia. A cicatriz me acompanhou até à idade adulta. No dia seguinte, retomamos as brincadeiras.

    E porque brincávamos descalços, quando a "prefeitura" estava cavando a vala para colocar os tubos de concreto para a rede de esgoto (não tenho a certeza deste detalhe), na terra angolana, muito vermelha, eu peguei duas vezes 'matacanha' nos pés.

    A vida continuou correndo normalmente... ainda estávamos longe da ascensão da esquerdice bem alimentada, que se especializou em CRIAR e INVENTAR conflitos e antagonismos onde havia a mais normal convivência.

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  3. Tenho netas brancas de olho azul e cabelos louros, e outra de olhos de jaboticaba e pele negra.
    Norte americana uma e Brasileiras outras, todas lindas!
    E se amam , não notam que são diferentes...apenas diferentes!
    Paizote

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