segunda-feira, 6 de novembro de 2017

[O cão tabagista conversou com…] Vitor Grando: “Gente que nunca trabalhou na vida, como Marx e os intelectuais da Escola de Frankfurt, acabam tendo uma visão distorcida da realidade.”

Você gostaria de relevar, acrescentar, fazer algum reparo?
Acrescento que, por fim, ingressei no mestrado. Área de concentração: Lógica e Metafísica.

Mestrado, Doutorado, Pós-Doutorado, o que são, o que significam, o que representam na escala de valores, e para que servem?
Todos esses cursos têm como objetivo a pesquisa acadêmica e se seguem logo após a graduação. À medida que se sucedem, aumenta o nível de especialização na área.

Entendi.
Você pretende subir essa escada?
A pretensão é seguir rumo ao doutorado.

Continua religioso, I presume
A que igreja pertence?
Frequento a Igreja Presbiteriana desde 2010.

Quais as diferenças entre o criacionismo, o evolucionismo e o Design Inteligente?
Criacionismo, grosso modo, é a interpretação das origens da humanidade e da terra que seguem uma interpretação literal do livro do Gênesis. Os criacionistas subdividem-se em criacionistas da terra jovem e da terra antiga. Aqueles defendem que a terra teria não mais do que dez mil anos, estes admitem uma terra de milhões de anos, embora acreditem que a criação da Terra e das espécies se deu por intervenção direta de Deus.

O movimento conhecido como design inteligente defende tão somente que as evidências apontariam que, ao menos em situações pontuais, uma inteligência superior precisou intervir para o desenvolvimento das espécies e suas características fenotípicas. No Brasil, recentemente a Universidade Presbiteriana Mackenzie iniciou uma filial do Instituto Discovery, que promove o DI há anos nos EUA.

O evolucionismo é a ideia de que as espécies hoje existentes evoluíram a partir de espécies mais simples. Essa ideia é quase que uma unanimidade no meio científico. A controvérsia subsiste apenas sobre detalhes da teoria. A unanimidade não é em si argumento à verdade da teoria, mas é suficiente para ser considerada uma teoria sólida.

No que tange às questões sobre religião e ciência, há entendimentos de todos os lados. Embora o criacionismo e também o DI sejam fortemente associados a convicções religiosas, há não poucos religiosos que admitem a teoria da evolução sem maiores problemas, como é o caso de Francis Collins e seu instituto BioLogos.

O criacionismo não parece ter sido uma unanimidade na história da teologia nem mesmo na era pré-Darwin. Agostinho, no século VI, já defendia abertamente uma interpretação não literal de Gênesis e, ainda antes dele, o Bispo Gregório de Nissa já defendia uma espécie de evolucionismo. Mas, evidentemente, não nos termos darwinistas. Gregório usava a distinção aristotélica entre ato e potência e afirmava que a criação das espécies por Deus se deu em potência. A partir disso, sua criação evoluiu até sua forma em ato atual.

O que você pensa sobre esta declaração de Richard Dawkins em janeiro de 2016?

Richard Dawkins
“Escritor ateu reconhece que o cristianismo é a "melhor defesa contra o Islã radical"
“Não há cristãos, até onde eu sei, explodindo prédios. Eu não conheço nenhum ataque suicida cristão. Eu não tenho conhecimento de qualquer denominação cristã majoritária que acredite que a pena para a apostasia é a morte.”

Mas o mais revelador veio a seguir: “Eu tenho sentimentos confusos sobre o declínio do Cristianismo, na medida em que o Cristianismo pode ser um baluarte contra algo pior.”
Senso Incomum, 28-1-2016

Alguém já comparou a Igreja cristã à Arca de Noé: só é possível suportar as circunstâncias da arca devido às circunstâncias catastróficas do lado de fora. O Ocidente adquiriu o estranho costume de odiar as suas origens. Um pensamento ingênuo quanto ao estado natural do homem nos leva a considerar as mazelas da humanidade como algo externo à própria condição humana.

Ora, se nosso estado original é paradisíaco e se o homem é bom por natureza, o mal só pode ser encontrado numa entidade externa. Dessa ingenuidade advém certo ódio ao cristianismo. Ignora-se que a sociedade ocidental - e o cristianismo teve parte nisso - nos ergueu da miséria à glória. Assim, toda mazela precisa ser atribuída a males oriundos da sociedade ocidental. Dada a influência cristã nas nossas origens, o cristianismo é culpado pelo nosso estado não paradisíaco. É uma abordagem paupérrima, extremamente inocente da vida.

Agora, com o advento do islamismo, estamos percebendo que os valores da civilização ocidental foram construídos a duras penas e é exigido esforço para não retornarmos à barbárie. Como pontificou certa feita Ronald Reagan: a liberdade nunca está a mais de uma geração de sua extinção.

O ser humano é naturalmente religioso. O ateísmo é completamente antinatural. Isso é uma realidade observada em todas as culturas e muito bem corroborado por estudos em psicologia evolutiva. A erradicação do cristianismo da Europa gera um vácuo que necessariamente será preenchido por alguma outra força religiosa. O cristianismo é de longe imensamente superior aos valores do Islã. Particularmente, não vejo outra saída a não ser a Europa voltar a amar a essência de suas origens e lutar por preservá-la. Até mesmo Richard Dawkins deixou a sua militância pueril para acordar para essa realidade.

Certo… é uma luta civilizacional ou religiosa?
Não existe civilização sem religião. Subverter a religião fundante da civilização ocidental implicará uma nova forma de sociedade. Seja ela fundada numa forma de religião secular ou no islamismo. Não sabemos o resultado disso no longo prazo. Dada a singularidade da civilização ocidental cristã, é difícil acreditar que daí resultará algo melhor.

Justin Trudeau, PM do Canadá
Está muito difícil! Neste exato momento, enquanto teclo estas palavras, leio este tweet: “No Canadá, bebê terá documento sem identificação de sexo para 'decidir gênero quando crescer'” Este mesmo Canadá, do esquerdista e defensor dos oprimidos, imigrantes, refugiados, lgbtês e et cetera, que vai ‘indenizar’ um ex-terrorista islâmico, réu confesso de um soldado norte-americano, com dez milhões de dólares canadenses!! (link, em francês).

E na França 60% respondem que a religião muçulmana é incompatível com os valores franceses… mas votam no construído Macron!

Tudo isso, acarinhado, alimentado e potenciado pela Esquerda no seu projeto de explodir a família e estourar os valores da civilização ocidental.
Como, pelo menos, resguardar os valores ocidentais?
Se acreditamos nos valores ocidentais, é preciso resgatar os fundamentos desses valores. O Ocidente teve ao longo de século sua estrutura de valores fundamentada especialmente na religião cristã. Aliás, nunca houve cultura cuja moral não estivesse intrinsecamente ligada às determinações divinas. Parece-me bastante claro que, numa concepção materialista, a objetividade dos valores perde o sentido e tudo se torna uma mera construção social ou, mais possivelmente, um fruto do arbitrário processo de seleção natural.

A política atual se resume num conflito entre o ocidente e seus inimigos. É por isso que movimentos tão díspares como o islamismo, o movimento LGBT e feminista são mutuamente condescendentes. Eles se unem em torno de um inimigo em comum, que é o Ocidente. O resgate do apreço pelo fundamento metafísico da cultura ocidental - a fé cristã - é, portanto, condição necessária para a preservação do ocidental. Quer sejamos teístas ou ateus, nossa sociedade repousa sobre uma tradição religiosa e também sobre elementos da filosofia grega, como a Lei Natural e o essencialismo de Aristóteles. Se retirarmos os alicerces, o edifício solapa inevitavelmente. A Bíblia, a Tradição, a Igreja Romana; Aristóteles, Platão e Tomás. Esses são os nossos amigos nesse árduo combate.

Falando para mais de 150 pessoas sobre o que consiste a essência dá fé islâmica. Glória a Deus.
"A liberdade nunca está a mais de uma geração de sua extinção". R. Reagan
“Eles se unem em torno de um inimigo em comum, que é o Ocidente.”
Justamente o Ocidente que lhes garante a voz e a vida. Por que não vão “lutar” na Coreia do Norte, em Cuba, na Arábia Saudita, e em tantos outros países “faróis” da liberdade de expressão e de religião?
Não sei ao certo o que motiva esse ódio ao Ocidente que consegue juntar movimentos tão díspares. Alguma razão, cuja compreensão me foge, fez o Ocidente envergonhar-se de si mesmo. Toda a atividade acadêmica em Humanas no Ocidente parece consistir em manifestação de desapreço por aquilo que somos. A história ocidental é lida com ênfase em suas falhas tornando-as muito mais agudas do que são e uma completa ignorância deliberada das incomparáveis qualidades da sociedade ocidental, possivelmente a única na História onde a mulher, os homossexuais, estrangeiros e minorias religiosas têm amplas possibilidades de ascensão social.

Karl Marx é certamente uma das razões para explicar isso. Ao ler a história à luz da ótica divisiva da luta de classes e o materialismo dialético, segundo o qual a forma de organização da sociedade capitalista implicava todo o conjunto de valores dessa mesma sociedade. A dita sociedade burguesa. Isso é um primeiro passo para considerar todas aquelas instituições tradicionais do ocidental como mero epifenômeno de uma sociedade injusta e, por isso mesmo, igualmente injusta.

A principal instituição representante do Ocidente é certamente a Igreja Romana e o cristianismo. Sob essa última, a Igreja e o cristianismo são mecanismo de subjugação de uma sociedade injusta que precisa ser subvertida. Em Gramsci, há uma inversão da ordem dos fatores e ao invés do ataque à organização do trabalho na sociedade capitalista, ataca-se justamente essa estrutura de valores que, segundo eles, precisa ser subvertida para abrir caminho à revolução.

Se outrora a revolução era armada, agora é estritamente cultural. A retórica da revolução armada está moribunda, mas deu lugar à revolução cultural cujos defensores hoje são os mesmos que sempre defenderam a violência como meio de revolução e ilude os mesmos idiotas úteis. Os objetivos são os mesmos: ampliação do poder estatal.

Marx e Gramsci entenderam que esses valores são fundamentais para o sustento da nossa sociedade. Marx é explícito em defender a "dissolução da família" no Manifesto, porque entendia, corretamente, que ela era a maior adversária ao ímpeto totalitário da Revolução. Não é por acaso, portanto, que a política internacional hoje se resume a sexo: aborto, casamento homossexual, poliamor, feminismo e o absurdo que é a ideologia de gênero são as pautas mais presentes na agenda política mundial. É muito evidente que existe algo de errado nisso tudo.

Toda essa confusão intelectual, mental e valorativa serve para gerar um vácuo de sentido, que é preenchido, evidentemente, pelos revolucionários e suas promessas de utopia. Os seres humanos carecem de sentido metafísico, porque não somos seres meramente materiais. Ao se destruir a estrutura de sentido sobre o qual nossa sociedade está fundamentada, abre-se espaço para uma alternativa. Se houve época em que o questionamento da plena divindade de Cristo motivava acusações de heresia, hoje a heresia é questionar a feminilidade de Pablo Vittar.

Então, sucintamente, imagino estar nisso uma das possíveis explicações para o nosso contexto atual.

Quem é Pablo Vittar?
Não sabe mesmo??

Não, não sei...
É o maior sucesso atual aqui no Brasil:


Não, não é o Ocidente que se envergonha de si mesmo, é a esquerda covarde, que se encastelou nas Universidades, na Imprensa, na ‘Cultura’... que ‘trabalha’ desesperadamente contra o Ocidente e os valores que este representa.
Curiosamente, esses vermes (não consigo encontrar diferente definição), você não os vê, jamais os verá, estabelecidos em países que, esses sim, precisariam muito de ajuda! Até para se alimentar!
Cherterton dizia que o problema de quem não acredita em Deus não é que eles não acreditam em nada, é que acreditam em qualquer coisa. A mente humana foi formada para responder a alguns aspectos da realidade tornando-a predisposta à religião, ao trabalho, à defesa de si e do próximo e dos valores da sua comunidade familiar entre outras coisas fundamentais. Não é à toa que o declínio da religião ocidental coincidiu com o aumento da fé no Estado e nas ideologias seculares, que correspondem exatamente àquilo a que as religiões sempre responderam.

Não há como explicar uma coisa dessas apenas pelo aspecto ideológico, dado que nenhuma ideologia pode ser bem-sucedida se não atender àquilo que o cérebro humano pede.  Gente que nunca trabalhou na vida, como Marx e os intelectuais da Escola de Frankfurt, acabam tendo uma visão distorcida da realidade. Não tendo mais que lutar pelo pão de cada vida, às suas mentes só resta criar moinhos de vento para enfrentar em combates quixotescos. Não é à toa que esse discurso só tem aceitação justamente na classe que não tem com o que se preocupar. Como a mente humana foi feita para o trabalho e a luta pela sobrevivência, a ausência dessa necessidade imposta pela realidade lhes torna propensos para ilusões alternativas.

Então, é a união de uma ideologia que preenche as predisposições da mente humana que, no caso dessa gente, encontra-se sem correspondência na realidade. Daí a necessidade de se criar ilusões.

Essas ilusões parecem lhes cegar para os aspectos mais fundamentais da realidade justamente por roubar da religião aquilo que sempre lhe pertenceu. A diferença é que as religiões em geral, especificamente o cristianismo, sempre insistiram na conexão da mente humana com a realidade, como era o mote da epistemologia medieval: adaequatio intellectus ad rem (a adequação do intelecto à realidade). As ideologias modernas, seguindo o kantismo, romperam a ligação da mente humana com a realidade e toda realidade se reduziu à construção social da mente humana. Isso tudo resulta na sandice que presenciamos hoje no mundo inteiro nas classes "esclarecidas".

Qual a sua opinião sobre as mais recentes iniciativas gramscianas contra a Família, no Brasil?
(‘Exposição’ em Porto Alegre; ‘Arte’ em São Paulo)?
Dez anos atrás ainda era perfeitamente razoável se opor a coisas como o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Aliás, essa era a posição do senso comum inclusive entre muitos homossexuais. Nesse curto período de tempo tornou-se blasfemo defender aquilo que a humanidade em toda a sua história sempre defendeu. Subitamente opor-se a determinada prática sexual tornou-se sinônimo de patologia ou crime de ódio. Não se pode nem mesmo referir-se a um menino por menino sem medo da execração pública. Não importa qual é a sua opinião sobre a questão, mas o fato é que muito claramente essa súbita mudança não pode ser explicada pelo desenvolvimento natural da opinião pública. A coisa é deliberadamente arquitetada por gente poderosa de modo a servir a propósitos políticos. Que outra razão poderia explicar tão súbita mudança de opinião e a redução de toda a política mundial a questões sexuais? que outra razão poderia explicar a conivência desses mesmos com um movimento com a expansão islâmica, que representa justamente a antítese daquilo que eles dizem defender?

Não se trata de nada mais do que a consumação do projeto de poder marxista, que já lá no Manifesto do Partido Comunista propunha a dissolução da família como meio necessário aos seus propósitos políticos. Isso foi ampliado pela Escola de Frankfurt e Herbert Marcuse e, depois do aparente fracasso do marxismo beligerante ao longo do século XX, a esquerda precisou reorientar seus canhões da macropolítica para a micropolítica e daí a recente ênfase no estímulo à ruptura de toda quebra de padrão moral sexual como uma forma de revolução política. Não se falam mais em burgueses vs. proletários, mas em héteros vs. gays, brancos vs. negros, homens vs. mulheres e ultimamente até mesmo magros vs. gordos. Até mesmo crianças estão sendo abusadas por meio da perversa ideologia de gênero de modo a servir com esse projeto de ruptura com a moral cristã ocidental.

Quem faz coro com eles não está servindo às supostas vítimas, mas a um projeto de poder. Ao consideraram toda a ordem de valores da sociedade como não mais do que a opinião da classe dominante, eles estão reduzindo a Realidade a uma mera convenção burguesa; ao proporem subvertê-la, encantam-se pela proposta da Serpente: "Sereis como Deus". Daí a Queda é iminente.


Obrigado, Vitor!

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Conversas anteriores:

9 comentários:

  1. Meus parabéns!
    Principalmente pela busca incessante do saber.

    Paizote

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  2. JUSTIN TRUDEAU É UM IMBECIL HOLOCAU$TIZADO E IDIOTA LIBERASTA-DEGENERADO! NA VERDADE UM VERDADEIRO PORCO DEMOCRATA!

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  3. OS ESCRAVOCRATAS USAM QUANTAS PALAVRAS PODEM PARA DESVIAR AS SUAS VÍTIMAS DO ASSUNTO CENTRAL DE TODOS OS TEMPOS - Nunca houve "esquerdas", "direitas", "ateus" contra "religiosos", "luta de classes", etc. Vem desde as Cavernas um Sistema de "escravagistas" lutando desesperadamente para impedir que o Homem consiga ser livre.

    Nesta época de abertura de processos de comunicação e busca de informação, deu o Desespero Total na CASA GRANDE DAS SENZALAS UNIFICANDO-SE.

    Já haviam acreditado que o SONHO AMERICANO ESTAVA MORTO. A eleição de Trump, Vladimir Putin expulsar os Rothschilds da Rússia, Soros expulso da Áustria, e outros avisos contra os terroristas, são atos que os estatizantes burocratizantes não esperavam. Agora jogam tudo para destruir o próprio ser humano... Mas, nunca perceberam que um nível invisível está observando bem de perto para passar-lhes algemas de fogo quando decidirem.
    Leiam mais no meu BLOG - http://www.mariosanchezs.blogspot.com.br
    Mário Sanchez

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  4. O Saber é diário, a busca é relevante e mais ainda quando Acadêmica!
    Parabéns!
    A maior herança deixada pelos Pais, é a Formação de seus Filhos!
    Abs,
    Heitor Volkart

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  5. Excelente entrevista ! O participante escolhido demonstra conhecimento aprofundado na matéria . Parabéns !
    Destacamos a frase : '...A coisa é deliberadamente arquitetada por gente poderosa de modo a servir a propósitos políticos".
    O mundo globalizado misturou tudo e afastou pessoas. O fanatismo crescente vem dominando . aos poucos, muitos povos, em especial aqueles sem perspectiva de um futuro melhor e promissor; isso vem repercutindo nos mais jovens e desesperançados. Entretanto o pior extremismo vem do fanático religioso, aquele que acredita que a verdade absoluta reside naquele dogma , naquele paradigma. As demais crenças precisam "desaparecer" da face da terra , pois não se aproximam da verdade divina . Futebol, religião e música são assuntos que não devem ser discutidos , apenas com troca de ideias.
    "Presunção em água benta, cada um toma a que quer" , dizia minha sábia mãe.
    E seja qual for a crença, o estudo, a doutrina , é a fé que deve ser inabalável. Fazer e desejar ao outro aquilo que gostaríamos que nos fizessem.
    Pela complexidade do núcleo acadêmico apresentado na entrevista , por aqui ficamos . Desejamos que o entrevistado siga perseguindo os grandes valores da humanidade, edificando templos de sabedoria nas masmorras do vício .
    Grande abraço.

    Sidnei

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  6. Só posso parabenizar o Vitor pela empolgação nos estudos da Filosofia e faço votos que galgue todos os estágios acadêmicos... Pelo que senti, Vitor se dedica ao estudo das religiões num viés filosófico e adota a prática da moral cristã de vida. Nada mais louvável e natural, uma vez que a cultura ocidental está toda ela perpassada pela cultura e moral cristã. Mesmo os que se declaram ateus por aqui respiram esta cultura e, de certo modo, são movidos por ela para exercer com mais desenvoltura sua “religião” ateia, porque o ar do cristianismo tem o perfume do amor e tolerância. Mas, não me sinto à vontade em proclamar que o único caminho de levar uma vida de moralidade provenha de raízes religiosas; aqui no ocidente, do cristianismo. O ateísmo está se disseminando cada vez mais na face da terra, principalmente com o iluminismo do sec XVIII. E não me parece que ocorra distúrbios sociais por parte de ateus em nome de seu ATHEOS, ao contrário do que se vê nas religiões constituídas para impor o seu THEOS como fonte de toda moralidade, mas que no fundo é apenas o reflexo dos donos ou dirigentes das ditas religiões. Se o ser humano por natureza é religioso e necessita de se apegar a um poder transcendente, é porque se sente fraco e inseguro perante as vicissitudes da vida e se agarra a um Ente como o Ser perfeitíssimo a ser imitado e, assim, assegurar-lhe uma vida suportável e, ademais, a bem-aventurança eterna pós-morte. O ateu tem como Deus a razão, a consciência do certo e errado, é ela que dita as regras da moralidade. O pós-morte para ele não existe. Portanto, todas as mazelas vigentes e incongruências da vida que a humanidade participa faz parte da dinâmica da natureza humana. O negócio é deixar seguir o seu curso. O sim sempre será negado pelo não para transformá-lo num sim renovado que por sua vez será novamente negado... e, assim, la nave va... Um grande abraço Grando, gostei da tua entrevista e parabéns ao pai orgulhoso!
    Valdemar

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