Roberto Rachewsky
A educação nos Estados Unidos
diz que, em escadas rolantes, quem não quer caminhar pelos degraus deve abrir
caminho para quem quer. Quem fica parado, posiciona-se junto ao corrimão do
lado direito. Em esteiras rolantes, dessas que se vê nos aeroportos, o
procedimento é o mesmo.
A compreensão do quanto é
irracional e descortês o descaso com os outros ao se impedir alguém de seguir o
seu caminho livremente é uma das mais básicas lições do capitalismo. Já no
Brasil, as pessoas não têm a menor noção disso. Bem, se até mesmo nas calçadas
elas tomam conta, impedindo que o trânsito de pedestres flua normalmente,
imagina naquele negócio que transporta gente onde ficam estáticas como se
fossem sacos de batatas. Um hábito tão horrível quanto furar a fila é essa
mania de “fincar pé”, obstruindo o caminho que deveria ser livre para as
pessoas apressadas não perderem tempo com quem não respeita a liberdade alheia.
Solidariedade para o americano
não é só dar o que alguém não tem. Mais importante do que isso é não criar
dificuldades que resultarão em desperdício do que os outros têm e não querem
abrir mão porque um moscão qualquer resolveu ficar no seu caminho.
Liberdade e tempo são bens
preciosos demais para se jogar fora. Afinal, a perda de tempo e a falta de
liberdade fazem nossa vida mais curta. Tem lei dizendo que esse deve ser o
comportamento das pessoas? Claro que não. Existe a consciência do que é certo e
que o certo deve ser feito.
Para impedir o caminho dos
indivíduos que querem aproveitar sua vida e seu tempo exercendo sua liberdade
já existem os políticos e burocratas do governo. Esses não têm a menor
consideração por ninguém a não ser para atrapalhar e desperdiçar o tempo e a
vida dos outros.
Título, Imagem e Texto: Roberto Rachewsky, Instituto Liberal, 10-1-2018
Adorei seu posicionamento em relação a falta de consciência de alguns ao desrespeitar o direito do próximo de se locomover livremente nas escadas rolantes. Já fui vítima de uma agressão verbal de um jovem que mantinha um carrinho de supermercado atravessado no Sans Club, impedindo minha passagem. Pior é que eu nem havia falado nada, apenas balancei a cabeça em sinal de reprovação, pois estava com pressa. Uma pena que isso ocorra, pessoas cultas, porém totalmente ignorantes no trato com as pessoas.
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