Helena Matos
Vale a pena ler este decálogo de 19 pontos (antigamente os decálogos tinham
dez pontos, agora as contas devem ser outras) publicado na revista de um
sindicato espanhol que entre outras coisas propõe “Prohibir el fútbol en los patios de recreo.” e ”Eliminar libros escritos por autores
machistas y misóginos entre las posibles lecturas obligatorias para el
alumnado. Ejemplos de libros y/o autores machistas a eliminar de los temarios:
Pablo Neruda (Veinte poemas de amor y una canción desesperada), Arturo Pérez
Reverte y Javier Marías (cualquiera de sus libros).” …
Não, as criaturas que escrevem
isto não são malucas nem excêntricas. O que está por trás da presente onda dita
femenista é tão só o ódio do costume ao ocidente, ao capitalismo e ao
pluralismo político.
Agora são feministas, amanhã podem ser animalistas, depois de amanhã nativistas…
Tudo leva ao mesmo: o ódio à nossa forma de vida.
Como de costume as criaturas
investem chamando nomes a torto e a direito. Mal apodam alguém esse alguém
torna-se um pestífero. À cautela os demais dizem que sim, realmente, pois
também…
As criaturas rejubilam e
continuam. Exigem que os professores e juízes tenham formação em feminismo. Que
as empresas criem planos de igualdade. Que se patrocinem programas ditos
feministas… Com elas, as criaturas, a avaliar. A julgar. A condenar. Continuem
a achar que isto não vos toca e um dia vão descobrir que elas já vos
descobriram.
Título e Texto: Helena Matos, Blasfémias,
13-3-201
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