Claudio José Miranda
A esquerda autocrática
marxista costuma se apresentar como a grande defensora da igualdade e dos
direitos humanos. Mas, na realidade, isto é uma grande mentira, pois para esta
esquerda autocrática alguns são 'mais iguais' do que outros, assim como alguns
humanos são 'mais humanos' do que outros.
E quem seriam estes 'mais
iguais' e 'mais humanos', portanto, superiores e com mais direitos de que todos
os outros?
São os revolucionários, os
ativistas sociais, os militantes do partido e os autoproclamados representantes
dos chamados grupos identitários ou minorias (mulheres, negros, gays, etc.).
Só estes têm a Verdade, ou o
lugar da Verdade.
Só estes sabem o que é certo e
o que é melhor para os trabalhadores, para o povo e para os grupos que eles supostamente
representam.
Só estes têm o direito de
influenciar, comandar e exercer o poder (econômico, político, cultural e
simbólico).
Só estes têm o direito de
emitir opinião em função da ideologia e do lugar que ocupam.
Cabe a todos os outros ouvirem
calados, aceitarem e obedecerem para não serem tachados de alienados ou de
inimigos do povo, reacionários ou fascistas.
Ou seja, todos são iguais e têm
direitos, mas uns são 'mais iguais' e têm mais direitos do que os outros.
Colocando de outra forma,
apesar desta esquerda autocrática dizer que defende uma sociedade igualitária,
na realidade, para estes a humanidade se divide em quatro categorias de
pessoas:
1) A elite superior, que são os dirigentes partidários,
intelectuais marxistas e altos funcionários estatais.
2) Os servos voluntários desta elite que são os militantes e
ativistas.
3) A 'massa atrasada' ou alienada que precisa ser dirigida e
doutrinada pela elite e seus servos.
4) Os 'inimigos do povo' (ou 'reacionários' ou 'fascistas') que são
todos aqueles que ousam questionar a dominação desta elite e que, portanto,
devem ser calados ou eliminados.
Eis a verdadeira face da
'igualdade' que esta esquerda autocrática defende.
No nacional-socialismo dos
nazistas havia uma raça superior – a ariana – e uma raça inferior – os judeus –
que deveriam ser calados ou eliminados.
No internacional-socialismo
dos marxistas há um grupo social superior – os revolucionários – e há um grupo
social inferior – os 'inimigos do povo' (na realidade, inimigos desta elite
dominante que se diz representante do povo) que também devem ser calados ou
eliminados. E ainda tem gente que acha que nazismo e socialismo marxista são
coisas diferentes! As referências e símbolos são diferentes, mas a lógica
fascista e autocrática é a mesma.
Título e Texto: Claudio José Miranda, Facebook,
4-4-2018
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