sábado, 7 de abril de 2018

[Para que servem as borboletas?] Cultive a alegria, se possível!

Valdemar Habitzreuter

(se Lula fosse espinosista, não estaria nesta situação)...

Se você agora se sente alegre porque Lula vai ser encarcerado, cuidado! Pode ser um sentimento de vingança, e vingança é uma emoção negativa, destruidora da verdadeira alegria.

É bom termos sempre em mente que nossas emoções – alegres ou tristes – fazem parte da natureza humana. As alegres nos empoderam na luta pela vida, as tristes nos enfraquecem. Nesse sentido, a busca e perseguição da alegria deve ser o leitmotiv de nossa vida. Quando notamos que uma causa do exterior nos afeta negativamente, a que sejamos alegres, é necessário encontrar um meio de tirá-la do caminho, pois a sua persistência afeta nosso poder de luta e podemos afundar em depressão psíquica e paralelamente afetar a saúde do corpo. Lula, ao longo de sua vida, não deve ter perseguido a verdadeira alegria da vida em suas falcatruas, deve estar dominado agora pela depressão, deveria procurar as causas que o deixam assim triste.

Tudo faz parte da Natureza. A Natureza é um órgão vivo onde as coisas brotam, vicejam e duram finitamente como modos dela se apresentar. Em termos espinosanos, a Natureza é o que de único existe, ou seja, é a Substância única que se manifesta paralelamente como mente e extensão. É o Ser Absoluto em constante movimento de criação onde o ser humano, um composto de mente e corpo, participa ativamente. Assim, sem dúvida, as emoções humanas são geometricamente delineadas dentro desse universo substancial. Elas palpitam no ser humano e regem sua vida, e o que se faz necessário é adquirir o conhecimento adequado para gerir essas emoções.

“Conhecer-se a si mesmo” já era um lema, desde a antiguidade filosófica grega, para uma vida feliz.

Avançar gradualmente em conhecimento é o que torna o ser humano apto a conhecer-se e consequentemente dedicar-se na obtenção de uma vida alegre e feliz. O conhecimento pelo qual geralmente nos deixamos levar é o conhecimento opinativo ou imaginativo: opinamos e imaginamos que assim seja e ponto final; não procuramos as causas de compreender tal ou tal fato, simplesmente nos convencemos segundo as opiniões próprias e alheias e porque assim o imaginamos. Neste grau de conhecimento suscita-se muitas confusões e superstições que podem nos transmitir medos, obscuridades, incertezas e sofrimentos. Quem se emociona com os discursos do Lula e toma como verdade suas mentiras, está inserido nesse contexto do conhecimento primário e aceita, sem analisar racionalmente em profundidade, suas opiniões e devaneios mirabolantes. O resultado pode ser desastroso, como está sendo aos militantes petistas – tristes e inconformados...

Mas podemos ultrapassar este tipo de conhecimento primário e avançar para o conhecimento racional. Este sim nos coloca no caminho do que é conveniente acreditar e deixar-nos na trilha da vida mais condizente, promissora e alegre. Se você demonstra alegria porque o Lula foi preso, coloque-se no lugar dele e verifique se o sentimento da tristeza em ti abafaria o da alegria; porque, na tristeza, temos que saber a causa de ela estar presente e ter a vontade firme de espantá-la para não ficarmos refém dela. Portanto, mesmo numa prisão podemos cultivar a alegria se formos racionais. A alegria, muitas vezes também, precisa passar pelo purgatório; isto é, purgar os pecados passados para pautar-se racionalmente por uma nova vida.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 7-4-2018

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