O patamar de violência que a
criminalidade armada implantou em nosso território, chegou a nível tão alto,
que se tornou banal vermos na mídia o relato de uma chacina semanal com cinco
ou seis cadáveres. E ainda somos capazes de ouvirmos um nativo dizer: “ainda
bem que não foram doze pessoas!”.
O pior desta banalidade, que
vai solidificando nosso estado de letargia que nos demove da ideia de reagir
contra este absurdo, é acompanharmos os repórteres (principalmente de TV) no
dia seguinte desenvolvendo a matéria ao vivo, junto à família que perdeu um
ente querido e encontra-se num estado de desespero inapropriado para
“depoimentos” à imprensa.
Perguntas (inadequadas e
constantes) à viúva da vez:
- Como a família está reagindo
neste momento de dor?
- O que os filhos estão
sentindo com a ausência do pai?
- O que vocês pretendem fazer
daqui em diante?
- Seu marido vinha sofrendo ameaças
por parte de alguém?
Não vou citar outras que fazem
parte deste elenco pobre que consta do roteiro padronizado. Vou apenas sugerir
UMA única pergunta (a ser feita com veemência) dirigida à ”ortoridade” maior
logo após qualquer fato trágico que nos espreita diariamente.
- USANDO O ABSURDO MONTANTE
RESULTANTE DE NOSSOS IMPOSTOS, O QUE VOCÊS FARÃO PARA REDUZIR 95% DESTAS
TRAGÉDIAS EM SEIS MESES?
Título e Texto: Haroldo Barboza, 6-6-2018
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