terça-feira, 12 de junho de 2018

[Aparecido rasga o verbo] Pequena incursão nas tocas e covis dos leões – Parte 2 (Final)

Aparecido Raimundo de Souza

COMO DISSEMOS NO FINAL DO texto anterior publicado por esta Revista em data de 9 de junho deste, daremos continuidade ao nosso passeio pelas figuras que enlamearam o mundo com seus sonhos loucos e tenebrosos em desfavor da comunidade em que viveram. Visitaremos agora Taylor, Pol Pot, Jorge Rafael Videla, Joseph Stalin, “Coronel Morte” e Hadji Mohamed Suharto. Concluiremos nosso trabalho lembrando um pouquinho de Hiroshima e Nagasaki, cidades do Japão que foram igualmente devastadas pela explosão da bomba atômica nos idos de...

O primeiro da lista é o ex-líder da Frente Nacional Patriótica de libertação da Libéria, conhecido por Taylor. Na verdade, Charles Taylor, nascido em Arthington, na Libéria em 28 de janeiro de 1948. Comandou os exércitos rebeldes na guerra civil de 1989 a 1977 e se tornou depois, presidente desse país, entre 1977 a 2003. Foi julgado pela participação da guerra civil de 1996 a 2002, acusado de comandar os rebeldes e furiosos da Frente Revolucionária Unida de Serra Leoa, fornecendo armas e munições em troca de diamantes.

Indiciado por onze crimes contra a humanidade e diversas violações dos direitos humanos, se viu reprochado pelo juiz Richard Lussick a 50 anos de prisão. Esse magistrado Imputou a sua listinha de selvagerias, entre outras sevícias, igualmente a condenação por mutilar civis e obrigar mulheres e meninas de 8 a 15 anos à prostituição. Caiu também sobre seus costados, sanções (nada a ver com o Sansão, de Dalila) idênticas por sequestros de adultos e crianças para trabalhos forçados. A guerra civil de Serra Leoa, entre 1991 e 2002, teve um espantoso total de setenta e cinco mil óbitos registrados.

Vejamos agora o odioso e espalhafatoso Pol Pot, ou Minh Hai. Gostava essa criatura, de falar “hai”, por qualquer coisa e, de fato, o todo tempo, soltava seus “hais” chegando a irritar quem estivesse ao lado. Seu nome verdadeiro, Saloth Sar (tinha horror a salas pequenas e principalmente a Sar.  Por isso, só usava ervas finas como tempero para seus pratos prediletos). Nasceu aos 19 de maio de 1925. Estudou num mosteiro “bundista”, entretanto, não há relatos de que tenha dado o traseiro. Especializado em fabricar dentaduras numa fabriqueta de fundo de quintal, ganhou um bom dinheiro vendendo dentes postiços a seus inimigos mais próximos. Perdão, senhoras e senhores. Na verdade, Pot se especializou em ditadura.

Logo, por consequência, virou ditador. Como tal, na Camboja, como líder do Khmer Vermelho, veio a ser o maior revolucionário comunista. Organizou um sangrento crime entre os anos de 1975 a 1979, levando a morte mais ou menos dois milhões de terráqueos. Uma bagatela. Autor de um dos maiores genocídios (assassinatos em grande escala) mandava para debaixo da terra até quem chegava atrasado ao trabalho, alegando traição. Em 1979, depois de ter desumanizado a Camboja até dizer chega, o país foi invadido pelo Vietnã.

Pot em vista desse fato inesperado (com medo de quebrar o pot) fugiu com seus assessores da cúpula para as florestas, enquanto outros babacas e cheira colhões seguiram lutando para permanecer no comando do país. Em 1998, outro bastardo, conhecido como Ta Mok (por sinal pior e mais carniceiro que Pol Pot) ameaçou entregá-lo aos Estados Unidos para ser julgado.

Em decorrência de mais esse inesperado, Pol sofreu uma porrada cardíaca, e pollll... deixou de respirar. Entretanto, segundo seus biógrafos, o vagabundo partiu em 15 de abril de 1998 para os braços do Capeta com suspeita de ter sido envenenado. Dizem as más línguas, pela galera do PT (Partido dos Trambiqueiros) que já naqueles idos, preparava a cama para os “dezenove dedos” de São Bernardo do Campo “entrar em cena”.

A próxima personalidade é um camarada muitíssimo “gente fina”. Jorge Rafael Videla. Para os amigos mais chegados, Videlinha ou Jorginho Redondo. Ex-militar, ocupou a presidência da Argentina, entre 1976 e 1981. Chegou ao poder com um golpe de estado, que depôs a presidente Maria Estela Martínez de Perón com uma cruel dentada (desta vez, não de dentadura, mas de ditadura mesmo). Ele não fazia parte dos “G8” da listinha de Michel Jackson Temer.

Teria afastado, se conhecesse nosso Michelzinho, a Mariazinha Estela com uma única pernada. Redondo foi o ditador mais severo e atroz de todos os tempos, pelo menos na América do Sul entre os anos de 1976 e 1983. Embora a sua ditadura tenha sido curta, veio a ser a que mais matou seres humanos. Sua folha corrida de mortes chegou à soma de cinquenta mil. Seu tempo no poder se agigantou por sérias e descomedidas violações aos direitos humanos e conflitos na fronteira com o Chile.

Segundo historiadores, a democracia “ente aspas” voltou a ser restaurada na Argentina somente em 1983. Em 2010 Jorginho, ou melhor, Redondo, ganhou de presente, por suas façanhas, a prisão perpétua. Sua patente de militar destruída, rasgada, por Dias Toffoli e pela galera do tocador de Viola, ou Roberto Eduardo, que o sucedeu no poder.  Redondo só não saiu da cadeia em face de não conhecer pessoalmente, na época, o ministrinho “soltador” de bandidos, Gilmar Mendes. Por essa razão fodeu-se de verde amarelo em 17 de maio de 2013, aos 87 anos.

Como é do saber geral, ou pelo menos deveria ser no final da Segunda Guerra Mundial, Hiroshima, cortada pelo rio Ota (de otário) e Nagasaki (cuja tradução seria “Capa longa”) na ilha de Kyushu, sofreram ataques nucleares encabeçadas pela Força Aérea dos Estados Unidos da América. Quem deu a ordem? O então presidente americano, Harry S. Truman (nada a ver com o atual pato Donald Trump), nos distantes idos de 1945, ou seja, há exatos setenta e três anos passados. Esse bombardeio, que durou seis meses, atingiu sessenta e sete cidades japonesas.

A bomba atômica “Little Boy” (em português “Além do impossível”) caiu sobre Hiroshima, devastando-a inteiramente. Realmente, foi uma agressão além do impossível. Três dias depois, a “Fat Man” (ou “Homem gordo”) se espedaçou sobre a Capa longa, Nagasaki, que apesar de longa, não serviu para porra nenhuma. Imaginem o tamanho da criança! E ainda por cima paquidermiada de banha de porco. Brincadeiras à parte, esse veio ser senhoras e senhores o primeiro massacre sobre uma população com armas nucleares.  Total de cadáveres e mutilados. Cento e quarenta mil em Hiroshima e oitenta mil em Nagasaki.

Evidentemente esses números aumentaram posteriormente, em decorrência da exposição à radiação sofrida pelas pessoas (ou o que restou delas) em ambas as metrópoles. O Japão se rendeu em 15 de agosto de 1945, quando se deu o fim da Segunda Guerra Mundial.

Passemos a outro. Agora, Stalin. Aos 21 de dezembro de 1878, nasceu Ioseb Besariones Dze Dijughashvili ou Josef Stalin (nome fictício usado a partir de 1913, por ocasião da sua deportação para a Sibéria). Stalin, em 1922, passou a secretário geral do Partido Comunista da União Soviética. Dois anos depois galgou a cadeira de chefe supremo e ditador, com o falecimento de Vladimir Ilyich Lênin. Stalin governou seu país com mãos de ferro, o que o permitiu omitir uma série de mortes durante a sua liderança.

Somente após sua morte, em 1953, vieram à tona esses horrores praticados por ele. Uma conta estratosférica na casa de um milhão de pessoas, seres que foram executados por “supostas ofensas políticas” nunca provadas e outros dez milhões deportados, seguidos de dezoito milhões enviados para Gulang, província de Gansu, sem contar, em paralelo, numa leva enorme que obtuou em decorrência de maus tratos, fome e sede. Ao todo, quase vinte milhões seguidos de um número indefinido do exercito vermelho comandado por ele. Os restos mortais de Stalin, não pararam, nem foram afogados em Gansu, ao contrário do que se fala. Seus despojos se encontram enterrados próximos aos muros do Kremlin, onde permanecem até nossos dias.

Vejamos na sequência o “Coronel Morte”, como ficou conhecido, na ocasião. Esse pária, nascido em 16 de agosto de 1941, se chamava Théoneste Bagosora. De fato, como seu nome de batismo deixou claro, “bagosou”, ou (‘bagunçou’) a seu bel prazer e sanha. Quando se viu no controle do Ministério da Defesa, em Tutsi, na Ruanda, danou a matar. E não parou mais. Se tornou, também, escudado nesse patronímico meio abichado, um genocida famoso. Afirmam os escritores, ser esse crápula, o responsável pela morte de quinhentos mil tutsis e outros milhares de hutus, totalizando oitocentos mil chacinados.  

Tais confrontos obrigaram as pessoas dessas duas etnias a fugirem para nações vizinhas, levando, com isso, novos desentendimentos e fervedouros com esses povos. “Coronel Morte” se viu encanado em 1996 e condenado em 2008 (seus defensores, os mesmos de Lula, enrolaram o processo 12 anos). Todavia, apesar de toda essa procrastinação, “Morte” com o “Coronel” à tira colo, pegou prisão perpétua pelo Tribunal Penal Internacional para Ruanda (ICTR) pelas suas façanhas contrárias aos princípios norteadores da humanidade.

Encerramos nosso humilde trabalho, com a figura querida de Hadji Mohamed Suharto (aquele que suava alto). E por suar tanto, notadamente debaixo dos sovacos, deu vida e forma ao famoso “Genocídio dos suados”, mandando para a vala comum, setecentos e cinquenta mil pessoas. Isso em 1965. Com o apoio da CIA, ou (Companhia dos Imbecis Assassinos), acompanhou pessoalmente o massacre de democratas e comunistas indonésios, o que forçou a estabilidade no arquipélago indonésio diminuindo, todavia, os dissidentes políticos (que dissidiam) e separatistas regionais (que separavam).

Nesse pé sem sapato, enquanto o destino da Indonésia estava nas mãos de Suharto, a política econômica cresceu.  Hadji enriqueceu além da conta, chegou a ser um dos sócios da Friboi, o que o fez ter a ideia de criar grupos de privilegiados. Entre eles, Michel Jackson Temer, Dilma Rouboussett, Eduardo Cunha, Antonio Palocci, Dourado, Branislav Kontic, etc. etc.

Suharto implementou estatais como a JBS, a Petrobosta, e subsidiou uma porrada de outros esquemas ilícitos. Bateu as botas aos 86 anos, em 1986 e repousa, agora, sem suar, ou sem transpirar em terras de Astana Giribangun (não confundam com Bangu Um). Astana até prova em contrario está situada na pacata e bucólica Indonésia, país este, incrustrado entre o sudeste asiático e a Austrália.

Terminamos nosso passeio em torno dessas criaturas que, diga-se, de passagem, perto de nossos ladrões atuais (tirando as mortes) são fichinhas. Dito de outra forma. Homens comédias. Palhaços. Bufões. Girofales, Chaves. Pois bem, senhoras e senhores. Em brazzila (grafada assim mesmo) temos um bando de bananas e bocós. Em todos os seguimentos do PODER.

Contudo, no sentido “morte”, propriamente dito, ou dita, apesar desses pilantras todos não terem cometidos às atrocidades dos acima citados, esses vermes, esses cânceres, esses vigaristas nos matam aos poucos, nos liquidam lentamente, nos mandam para as valas, aos milhões, numa espécie de genocídio diário anunciado, eterno, seja tirando nossos direitos à saúde, à segurança, à educação, enfim, amadas e amados, a um bom e acurado estado de vida feliz.  E ainda tem gente por aí e “pela aí”, que se considera FELIZ. Vamos rir? Faz bem. Kikikikikiki...
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista.  Do Rio de Janeiro. 12-6-2018

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Um comentário:

  1. Deverias fazer e uma lista com os assassinos comunistas "guerrilheiros" dos montoneiros e da "tchurma" de Marighela, Dilma ,Genoíno e outros criminosos "humanistas" que frente deles, Videla não passa de um Amador!!

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