Helena Matos
Vê-se mesmo que estão mal
habituados. Há anos que em apresentações de livros e debates aturo gente a cantar
a Grândola, a dizerem que têm fome e a darem vivas à revolução. Tanto
quanto me recordo até se achavam naturalíssimas essas performances. Eram as
grandoladas. O Henrique Raposo até teve direito a atuações especiais. E os
jornais dividiram-se, claro: “Apresentação do livro Alentejo Prometido foi uma espécie de corolário de uma polémica sobre identidades regionais, redes sociais e liberdade de expressão. Cante Alentejano interrompe evento e palmas distribuíram-se pelos músicos e pelo autor”.
Estranhamente no caso do
debate sobre ativismo organizado pela Tinta-da-China houve logo queixas e
pedidos de desculpa. Estou em crer que se a senhora tivesse cantado a
“Grândola” nada disto tinha acontecido. É que há interrupções e
interrupções.
Título e Texto: Helena Matos, Blasfémias, 4-6-2018
Título e Texto: Helena Matos, Blasfémias, 4-6-2018
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