Aparecido
Raimundo de Souza
O
BRASIL (perdão, senhoras e senhores) o BRAZZIL é o único país do mundo (país?!)
que tem um candidato a presidente preso por mais de dez crimes de corrupção
passiva e quarenta e quatro por lavagem de dinheiro. Além de salafrário, esse
vigarista de mão cheia gosta de promover badernas, dar tiros a torto e a
direito em sua própria caravana de companheiros e companheiras, unicamente para
posar de vítima e, coitadinho, numa tentativa vã e frustrada de mostrar à
corriola que o venera, ser um perseguido e martirizado por correntes contrárias
às suas sandices e boçalidades.
Na mesma mordida da fruta estragada, é
o único país (seria melhor chamarmos de estrebaria) é a única estrebaria (ou
cocheira) que teve um ex-chefe de estado condenado à bagatela de doze anos e um
mês de cadeia e, como se não fosse pouco, fez o juiz que o condenou a ver o sol
nascer quadrado, de palhaço. Sergio Moro virou, de repente, um Patati dentro de
um Patatá que até hoje não ficou claramente comprovado como manda o figurino.
Recordam do dia da prisão cinematográfica do marido da dona Marisa Letícia
falecida em 3 de fevereiro de 2017? Ele mesmo. Apesar dessas proibiçõezinhas e
achincalhices, esse cancro petista persiste indefectível.
Por conseguinte, insiste, teima,
persevera e opressa. Quer concorrer à presidência de república. Como a nossa
justiça é cega e, além de obnubilada, tem a garganta larga e a bunda arrombada,
adora dinheiro (e muito), aceita tudo numa boa. Se vende, se curva, se dobra,
se entrega, se aliena. O país que se abdica de seus princípios morais, não é um
país, é um moquifeiro disfarçado de puteiro da pior espécie.
Voltando ao foco, a desgraça a qual
fazemos referência, não é outra senão o funbático (e por que não fanático,
lunático, desmiolado e atoleimado?) senhor Luiz Inácio Lula da Silva. Essa
maldição dos infernos quer voltar, por tudo quanto é sagrado, a sentar o
fedegoso sujo nas cadeiras dos palácios da Alvorada e do Planalto, além de
emporcalhar mais do que estamos cansados de ver borrado, o Palácio do Janucu. Sempre
que mencionamos esse cortelho alertamos às pessoas (as de caráter e vergonha na
cara, obviamente), para que não confundam com o Jaburu.
Devemos deixar pontilhado, que a nossa
república, ou melhor, a nossa republiqueta se distingue ou se desassemelha das
demais, mundo a fora, por ser exatamente uma “forma de governo” disforme,
monstruosa e defeituosa. Uma fachada de chefatura de bosta. Ou seja, o Brazzil
nasceu na merda. E, como tal, cheira literalmente a excremento. Prevalece nesse
quadrante de salafrários e vigaristas, uma espécie de pileque egoísta, onde o
narcisismo de ignorar o que é certo dá as cartas e dita às normas a serem
seguidas. Ai daquele filho de asno que não defeque (ou cague) um quilo certo.
Ainda nessa ótica, o Brazzil é o único
país do mundo que teve um presidente de dezenove dedos e mais que isso,
extremamente contumaz na arte da mentira, da patranha, do embuste, usque a
diplomação em grau superior de cachaceiro de mão cheia. O termo “cachaceiro”
senhoras e senhores, entendemos pegar um tanto quanto destoado para um
ex-presidente. Afinal de contas, não é qualquer borra bunda que alcança esse
soberbo e faustoso posto. Mudemos, pois, para uma definição mais branda, mais
amena, mais cálida. Alcóolatra. Também é a única nação que tem o maior número
de ratos de esgotos no Congresso e no Senado. Na Câmara são 513 roedores. No
senado, 81.
O Brazzil é mais: se vangloria em ser o
único torrão habitado do planeta que possui um Supremo Tribunal Federal (STF
conhecido “pela aí” como Supremo Tribunal das Falcatruas) abarrotado de vermes
os mais diferentes e perigosos. Para não passarmos em brancas nuvens,
lembramos, até o momento, não apareceu nenhum cientista que criasse um antídoto
incisivo e mordaz que combatesse com eficácia terminante esses cancros
incuráveis.
Quem sabe, se pedíssemos ajuda ao
Professor Pardal, ou ao criador dele, Carl Bark, conseguíssemos erradicar essas
lombrigas repelentes e crapulosas que servem apenas e tão somente para
destruírem os poucos anos de vida que temos para vivermos com honra, cabeça
erguida e dignidade.
O Brazzil, quadro sistêmico geral, é um
lixo dentro do luxo que vem do que restou da Capital Federal. Aliás, prezados,
ratificando: Capital que Fedemal. E como fede! A cidade de Juscelino
Kubitschek, desde a sua fundação, em 1960, se transformou e se popularizou como
um dos maiores antros de prostitutarializados que se têm notícia. Nela abundam
figuras sórdidas e vulgares. Brazzilia virou terra de ninguém, pasto de bois e
vacas soltas, num babilônico “salve-se quem puder”.
Aterro de indignos e repelentes que
deveriam, a nosso entendimento, estar queimando os ossos num caldeirão nos
confins do inferno. A Capital do Brazzil
cheira a perfume de terceira, a essência barata, a bálsamo estagnado produzido
por óleos desconhecidos, águas poluídas e não deionizadas, acrescidas de
propilenogricol falsificado e outras misturas anônimas e forasteiras.
Todavia, apesar dos pesares, tem gente
que acredita piamente que o gigante esplêndido ainda saia inteiro e sem
sequelas do seu mal de Parkinson. São esses Parkinsianos os que tremem como
varas de anzóis na ventania, os que negam o idealismo sublime, os tapados, os
broncos, os otários, as bestas brutalizadas que se vendem por duas ou três
cestas básicas e um dinheirinho merreca para comprar uma pinguinha e uma
“malmita” num boteco de periferia. Senhores do conselho, de verdade, numa boa?
O Brazzil não tem solução. Sofre horrendamente de outro mal, talvez o mais
letal até agora conhecido. O de Alzheimer. Por assim, antes que nos esqueçamos
de tudo que precisa ser vomitado, afirmamos de peito aberto: não há saída, não
existe caminho sólido, determinado, encorpado, consolidado, resolvido. País sem
visão de futuro é como cu aberto a um punhado de cacetes em estado de pronta
ejaculação.
Estamos à deriva, sem cicerone
orientador, sem norte, sem porto seguro para metermos nossos cornos e fuças.
Talvez tenha “geito”. Que isso? “Geito” dessa maneira existe? Sim. Geito com
“g” é um modo contrário, oposto e avesso de sair correndo do buraco negro e,
claro, entrar logo em seguida numa cratera maior, mais profunda e estúpida.
Enquanto tivermos medo de mostrarmos a esses vendilhões de templos, quem somos
para que viemos e, sobretudo, qual a
nossa verdadeira função nesta porra de conventilho de mães joanas e pais
joaquins viveremos receosos, pés e mãos atados, escravizados por invencioneiros
com ideias estapafúrdicas, promessas que nunca serão cumpridas, juramentos que
jamais chegarão a ser concretizados, sonhos e quimeras que em nenhum momento
serão consumados.
Viva, enquanto isso, o protozoário da
malária, o larápio fora de circulação, trancado a sete chaves por mais de dez
crimes de corrupção passiva e quarenta e quatro por lavagem de dinheiro. Viva o
dono do tríplex em Guarujá e uma salva de palmas para o proprietário do sítio
em Atibaia. DEUS SALVE O BRAZZIL. Talvez, assim, possamos gritar (UM DIA) como
os abestalhados que aparecem nas telinhas dos jornais da Globo em horários
nobres naquela patacoada esbravativa do “QUE BRASIL VOCÊS QUEREM PARA O
FUTURO?”.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista. Da Bienal do Livro, São
Paulo, Capital. 10-8-2018
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