A dois meses das eleições – já
muito em cima -, temos, por ora, escassas informações dos programas de governo
dos candidatos. E é de suma importância que saibamos com antecedência as
propostas de cada candidato para podermos decidir conscientes em quem votar.
No entanto, nós eleitores, não
damos muita importância ao conteúdo programático dos candidatos, uma vez que
temos experiência de longa data de que nunca cumprem à risca o que prometem. E
aí vamos no “olhômetro” para escolher e, muitas vezes, deixamo-nos levar pela
simpatia àquele que nos agrada pelo simples fato de proferir chavões
populistas, mas sem conteúdo sólido que nos possa convencer; apenas nos
capturam pela emoção.
Há grande perigo de darmos
ouvidos aos discursos de candidatos populistas, pois nos envolvem de tal
maneira que conseguem fragilizar nossa razão e mesmo travá-la. Não podemos ser
joguetes desses candidatos, e, sim, estar despertos do que propõem, e priorizar
a razão ao invés da emoção para nos decidir a favor ou contra seus discursos.
Quem se deixa levar pela
emoção geralmente cai na armadilha de seguir um candidato que se diz único,
diferente e melhor dos demais; este é o tipo de candidato extremista que se
proclama o ungido, com a missão de salvar a pátria.
Já tivemos no passado recente
um exemplo: Os que votaram em Lula se emocionaram com seu discurso populista e
cheio de chavões empolgantes; não culpo seus eleitores, pois acreditaram
piamente em sua verborragia. E podemos anuir que saíu-se bem no governo, embora
não sabíamos o que estava sendo tramado nos bastidores já em seu primeiro
mandato.
O processo do “mensalão” nos
abriu os olhos do que acontecia em seu governo: corrupção. Mesmo assim emplacou
um segundo mandato ao proclamar-se inocente das falcatruas do mensalão com o célebre
chavão: “eu nada sabia”....; hoje está preso.
O grande acontecimento
histórico da República brasileira chama-se “Lava-jato”; sem ele não estaríamos
hoje com esperanças de refundar uma nova República, conscientizando-nos da
importância de escolher bem os nossos governantes. Só valorizamos o nosso voto
na urna se for um voto racional e não emocional.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 5-8-2018
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