Cristina Miranda
Aos jornalistas da SIC que chamaram
repetitivamente à manifestação de Chemnitz, na Alemanha, de neonazista e de
extrema direita, umas palavras:
Mete nojo ver o jornalismo
servir uma agenda política. Mete raiva perceber que não há qualquer intenção de
informar. Dá náuseas ouvir classificar, vezes sem conta, gente pacífica a
desfilar com fotografias dos seus filhos, pais, netos, irmãos, mortos
barbaramente por criminosos fanáticos, fiéis a uma ideologia medieval e
assassina, de nazis ou radicais de extrema direita, quando não passam cidadãos
em sofrimento, desesperados, revoltados contra esta política de destruição dos
valores ocidentais. Dá asco ver que se esqueceram de informar que no mesmo dia,
radicais de esquerda foram provocar os manifestantes e que outro grupo de nazis
aproveitaram para se juntar ruidosamente. Repugna ver que desinformar é a
táctica para que possam depois rotular e condenar quem se impõe contra a agenda
de migrações massivas sem controlo.
Aprendam que os alemães não
são racistas muito menos xenófobos. São um povo extraordinário, muito
inclusivo, muito respeitador das liberdades individuais, com uma cultura e
educação invejável. Estive na Alemanha e vi multiculturalismo em grande escala
a conviver saudavelmente com a cultura alemã. Vi negócios turcos, vi negócios
chineses, vi negócios mexicanos, vi negócios indianos, brasileiros, africanos e
tantos outros. Mas não vi manifestações de alemães a pedir expulsão de nenhum
deles. Porque os alemães, meus caros jornalistas fraudulentos da SIC, gostam de
pessoas integradas a contribuir para a economia do país, que pagam impostos,
que trabalham independentemente da sua origem! Têm vergonha do seu passado que
condenam e por isso convivem bem com outras culturas desde que respeitem o país
de acolhimento. Se fossem jornalistas a sério e não jornaleiros, estariam no
terreno a comprovar isso mesmo.
Mas não. Isso não interessa
porque poria por terra toda a vossa exausta narrativa de que os cidadãos que
contestam estas migrações massivas são xenófobos. No entanto, sabem bem chamar
os “bois pelos nomes” quando são padres católicos apanhados na pedofilia. Aí já
não chamam “perturbação mental” aos horrores praticados a inocentes nem
escondem a religião a que pertencem. Nem tão pouco condenam ou acusam de
discriminação quem se manifesta contra estes padres ou o Vaticano. Até batem
palmas!
Esta fantochada hipócrita a
que chamam de jornalismo é a base da revolta na marcha de Chemnitz e é por
isso, também nas vossas mãos, que corre o sangue destas vítimas.
Porque é mais criminoso aquele
que permite o assassínio sem o denunciar e condenar, do que aquele que o
pratica.
Pensem nisso. Pois amanhã
podereis ser vós, os próximos a desfilarem nas ruas com um cartaz de um
familiar morto ao pescoço, às mãos destes “perturbados mentais sem religião”,
onde não faltará gente como vós a chamar-vos de racistas xenófobos por se terem
coibido de fazer o que vos compete: informar com isenção e seriedade.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias,
5-9-2018
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