sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Elogio da traição

 José António Rodrigues Carmo


O The New York Times publicou um artigo de um anônimo que alega pertencer a um grupo de "resistência" no governo americano. Segundo o NYT trata-se de um alto funcionário.

O "resistente" descreve que trata de sabotar a política de Trump. Ora, isto em democracia chama-se traição.

O "resistente" diz que o faz por bem, pela pátria, para se opor a um presidente de quem não gosta e que acha incapaz e perverso.

Mas é isto que dizem todos os traidores e golpistas. Os traidores portugueses que combateram pelos espanhóis em Aljubarrota, diziam exatamente o mesmo.

Na política, todos achamos que os governantes que são da outra cor, são incapazes e perigosos. Mas quem decide o que é o bem do país, senão quem o povo elegeu?

O NYT e o "resistente" alegam que Trump é uma ameaça para a democracia, e logo a seguir são eles que agem contra as mais elementares regras da democracia. Em que ficamos?

Os media enviesados à esquerda no ocidente (a esmagadora maioria) aplaudiram este jornalismo de lama, aprofundando a deriva incontrolada de ódio contra o Trump.

Relembro que esta imprensa tomou ostensivamente partido contra Trump nas eleições, celebrou manifestações violentas contra a sua vitória, e manifestou um desprezo obsessivo e delirante contra ele e os que o elegeram, aquela gentinha deplorável como Hillary Clinton os chamou.

As campanhas contra o Trump são um remake das levadas a cabo contra Reagan e Bush, mas elevadas à enésima potência.

Tudo serve, desde as verdades às mentiras, passando pelas ameaças, e pela traição.
Esta imprensa e estes "intelectuais resistentes" sofreram uma humilhante derrota e, na sua doentia arrogância, ainda não a aceitaram.

Não aceitaram que ganhou aquele tipo, aquela besta. Como é que ganhou? Ah, por causa dos russos, das putas, dos negócios, da vida familiar, da estúpida da Melania, da vigarista da filha, do judeu que é seu genro, etc., etc.
Andam nisto há dois anos...

É patético quando, em democracia, não se aceita a derrota porque, perdidos nas suas bolhas, acreditam que são mais cultos e espertos que os "deploráveis". Não contaram com eles, com essa gente que os despreza, lá como cá.

Não entendem que é esse o povo, o que vive a sua vida, combate nas guerras, trabalha nos campos e nas cidades, e cuja ideologia é a lealdade aos seus, às tradições, à família e ao senso comum. O povo que não bebeu nem comeu nas manjedouras neomarxistas, nem bebeu a peçonha de Marcuse, nem tocou no lixo produzido pela escola de Frankfurt, ou, à nossa escala, pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

O Trump é mau, é traidor, é paranoico, alegam.
Pois aí estão os fatos: os heróis, para o NYT, são os traidores.

O problema com esta deriva aos infernos da ética jornalística, é que o povo deplorável, deplora também a traição.

O povo deplorável, não quer ver jornais, TV e rádios que são versões modernas do PRAVDA, ou se transformaram em órgãos de luta político-partidária. Quer neutralidade. Quer informação. E castiga. Pelo voto!

2 comentários:

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