Cristina Miranda
O Presidente não quer que berremos por Venezuela. Diz que berrar é perigoso e pode pôr em risco os portugueses que lá vivem. Como se já não estivessem há muito tempo no limite do perigo, a sobreviverem desgraçadamente no fio da navalha. Desculpem-me, mas sinto repúdio por estas declarações e por isso vou BERRAR minha indignação!
Não faltava mais nada! Logo
ele que não se cala e fala e berra sobre o que deve e não deve, seja a comer na
Pastelaria Suíça ou a nadar no rio, vestido ou de calças na mão. E que por berrar pelos cotovelos sem ponderação
nem responsabilidade, em qualquer sítio
em qualquer lugar a qualquer hora, já contribuiu para o caminho sem retorno do
colapso financeiro deste país: ao desculpar os incompetentes no governo sempre
que há desgraças; ao felicitar pelos “belos” défices martelados; ao elogiar a
falsa diminuição do desemprego que não é mais do que o resultado do êxodo dos
portugueses à procura de melhor vida lá fora; ao enaltecer os “excelentes”
números económicos de umas míseras décimas; ao promover estas políticas de
degradação social e económica com base na despesa sem controlo do Estado,
aumentos de impostos, roubalheira descarada e cativações criminosas; ao conotar de “sucesso” esta Geringonça com
alicerces comunistas que já destruiu quatro anos de esforços coletivos!
Não se cala nunca, parece uma
gralha, mas silenciou de forma
ensurdecedora sobre venezuelanos a morrerem de fome, sobre fazendeiros brancos
a serem assassinados na África do Sul por racistas negros, sobre crianças a serem
abusadas por padres, sobre cristãos e judeus a serem mortos, mulheres a serem
estupradas e famílias a chorarem a perda
dos seus filhos por ataques de islamitas. Mas em contrapartida, quebrou o
silêncio para nos informar que era preciso escancarar as fronteiras para
receber massivamente jovens migrantes, sob estatuto de refugiados, que não
fogem de guerra nenhuma. Por quê?
Também nos disse para não
berrar por Pedrógão, não foi? quando denunciamos que era responsabilidade do
Estado e não do clima, que havia gente sem receber ajudas, que o dinheiro fora
desviado, que as mortes foram muitas mais, que ardia tudo propositadamente para
receber fundos perdidos de Bruxelas e resolver problemas financeiros de
Portugal. Mandou-nos silenciar,
acusando-nos de aproveitamento político para agora confirmamos que foi esse
silêncio que permitiu tanta fraude, tanto saque e ocultação de factos por abuso
de poder de gente sem escrúpulos. Pois é.
Querem o nosso silêncio à
força, pois querem, porque o silêncio é o que mais convém aos ilusionistas
populistas que vendem a todo o custo uma realidade que não existe para cativar
eleitorado. Que fazem da farsa sua aliada na conquista do poder que almejam
mais que tudo na vida e por isso mandam silenciar para não comprometer suas
“gloriosas” caminhadas rumo à reeleição. Querem o silêncio porque esse, é a
arma dos ditadores que não vêm com bons olhos quem se lhes opõe.
Mas eu não vou silenciar. Vou
berrar, vou gritar, sempre que houver um populista a mandar silenciar as vozes
que o incomodam. Entendido?
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias,
7-9-2018
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