domingo, 4 de novembro de 2018

[Coisas da América] Forma de votar

Pedro Frederico Caldas

Esta foto é da cédula de votação do Estado da Flórida.


Na verdade, vocês veem quatro cédulas com uma série de itens para votação. O verso dessas cédulas também está cheio de itens.

Votei para governador, senador, deputado federal, assim como votei para manter ou retirar magistrados, aumentar ou diminuir impostos, para emendar ou não a constituição do Estado e assim por diante. Levamos, eu Nêga, mais de uma hora sentados em casa votando, no maior conforto. Em seguida coloquei as cédulas (ballots) num envelope especial, recebido pelo correio junto com a cédulas e reenviei pelo correio para a autoridade eleitoral do condado. Não tive que ir ao correio porque no condomínio cada um tem uma caixa postal para as correspondências recebidas e uma caixa geral onde depositamos as correspondências expedidas.

E por que aqui é diferente do Brasil? Porque aqui pratica-se, em boa parte, a chamada democracia direta. O povo é que decide sobre várias questões que no Brasil são decididas por parlamentares ou por autoridades do executivo.

Você pode votar em casa, como fiz, ou se dirigir à sua respectiva secção eleitoral e votar. Em ambas as hipóteses o processo começa bem antes do dia da eleição propriamente dito.

Essas cédulas são próprias para serem processadas por computadores. Vocês viram que na noite do dia da última eleição presidencial todos já sabiam que Donald Trump tinha sido eleito presidente.

Aquela conversa sem sentido de que o Brasil está muito à frente dos Estados Unidos por causa da maquininha de votar não passa de papo furado. São dois sistemas políticos diferentes, com a vantagem de aqui o eleitor decidir, por exemplo, em eleições locais, quem deve ser o diretor da escola pública.

Todos os temas de grande importância são decididos diretamente pelo povo. Exemplificando, nesta eleição possivelmente a população de algum ou alguns estados estará decidindo se libera ou não a maconha.

O juiz eleito não deve cortejar político, deve procurar ter um bom desempenho porque o povo, como agora fiz, decidirá, depois de certo tempo, se ele continuará ou não no cargo. Para ser juiz há que ter pelo menos dez anos de experiência como advogado. No nosso voto, decidimos pela manutenção de uns quatro magistrados, inclusive um membro da suprema corte do estado, e por dispensar um outro.

Como prometido, procurei ser sucinto e não detalhar em excesso as informações passadas.

Continuarei fazendo esse trabalho para que as pessoas interessadas e que ainda não saibam como funcionam certas coisas na América, sejam de forma clara, direta e honesta, informadas.

EM TEMPO: CONTINUEM SUGERINDO TEMAS.
Título, Imagem e Texto: Pedro Frederico Caldas, Aventura, EUA, 3-11-2018

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