domingo, 23 de dezembro de 2018

O planeta dos porcos espinhos


Francisco Barros

Qualquer semelhança com as organizações e associações da aviação comercial brasileira (SNA, AERUS, APRUS, APVAR e demais outras), não passa da mais pura realidade.

Havia um planeta muito distante que era habitado exclusivamente por “porcos espinhos”, viviam dentro do possível em relativa felicidade durante muito e muitos anos.

Até que surgiu, repentinamente, a mudança de clima e com isso ondas de frio chegavam cada vez mais fortes, provocando inúmeras mortes de seus habitantes e o frio aumentava cada vez mais e com ele mais e mais mortes.

Essa indesejável situação foi se potencializando, obrigando os seus habitantes buscar urgentes alternativas de sobrevivência.

Depois de vários estudos e pesquisas, chegaram finalmente à única conclusão para aquele emergencial problema:
“Se eles se aproximassem um do outro e trocassem entre si o calor do corpo não seria muito, mas o suficiente para se manterem vivos até à passagem desse período glacial”.
Assim fizeram, e assim se mantiveram vivos, e com relativo conforto nenhuma baixa foi constatada em todo esse período.

Entretanto, a natureza humana se fez presente e junto com ela a incompreensão, a intolerância e o orgulho começaram a “dar o ar de suas graças”...

E assim, por conseguinte, deu- se início ao desentendimento generalizado:

Se afaste de mim que você está me espetando!!

Quem está me espetando é você, seu imbecil!!

Espinhento de “merda” fica longe de mim!!!

E assim, diante dessas atitudes, iniciaram um por um o tão nefasto processo de afastamento.

Um por um foram se distanciando até que todos se dispersassem e, por consequência, a morte trágica de cada um sob o frio insuportável e impiedoso.

Até que, próximo da extinção e vendo que todos iriam perecer e com isso o risco de extinção de toda espécie, se sentiram no dever e na obrigação de se reunirem, fazendo um sacrifício da vontade individual e juntos chegaram finalmente à sábia conclusão para essa questão de vida ou morte para toda a coletividade:
“Vamos nos aproximar uns dos outros, o suficiente para que possamos efetuar a troca do calor de nossos corpos e assim podermos sobreviver, mas...

Vamos nos afastar uns dos outros apenas o suficiente para que um não “fira” o outro!!!

Pelo que eu soube, até o momento, eles estavam vivendo até hoje dento de suas limitações.

E como “up grading”: juntos, unidos e em um único propósito... Tornaram-se imbatíveis.

Lembramos que dentro da oportunidade de aprendizado e recuperação, todos têm a mesma oportunidade, indistintamente, de tirar muito, pouco ou nada, depende apenas da boa vontade e mente aberta!

Em tempo: “Insanidade é a pessoa insistir em fazer as coisas erradas, esperando resultados certos”.

Cheguei à conclusão com as vivências das nossas “associações“ que a experiência não é uma senhora mãe. Senhora Mãe é tudo aquilo que aprendemos com a experiência!!!

Pelo visto, décadas de vivências das nossas associações, muito pouco ou quase nada tiraram de aprendizado. Brigas, desavenças e desentendimento parecem não ter contribuído em pouco ou quase nada.

Na prática, nos atos e atitudes, continuam os mesmos!!

Querem impor entendimento, compreensão e união entre os seus milhares de membros e participantes...

Mas não conseguem entendimento, aceitação ou, pelos menos, respeito à diferença de opiniões! Perdoem, mas vocês não servem de exemplo.

Não conseguem se entenderem nem um pouco de sacrifício objetivando um indispensável propósito comum em uma questão de vida ou morte.

Que Deus tenha piedade de nossas almas!!
Título e Texto: Francisco José Pinto de Barros, 22-12-2018

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